"Quem luta, nem sempre ganha, mas quem não luta, perde sempre!"

 
Sábado, 30 de Junho de 2007
Portugal e a nação Socratiana

Perante as atitudes pidescas e intoleráveis a que vamos assistindo umas atrás das outras, vale apena recordar e transcrever um excerto do artigo de António Barreto publicado no jornal Público, de 27.05.2007, sob o título: ENFIM, SÓ!

 

«...Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado?
Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.
Manuel Alegre resiste, mas já não conta.
Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes.
João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe.
António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.

Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância.
O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice.
O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.

Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates.
Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas nada de essencial está em causa. Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino são pura diversão.
E não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais. Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente. Mas tratava-se, politicamente, de questão menor. Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo.
Mas nada de semelhante se repetirá.

O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado. Despótico. Irritado. Enervado.

Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Deseja ter tudo quanto vive sob controlo.

Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação.
O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado.

O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão.

A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa.

A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação.

As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações...»

 

Ilucidativo sobre o estado em que este dito engenheiro, licenciado a um domingo com um canudo cheio de nódoas, está a transformar a sua governação!

Lamentavelmente, as vitimas desta Socratização somos nós os cidadãos portugueses. Até quando???



publicado por vermelho vivo às 01:42
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Sexta-feira, 29 de Junho de 2007
A exoneração da directora do CS de Vieira do Minho

Sejamos honestos e tratemos os bois pelos nomes.

O que se passou no Centro de Saúde de Vieira do Minho foi:

Uma atitude pidesca por parte deste grupelho de figurões que nos governa punindo aqueles que não abdicam de criticar as suas estúpidas politicas e declarações.

Arranjar um tacho para mais um "boy" do PS a qualquer custo e sem qualquer tipo de escrúpulos.

É um nojo de sociedade aquela que estes figurões (para não usar as palavras que me vão na alma) estão a tentar impor em Portugal.

Os contornos deste caso pidesco e do jogo de interesses na decisão de exonerar a Directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho podem ser lidos no Blog do PCP/TAIPAS.

 

Está mesmo doente, Socratizado e a ficar fascizado este nosso Portugal.

 



publicado por vermelho vivo às 18:22
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Domingo, 24 de Junho de 2007
Leonard Cohen

Leonard Cohen fez algumas das mais belas canções que eu conheço.

Take this waltz é uma destas canções que nos envolve a alma.

Embora Leonard Cohen seja também um excelente escritor e poeta, nesta canção musicou o bonito poema "Pequeño vals Vienés" de Federico García Lorca.

Juntam-se dois nomes enormes numa canção.

Federico Garcia Lorca, o grande poeta que foi assassinado pelos nacionalistas franquistas em Agosto de 1936, durante a guerra civil espanhola.

 



publicado por vermelho vivo às 20:30
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Juvenis do Vitória

 

A equipa de Juvenis do Vitória perdeu hoje 0-3 com o Sporting e não conseguiu assim sagrar-se campeão nacional de futebol no seu escalão.

Mas estes rapazes merecem um grande aplauso. Conseguiram alimentar o sonho até ao último jogo, e como eu costumo dizer, só perde quem lá está. Apesar de hoje terem perdido, deixaram orgulhosos os cerca de 5.000 vitorianos que se deslocaram ao complexo desportivo.

A arbitragem também jogou com mestria, um "nitidíssimo" atraso ao guarda-redes logo após o primeiro golo do Sporting devia ter resultado num livre indirecto e perigoso dentro da pequena área do sporting, que poderia proporcionar o 1-1 e ter alterado o jogo. Mas enfim... já é habitual o campo descair para um lado que, por mera coincidência(!!!), é sempre para o clube chamado grande.

O Sporting... Foi campeão. Parabéns!

 

É com orgulho que visto branco...



publicado por vermelho vivo às 20:12
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Sábado, 23 de Junho de 2007
Destaque na blogosfera local

O blog do PCP/TAIPAS, faz uma análise da entrevista do nosso Presidente da Junta, Constantino Veiga, ao Jornal "destaque".

Vale a pena ler!

Clique em cima da imagem e vá até lá.



publicado por vermelho vivo às 00:45
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Sexta-feira, 22 de Junho de 2007
Ser comunista

Voltei a tomar a liberdade de retirar um texto do excelente As vinhas da ira de João Valente Aguiar para este blog:

 

Ser comunista: do Partido para o mundo

 

Colamos este cartaz à face da estrada, para que não te desviem da rota dos teus direitos!

 

Distribuímos este panfleto à porta da fábrica, porque sabemos que queres um melhor salário para dar de comer e pagar os estudos dos teus filhos!

 

Fazemos esta reunião, porque só preparando a marcha poderemos fazer caminho! E luta!

 

Apanhamos a chuva que for preciso no Primeiro de Maio, porque a corrente humana que enche as ruas inunda os corações, alaga os espíritos com a força das convicções e, mais dia menos dia, lavará as cidades do pântano capitalista!

 

Não dormimos nos piquetes de greve, porque tu sabes que estamos do teu lado, de dia e de noite!

 

Damos o melhor das nossas vidas sem hesitação e com alegria, porque queremos uma vida melhor para todos! Para os trabalhadores, claro!

 

Pensamos, sofremos, sorrimos, amamos, vivemos, lutamos!  Somos comunistas!



publicado por vermelho vivo às 23:58
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Quinta-feira, 21 de Junho de 2007
A nossa saúde tratada pelo PS

Constituição da República Portuguesa
 

Artigo 64.º

(Saúde)
1. Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.

2. O direito à protecção da saúde é realizado:

a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;

b) Pela criação de condições económicas, sociais, culturais e ambientais que garantam, designadamente, a protecção da infância, da juventude e da velhice, e pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, bem como pela promoção da cultura física e desportiva, escolar e popular, e ainda pelo desenvolvimento da educação sanitária do povo e de práticas de vida saudável.

3. Para assegurar o direito à protecção da saúde, incumbe prioritariamente ao Estado:

a) Garantir o acesso de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica, aos cuidados da medicina preventiva, curativa e de reabilitação;

b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o país em recursos humanos e unidades de saúde;

c) Orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos;

d) Disciplinar e fiscalizar as formas empresariais e privadas da medicina, articulando-as com o serviço nacional de saúde, por forma a assegurar, nas instituições de saúde públicas e privadas, adequados padrões de eficiência e de qualidade;

e) Disciplinar e controlar a produção, a distribuição, a comercialização e o uso dos produtos químicos, biológicos e farmacêuticos e outros meios de tratamento e diagnóstico;

f) Estabelecer políticas de prevenção e tratamento da toxicodependência.

4. O serviço nacional de saúde tem gestão descentralizada e participada.

 

Publico o artigo 64.º da constituição da República Portuguesa para enquadrar a transcrição de um artigo de opinião escrito por António Pina e publicado ontem na sua coluna diária do JN.

 

Atentemos no artigo e sobre esta grande verdade:

Os destacados a bold são um critério meu 

 

A machadada final

António Pina

 

Depois dos fechos de urgências, maternidades e SAP, da redução das comparticipações nos medicamentos, a machadada final no Serviço Nacional de Saúde vem aí. O ministro Correia de Campos já tem o machado levantado, mas, pelos vistos, esconde-o atrás das costas. Trata-se de um relatório sobre a sustentabilidade do SNS que o ministro diz que não existe. Ora o relatório que não existe foi ontem divulgado na íntegra pela TVI. Aí se conclui que o que a Constituição prescreve sobre o direito à saúde dos portugueses é, à semelhança de outros direitos sociais, letra morta para o actual PS. Várias especialidades já "desapareceram" (por falta de investimento em meios humanos e equipamentos) do SNS e foram sendo silenciosamente privatizados. 92% dos utentes do SNS (em geral os portugueses mais pobres) que precisam de dentista já não o encontram no SNS e têm que recorrer a privados; e do mesmo modo 67% em Oftalmologia e Ginecologia, 54% em Cardiologia, 45,5% em Ortopedia.

Mais: prevê-se o fim da ADSE e mais subsistemas de saúde, o fim das isenções de taxas moderadoras, o fim do desconto das despesas de saúde no IRS, e por aí adiante. Não deixa de ser irónico que seja um Governo do PS o cangalheiro do SNS. Que pensarão disso António Arnaut e o PS socialista?  



publicado por vermelho vivo às 09:59
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Terça-feira, 19 de Junho de 2007
Debates na blogosfera

A blogosfera também é isto. A discussão. O debate de ideias. A diferença de opinião.

O blog colectivo Pasquim do Povo, publicou um artigo que eu considero de tendencioso e profundamente injusto para com os sindicatos.

Pedi o direito de resposta que me foi concedido e publicado.

Aproveitando a deixa e prolongando o debate, convido os leitores que vão passando por este blog a emitirem também a sua livre opinião sobre os sindicatos, sindicalistas e o seu papel no mundo laboral.

 

Aqui fica o artigo e a resposta:

Será que os Sindicatos cumprem a sua missão?

Um artigo de XRéis

Depois de ter lido o post do Zé Povinho pareceu-me oportuno dizer de minha justiça sobre um caso que conheço muito bem.
Há vários anos que conheço dois funcionários públicos, que além de colegas de profissão se podem considerar companheiros na desgraça ou melhor na saga dos problemas relacionados com as promoções na função pública e digo isto porque todo o seu percurso desde 1987 tem sido idêntico e com alguns episódios dignos de registo.
Entraram para a função pública em 1987,em 1990 através de concurso público interno entre todos os funcionários públicos passaram para a carreira de técnicos auxiliares, carreira essa que se iniciava com um ano de estágio. Pois aqui começa uma longa história esse ano de estágio prolongou-se até 1992, só nessa altura foram nomeados técnicos auxiliares de 2ª classe, num quadro que se dizia circular, penso ser esta a terminologia utilizada pois todos os funcionários subiam na categoria mediante abertura de concurso interno após 3 anos de serviço com a classificação mínima de bom. No caso destes dois colegas embora com classificação de Muito Bom , passaram a técnicos de 1ª classe em 1996. Em 2000, passados quatro anos e não três passaram a técnicos principais, em 2003, deveria ter sido aberto concurso para técnicos especialistas, o concurso foi pedido para o Instituto do qual são dependentes, a resposta a essa abertura de concurso vem com a justificação de falta de verba no orçamento… aí e com alguma confiança os colegas dirigiram-se ao sindicato para saber o que fazer…Acreditem ou não mas a respostas foram de tal forma desanimadoras, que acabaram por desistir e ainda hoje estão há espera da promoção para técnicos especialistas estamos no ano de 2007, já decorreu uma parte do concurso foi-lhe atribuída uma classificação, mas a nomeação nunca foi feita.
De salientar ainda que o sindicato esteve a par da situação e de tudo o que esteve por detrás da suposta falta de verba e nada fez.
Também estou em condições de dizer que hoje apenas dois funcionários do quadro desta Instituição não estão em condições de ser promovidos uns aguardam como os colegas 7 anos outros 8, outros 6 e ai por diante nenhum com menos de 4 anos de espera, pela dita promoção que não chega.

E os sindicatos onde estiveram? O que fizeram? Por desconhecimento não foi por certo, pois não só pelo facto de em 2003 os colegas terem denunciado a situação, mas por um dos funcionários que hoje aguarda promoção fazer parte dos corpos dirigentes do sindicato.
Agora digam lá que sindicato nos defende?
Quem luta pelos direitos dos trabalhadores?
Sãos que marcam greves junto aos fins de semana para aliciar os funcionários a faltar?
Quem realmente se importa em ir ao terreno ?
Não está na hora de se repensar um pouco a política sindical ?
Segundo o Zé Povinho: “A inovação e a modernidade do acordo são uma patranha que convence apenas quem quiser ser convencido, de que existe um pote cheio de moedas de ouro no fim do arco-íris.”

 

 

Direito de Resposta

Artigo da autoria de Vermelho Vivo

 

Sobre o artigo “Será que os Sindicatos cumprem a sua missão?” e os comentários inseridos, gostaria de dizer o seguinte:

Cabe-me reconhecer que estava enganado quanto ao sindicato em causa. Mas antes da possível razão de uma parte da questão que XRéis explana, coloco 2 Pontos prévios:

1.º - Todas as instituições ou outros que dependam da componente humana são susceptíveis de falhas e de maus procedimentos, não fazendo isso, e como é óbvio, que se possa generalizar devido a algumas situações decorrentes desta condição.

2.º - Incomoda-me a facilidade e leviandade com que demasiada gente dispara contra os sindicatos e sindicalistas, acusando-os de corporativismos e inclusive de se governarem por lá. A muitos desses, não lhes vejo é coragem para se tornarem sindicalistas ou delegados nas suas empresas. Porquê?

Por uma razões muito simples:

Porque é muito mais cómodo não arriscar um “peleiro” que seja da sua boa posição profissional.

E depois, o sindicalismo exige trabalho, e dedicação. e isso…

“é que eu não tenho muito tempo”. Dizem muitos deles.

Pois… nem eu!

Mais! Se a muitos dos críticos lhes exigissem que fizessem melhor, talvez tivessem uma enorme surpresa.

Para ser critico do que não tenho nem quero ter responsabilidade, também eu sou um Ás! E então se for para destruir, sou imbatível!

Mas a verdade é que muitos dos críticos nem sequer são sindicalizados, não se inibindo no entanto de falar de boca cheia e cheios de legitimidade e razão.

E quando os Sindicatos marcam jornadas de luta?
Bem… é aquilo que se vê.

Mas uma coisa é inquestionável. Os Sindicatos tem órgãos democráticos de eleição, nenhum trabalhador está impedido de se candidatar numa lista para a direcção do seu sector.

Eu sei… Eu sei… É muito mais fácil estar sentado no sofá ou em frente ao computador e depois avaliar e criticar os outros, aqueles que trabalham, aqueles que lutam, aqueles que dão a cara nas empresas, aqueles que põem em causa o seu posto de trabalho, a sua promoção na carreira, etc. etc.

Por isso, sejamos honestos intelectualmente e antes de criticar os outros perguntemos a nós próprios o que já fizemos mais que eles, ou, o que contribuímos para que a situação fosse diferente.

 

Relativamente ao comentário por mim inserido.
Embora mantenha a essência do pensamento, de que muitas das acusações que se fazem sobre o sindicalismo, são injustas. Considero que existem dois tipos de sindicalismo em Portugal. E quando se fala de sindicalismo, deve fazer-se a devida distinção entre a actuação dos pseudo-sindicatos da UGT e os sindicatos da CGTP-IN. Veja-se o acordo alcançado pelo governo com a FESAP e que foi uma grande traição aos trabalhadores da função pública. Mas é preciso que se separe o trigo do joio e se diga que a FESAP pertence á UGT que nada fez até hoje pelos trabalhadores a não ser tentar dividi-los. E que os sindicatos afectos à CGTP-IN recusaram assinar o acordo que vai prejudicar gravemente os trabalhadores. Não pode é a CGTP-IN ser culpada da traição da FESAP que se limitou a fazer uma grande fretada ao Sr. Sócrates.
Esta prática das fretadas aos governos PS já vem de longe e são prática corrente nos sindicatos afectos à UGT. E não me façam falar no Sr. Torres Couto!

Quanto ao caso apresentado, e realçando que uma ou outra situação não faz a generalidade das actuações. Reconheço, pelo que se expõe, que possa não ter existido a melhor conduta por parte do sindicato em causa.

 

Como nota de informação, acrescento apenas que o sindicato em causa é o Sindicato da Função Pública Sul e Açores.

 

Sobre sindicalismo existem ainda neste blog os seguintes artigos:

João Proença e a UGT

A UGT e os trabalhadores

 

Pois façam o favor de dizer também de vossa justiça!



publicado por vermelho vivo às 23:44
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Segunda-feira, 18 de Junho de 2007
Palestina sob as botas americana e israelita

Os EUA prometem levantar o embargo à Palestina, que dura há 15 meses, mal tome posse um Governo sem participação do Hamas.

O anúncio, feito em Jerusalém por um enviado norte-americano, corresponderá à estratégia que Bush e Olmert discutirão na visita de 3 dias que este último começou ontem aos EUA.

 

Esclareçamos então o seguinte:
 

No dia 25 de Janeiro de 2006, dos cerca 1.300.000 Palestinos registados nos cadernos eleitorais, 1.042.524 foram às urnas votar para eleger o seu governo e 132 parlamentares.
 

Os resultados foram os seguintes:

Change and Reforms (Hamas) - 440,409 votos / 44.45%.

Fatah Movement - 410,554 votos / 41.43%

Martyr Bu Ail Mustafa - 42,101 votos / 4.25%

The Alternative - 28,973 votos / 2.92%

Independent Palestine - 26,909 votos / 2.72%

The third Way - 23,862 votos / 2.41%

Freedom and Social Justice - 7,127 votos / 0.72%

Freedom and Independence - 4,398 votos / 0.44%

Martyr Abu al-Abbas - 3,011 votos / 0.30%

The National Coalition for Justice and Democracy (Wa'ad) - 1,806 votos / 0.18%

The Palestinian Justice - 1,723 votos / 0.17%

 

Desta votação resultou um parlamento composto:

Change and Reform (Hamas) - 74 parlamentares

Fatah Movement - 45 parlamentares

Martyr Abu Ali Mustafa - 3 parlamentares

The Third Way - 2 parlamentares

The Alternative - 2 parlamentares

Independent Palestine - 2 parlamentares

Independents - 4 parlamentares

 

As conclusões dos observadores internacionais foram:

Há dez anos que os palestinos não votavam para o conselho legislativo, tendo sido governados, de juri, desde essa altura, pelo movimento Fatah, cujo líder e fundador foi o desaparecido Yasser Arafat. Esta quarta-feira voltaram às urnas e romperam com o satus quo. O movimento Fatah foi ultrapassado pelo movimento islâmico de resistência armada, ou Hamas, re-baptizado para estas eleições como Mudança e Reforma. Um novo nome para o movimento que grande parte da comunidade internacional classifica há muito como grupo terrorista.

Eleições livres e justas.

Os cerca de 860 observadores internacionais presentes nas eleições legislativas - o maior grupo de observadores é proveniente da UE, seguido do grupo norte-americano do The Carter - Center/National Democratic Institute - concluíram o mesmo:

Estas eleições, apesar de todos os constrangimentos, foram globalmente livres e justas. As pequenas escaramuças que se registaram e os obstáculos à mobilidade impostos por Israel, acabaram por não pôr em causa a normalidade democrática em que o escrutínio decorreu. A delegação de observadores da UE afirmou mesmo que estas eleições foram um sucesso e deveriam constituir um modelo para a região árabe.

Numa declaração pública, o The Carter - Center/NDI - evidenciou o orgulho e entusiasmo evidentes dos palestinos em relação a estas eleições, que foram reforçados pela performance profissional e imparcial dos funcionários eleitorais. A elevada participação nestas eleições, assim como nas presidenciais de 2005, revela, para aquelas instituições, o envolvimento cada vez maior dos palestinos nas eleições democráticas. Cabe agora aos líderes e representantes eleitos, construir instituições e processos genuinamente democráticos, que tragam a paz e a prosperidade que o povo palestino merece, no seio de um Estado livre e independente, concluem aquele observadores.

 

N.B. - Resultados e conclusões recolhidos no site insuspeito do IEEI - Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais.

 

Mas a única democracia que os americanos conhecem é aquela em que podem pôr a sua bota e impôr as suas vontades e interesses.

 

Após a vitória eleitoral, o Hamas integrou-se na estrutura política existente. Durante mais de um ano promoveu um cessar fogo unilateral em relação a Israel incluíndo os ataques suicidas contra os Israelitas.

Por seu lado, a Fatah, com o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas à cabeça e  com a rectaguarda de Israel e dos EUA, tudo fez para provocar o caos nos territórios ocupados para enfraquecer e derrubar o poder eleito democráticamente pelo povo.

 

Entre os actos de sabotagem ao governo legítimo da Palestina contam-se:

- Em 7 de Junho, o jornal Haaretz relatou que "altos responsáveis do Fatah na Faixa de Gaza pediram a Israel que lhes permitisse receber grandes carregamentos de armas e munições de países árabes, incluindo o Egipto".

- Num memorando confidencial escrito em Maio e publicado esta semana por The Guardian, o enviado superior das Nações Unidas, Alvaro de Soto, confirmou que foi sob a pressão dos EUA que Abbas recusou ao Hamas o convite inicial para constituir um "governo de unidade nacional". De Soto pormenoriza que os conselheiros de Abbas ajudaram activamente a cortar a ajuda de Israel-EUA-União Europeia e o cerco dos palestinos sob ocupação, o que conduziu a um aumento maciço da pobreza para milhões de pessoas. Estes conselheiros empenharam-se junto aos Estados Unidos numa trama para "provocar a morte prematura do governo [Autoridade Palestina] liderado pelo Hamas", escreveu De Soto.

- A Fatah recusou-se a colocar as suas milícias sob o controle do ministro do Interior que, frustrado, acabou por demitir-se.

- Entre as milicias da Fatah encontra-se a "Força de Segurança Preventiva" liderada em Gaza pelo senhor da guerra Mohammad Dahlan, um aliado próximo de Israel e dos Estados Unidos.
 

Informações recolhidas em “resistir.info

 

É ilucidativa esta descrição do status quo do governo palestino:

Palavras do ministro da Informação, Yussef Rizqa:

“Adoptamos cada vez mais medidas de protecção devido às ameaças israelitas. As nossas vidas correm perigo, mas isso é o que acontece com todos os palestinos desde o começo da ocupação.

Muitos ministros não podem trabalhar nos seus gabinetes porque têm medo de ser alvo de um ataque com mísseis”.

Acrescente-se que, os membros do governo evitam usar telemóvel, por medo de serem localizados, comunicam por fax e mantêm reuniões em lugares secretos, escolhidos em cima da hora e longe das câmaras de televisão. A necessidade de medidas de segurança faz ainda com que ministros e deputados tenham de dormir cada noite num local diferente e mudem constantemente de carro e de hábitos pessoais.

À meses, a detenção de 64 ministros, deputados e autarcas do Hamas na Cisjordânia, levada a cabo por Israel, decapitou um terço do governo do Hamas e reduziu a já de si escassa margem de manobra do Executivo.

O professor Mjaimar Abu Sada, da universidade Al-Azhar, de Gaza, declarou que o governo palestiniano está "paralisado há meses", porque desde que tomou posse, os seus ministros de Gaza e da Cisjordânia nunca puderam reunir-se no mesmo local.

 

É repugnante esta ingerência americana / israelita que tem como consequência o agravar do conflito, mortes, e o massacre de um povo quer fisicamente quer na sua dignidade.

 

Perante os factos enunciados, compreenda-se que ao contrário do que muito boa gente tem tentado fazer passar de que o Hamas é um grupo terrorista e está a actuar da única forma que sabe, ou seja com as armas, inviabilizando assim a oportunidade de um plano de paz. O que acontece é que o Hamas teve necessidade de utilizar as armas para repôr a livre vontade do povo Palestino que os elegeu democráticamente para governar o seu estado.

E se existem verdadeiros culpados, eles são os EUA e Israel que impedem por todos os meios, inclusive os mais sujos, a auto determinação do povo palestino.

O anúncio, feito em Jerusalém pelo enviado norte-americano, é a prova mais que evidente da bota americana em todo este processo palestino.

 

Bandeira da Plestina copiada de Momentos&Documentos



publicado por vermelho vivo às 00:26
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Domingo, 17 de Junho de 2007
Walk The Line

Porque hoje é Domingo!
Porque sempre fui ouvinte da música de Jonny Cash.
Porque adorei o filme Walk The Line.




publicado por vermelho vivo às 23:38
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