"Quem luta, nem sempre ganha, mas quem não luta, perde sempre!"

 
Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2007
Portugal é último em bem-estar educativo

Acabados de sair de uma discussão sobre a IVG, as suas causas e as soluções a adoptar, é interessante este estudo divulgado pela UNICEF para refletir sobre o muito que há a fazer pela vida das crianças e jovens, não só em Portugal mas a nivel mundial, porque tal como sublinha a UNICEF, os níveis de bem-estar da criança não são inevitáveis, antes são condicionados por políticas.

É ilucidativo também a posição ocupada por paises como os EUA e Reino Unido que gastam diáriamente milhões de euros  na guerra do Iraque  e Afeganistão e são incapazes de proporcionar bem estar educativo às suas crianças e jovens.

Portugal é último em bem-estar educativo

Portugal ocupa o fim da tabela em matéria de bem-estar educativo mas está à frente da Áustria, Hungria, Estados Unidos e Reino Unido na classificação geral, revela um relatório da UNICEF

De acordo com o estudo sobre O bem-estar das crianças nos 21 países da OCDE, realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Portugal surge ainda nos últimos lugares em matéria de bem-estar material das crianças.
Este é medido, nomeadamente, pela percentagem de crianças que vivem em lares com rendimentos inferiores em 50 por cento à média nacional mas também pela percentagem de crianças que declaram que têm menos de dez livros em casa (Portugal surge no fim deste gráfico), ou que têm na família um adulto desempregado.
Pior nesta dimensão do bem-estar material só os Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Hungria e Polónia (que ocupa a última posição).

Baseado neste critério, a pobreza infantil relativa mantém-se acima dos 15 por cento em Portugal, Espanha e Itália, e em três países anglófonos (EUA, Reino Unido e Irlanda).

Os seis critérios tidos em conta neste relatório sobre a felicidade das crianças são o bem-estar material, saúde e segurança, educação, relações com a família e com as outras crianças, comportamentos e riscos e bem-estar subjectivo.

Na classificação geral, que atende aos seis critérios do bem-estar da criança, o relatório da UNICEF situa Portugal no fim da tabela mas com desempenhos melhores do que a Áustria, Hungria, Estados Unidos e Reino Unido (este último no fim da tabela).
Os países europeus estão à frente da classificação geral para o bem-estar das crianças e são da Europa do Norte as nações que ocupam os quatro primeiros lugares do quadro de honra, com destaque para a Holanda e a Suécia classificadas.
A Bélgica e o Canadá lideram a tabela do bem-estar educativo das crianças, em que Portugal surge em último lugar.

A UNICEF nota, a propósito do bem-estar educativo, medido entre outros, por critérios de literacia e bom desempenho em matemática e ciências, que as crianças que saem da escola e não têm formação vocacional ou emprego «correm indubitavelmente maior risco de exclusão e marginalização», consequência que considera preocupante para os países do fundo da tabela.

«Não há relação directa entre o nível de bem-estar das crianças e o PIB por habitante», nota ainda o relatório da UNICEF. A República checa, por exemplo, «obtém uma melhor classificação geral do que vários países nitidamente mais ricos como a França, a Áustria, os Estados Unidos e o Reino Unido», salienta o relatório.
A comparação entre os países mostra que todos têm carências que precisam de colmatar em relação a alguns critérios. A Holanda é o país campeão na felicidade que proporciona às suas crianças, apesar de dar um nível de bem-estar que a UNICEC classifica de medíocre.
A Suécia, que lidera o bem-estar material, tem de fazer progressos para melhorar a relação das crianças com a família e as outras crianças, um factor de bem-estar no qual a Itália surge em primeiro lugar.
Este critério de convívio conta, nomeadamente, para a percentagem de crianças que vivem em famílias monoparentais ou para famílias reconstituídas, que declaram tomar a principal refeição do dia com os pais mais de uma vez por semana ou que os seus pais têm tempo de conversar com eles.

Os «níveis de bem-estar da criança não são inevitáveis, antes são condicionados por políticas», sublinha a UNICEF que quer fazer do seu relatório «um guia elementar e realista de melhoria possível para todos os países da OCDE».

artigo publicado em SOL online



publicado por vermelho vivo às 10:05
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