Não cultives a fraqueza
Vive o fraco na fraqueza
o bom na sua bondade
vive o firme na firmeza
lutando por liberdade.
Não cultives a fraqueza,
procura sempre ser forte,
que o homem que tem firmeza
não se rende nem à morte.
Educa a tua vontade
faz-te firme: em decisões,
que não terá liberdade
quem não fizer revoluções.
Se queres o mundo melhor
vem cá pôr a tua pedra,
quem da luta fica fora
neste jogo nunca medra.
Francisco Miguel Duarte,
Poeta popular nascido no Alentejo,
Operário sapateiro, filho de camponeses
Homenageando o centenário do seu nascimento.
Com o apoio de "Caderno Vermelho"
A Assembleia Geral das Nações Unidas exortou hoje, por esmagadora maioria, os Estados Unidos a levantarem o embargo económico que mantêm há 45 anos contra Cuba.
O órgão plenário da ONU, com 192 Estados membros, adoptou uma resolução neste sentido, pela 16ª vez desde 1992, após um debate que já se tornou ritual.
O texto, adoptado por 184 votos contra quatro, com uma abstenção, intitula-se "Necessidade de levantar o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos da América".
Exorta "mais uma vez todos os Estados a absterem-se de promulgar ou aplicar" o embargo e aos que o aplicam a deixar de o fazer, "em conformidade com as obrigações que lhes impõem a Carta (das Nações Unidas) e o direito internacional que, nomeadamente, consagram a liberdade de comércio e de navegação".
Como em 2006, os quatro votos contra foram dos Estados Unidos, Israel, Palau e ilhas Marshall. A Micronésia absteve-se.
O embargo económico contra Cuba foi imposto pelos Estados Unidos em 1962, após o malogro da invasão da ilha para tentar depor o regime de Fidel Castro - o episódio da Baía dos Porcos.
Foi depois reforçado por várias vezes, nomeadamente, pela lei Helms-Burton de 1966 e com restrições às viagens de cidadãos norte-americanos a Cuba.
As resoluções da Assembleia Geral não têm um efeito vinculativo, mas reflectem a opinião internacional.
O embargo norte-americano contra Cuba é condenado por uma maioria cada vez mais alargada de Estados. Quando a primeira resolução foi apresentada, em 1992, obteve apenas 59 votos a favor. Conseguiu depois 179 votos em 2004 e 183 em 2006.
A votação realizou-se seis dias após um discurso do presidente norte-americano, George W. Bush, que afirmou a vontade de manter o embargo até uma "mudança" de regime na ilha, provisoriamente dirigida por Raul Castro desde a hospitalização do seu irmão Fidel, em Julho de 2006.
Na tribuna da Assembleia, o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Felipe Perez Roque, não respondeu directamente a Bush, evocando apenas "as ameaças dos últimos dias" e precisando que "Cuba não capitulará".
O ministro cubano calculou em "pelo menos 222 mil milhões de dólares" o impacto económico do "brutal" embargo contra a ilha, desde que foi imposto, em 1962.
Algumas Notas:
1.º - Mais uma resolução condenando o BLOQUEIO CRIMINOSO e ILEGAL dos Estados Unidos a Cuba. Pela 16.ª vez os EUA mandam as resoluções da ONU às malvas.
Quando se trata de invadir os territórios com petróleo ou das suas rotas, fartam-se de abanar as resoluções da ONU que supostamente suportam as suas agressões criminosas.
2.º - Os paises que votaram contra esta resolução: EUA, Israel, e... Palau e Ilhas Marshall. E ainda a abstenção da... Micronésia.
3.º - Quem obriga estes ianques a cumprir as resoluções da ONU?
4.º - Porque é que os EUA estão acima das leis internacionais?
Com as eleições de há uma semana atrás, terminou a minha ligação oficial de seis anos à Associação de Pais e Amigos da Escola da Charneca, três anos na direcção e três na mesa da assembleia geral.
Embora a ligação oficial tenha terminado, para sempre ficará a ligação sentimental com esta escola, o prazer do contributo dado e também, as grandes e sólidas amizades construídas ao longo deste tempo.
Com muito esforço e dedicação, estas direcções introduziram várias mudanças nos conceitos e na actuação habitual e conseguiram solidificar as bases de uma Associação de Pais reconhecida, reivindicativa, dinâmica e insubstituível no bom funcionamento da escola.
Para mim, é o fim de um ciclo e a saída com a consciência do dever plenamente cumprido.
Não compreendo facilmente algum alheamento de muitos pais relativamente à Associação e ao que se passa na escola onde os seus filhos passam uma grande parte do tempo e onde adquirem grande parte da sua formação. Isto revela-se na dificuldade de formar uma lista para os órgãos sociais e na presença do baixo número de encarregados de educação no acto de eleição, tal como em outras assembleias ou reuniões.
Os Pais devem olhar a Associação de Pais como o seu órgão de poder dentro do ensino e saberem que a sua proximidade e participação nas actividades e decisões da Associação, que inclusive tem lugar no conselho pedagógico, contribuem para o fortalecimento e dinamismo desta, com grandes benefícios para a escola e para os seus educandos.
Perante alguma apatia reinante, e não só nas escolas das Taipas mas também a nível nacional, e pelo esforço que exige, atrevo-me a dizer que é preciso coragem para assumir os destinos de uma Associação de Pais. Por isso, resta-me felicitar os novos membros e desejar que consigam levar a cabo os objectivos a que se propõem.
Reafirmo o que já escrevi num post anterior:
Se este homem não é um Charlatão... eu vou ali e já venho!
Ouçam bem o que ele dizia e comparem com a realidade actual!
Com que então, 7,1% de desempregados era motivo para "fazer soar as campainhas"!
Era "uma governação falhada". Era "uma economia mal conduzida"!
E 8,3% de desempregados (sem contar os milhares que já emigraram) o que será?
Motivo para fazer soar todas as sirenes dos bombeiros???
Uma governação catastrófica???
Uma economia sem condução nenhuma???
Comparado com este homem que aparece no video e que é o actual primeiro-ministro de Portugal, até o famoso "Manuel Cigarro", que segundo uma reportagem à uns anos na TV, conseguiu vender a Logoa de Sto. André a dois ingleses, é um cidadão exemplar.
Alguém se lembra disto?
Descobri este video via Canhotices
A política neoliberal deste governo, teve uma resposta clara e inequívoca na manifestação convocada e organizada pela CGTP-IN, ontem em Lisboa.
200.000 portugueses manifestaram a sua insatisfação pelo estado em que o PS/Sócrates está a pôr a nação.
Na cabeça José Sócrates deverá ter passado:
200.000 comunistas???! Estes comunistas não cedem? Não pode ser verdade!!!
E não é.
Eram 200.000 portugueses, comunistas, bloquistas, sociais-democratas e muitos socialistas que não se reveêm na governação do seu partido, que se consideram enganados e contestam abertamente esta linha profundamente neoliberal e autoritária praticada por estes usurpadores do seu património democrático - com Sócrates a comandar - e que o delapidam sem escrúpulos.
O povo e os trabalhadores de todo o país, deram um sinal inequívoco de que não aceitam a implementação da flexigurança, a continuação do aumento do desemprego, da precariedade no trabalho, os baixos salários, a desigualdade na distribuição da riqueza nacional, a exclusão social, a falta de democracia, o ataque anti-democrático e sem precedentes aos sindicatos, a imigração como única alternativa de vida digna, a protecção ao capital, a consolidação do défice à custa do empobrecimento dos portugueses, da destruição dos serviços públicos de apoio aos cidadãos como a saúde, a educação, a justiça, etc.
200.000 portugueses - que representam muitas mais centenas de milhar de trabalhadores que por várias razões, entre as quais, a precariedade no emprego e o medo do desemprego que se vive actualmente neste país, não puderam estar presentes e darem também o seu contributo - deram um sinal inequívoco de que exigem uma inversão nas políticas neoliberais praticadas por este governo PS/Sócrates. Exigem um pais mais solidário e mais social, mais justo, e um Portugal de e para todos e não o actual paraíso de meia dúzia à custa da exploração e da pobreza de muitos milhões.
O número de 200.000 participantes, atingidos na manifestação convocada e organizada pela CGTP-IN, são bem claros quanto ao crescimento da insatisfação e da revolta do povo e dos trabalhadores:
Em Outubro do ano passado participaram na manifestação da CGTP-IN 100.000 portugueses, em Março deste ano participaram 150.000, agora, participaram 200.000. Na greve geral de Maio participaram 1.400.000 trabalhadores. Este crescendo denuncia perfeitamente o estado da insatisfação que se vive e que cada vez tem mais aderentes.
A partir desta mega-manifestação, nada será como antes. Os trabalhadores deram uma cabal demonstração da sua consciência de classe e deixaram claro que estão disponíveis para a luta. Este é apenas mais um passo na luta que se trava, porque, a luta continua e cada vez com mais força.
Mesmo que a maior parte da comunicação social relegue para segundo plano o protesto e a insatisfação manifestada por 200.000 portugueses, preferindo antes prestar vassalagem aos seus patrões, donos do capital, e direccionando as manchetes para os acordos que o Sr. Sócrates conseguiu com os seus parceiros europeus e que vão resultar em mais sacrifícios e mais exploração para o povo e os trabalhadores portugueses, estes escribas a soldo do capital, nem sequer se dão ao trabalho de questionar ou fazer o contraditório do conteúdo desses acordos.
Mesmo que parte da comunicação social relegue para segundo plano o protesto e a insatisfação manifestada por 200.000 portugueses, preferindo antes preocupar-se com os atentados à senhora Benazir Bhutto lá no Paquistão, nós trabalhadores, sabemos que somos muitos. Que somos muitos mil e estamos determinados a lutar para defender os nossos direitos e determinados a lutar por um país diferente deste que o PS e Sr. Sócrates nos querem impôr.
Parabéns à CGTP-IN pela capacidade de liderar a justa luta que os trabalhadores portugueses travam e, pela sua capacidade de mobilização, provando a sua forte ligação com o mundo laboral e demonstrando que, ao contrário do que dizem os figurões que nos (des)governam, é inquestionavelmente o legítimo e mandatado representante dos trabalhadores portugueses.
A LUTA CONTINUA!!!
Somos muitos!!! Mesmo muitos!!!
Tal como canta o hino dos trabalhadores:
Unidade, Unidade, unidade
do trabalho contra o capital,
camaradas, lutemos unidos
porque é nossa a vitória final!
200.000 na manifestação de Lisboa, é um sinal inequívoco:
A LUTA ESTÁ AO RUBRO!
O DISTRITO DE BRAGA E O CONCELHO DE GUIMARÃES, ONDE AS POLÍTICAS DESTE PS/SÓCRATES SE FAZEM SENTIR FORTEMENTE, ESTEVE PRESENTE EM FORÇA (fotos actualizadas):
OS PROFESSORES, DEIXAVAM UM RECADO CLARO AO SR. SÓCRATES:
A LUTA CONTINUA!
Se este homem não é um Charlatão... eu vou ali e já venho!
Este homem, além de ser um dos grandes responsáveis pela pobreza que grassa neste país, é um colosso da prosápia... e da falta de vergonha!
Ouçam bem o que ele dizia e vejam bem o que ele faz!
Alguém se lembra disto?
"Esse episódio é um episódio indigno de um governo democrático e é um episódio inaceitável. Quero dizer-lhe Senhor Primeiro-Ministro isso é uma nódoa que o vai perseguir, porque essa nódoa não vai ser apagada facilmente, porque é uma nódoa que fez Portugal regressar aos tempos em que havia condicionamento da liberdade de expressão e peço-lhe senhor Primeiro Ministro, resista à tentação do controle da comunicação social: não vá por aí! Porque nós cá estaremos para evitar essas tentações."
Ouçam bem até ao fim:
O essencial, retirei do Blog: Canhotices
Hoje, que se comemora o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, vale apena reflectir em alguns números relativos ao distrito de Braga e que, como tal, nos tocam mais de perto.
• 52.000 desempregados - Números do Eurostat.
• Destes desempregados, 3.000 tem habilitações académicas de nível superior.
• 80.000 pessoas com estatuto precário ou contratos ilegais.
• 8.000 funcionários com salários em atraso.
• Nos últimos 2 anos, mais de 8.000 jovens emigraram para o estrangeiro.
• Segundo a USB, a fiscalização da segurança social está paralizada. Funciona apenas na procura de baixas médicas “fraudulentas”. Ficando sem fiscalização: o trabalho clandestino e as fraudes patronais.
Mas...
20 empresas sediadas no distrito, obtiveram um aumento dos seus lucros em mais de 65% - Divulgado em relatório do economista Eugénio Rosa.
Fonte: União de Sindicatos de Braga
Se juntar-mos a estes dados,o facto de a região do Vale do Ave ser neste momento a uma das regiões mais pobres da Europa, ficamos com um quadro inexplicável e catastrófico que só pode causar vergonha aos nossos ilustres (des)governantes.
Num dia em que tanto se fala de pobreza, em que tanta gente se mostra sensibilizada e lamenta esta triste realidade, poucas dúvidas nos restam de que mesmo com tanta sensibilização e tanto lamento, são poucas ou nenhumas as esperanças de que algo se venha a alterar no futuro.
Para que algo se altere, é preciso também chamar os bois pelos nomes e dizer claramente e, bem alto, que esta situação não foi consequência de uma fatalidade. Este estado calamitoso em que nos encontramos, tem responsáveis e esses responsáveis são os Guterres, os Barrosos, os Santanas, os Sócrates (este o pior de todos) e tantos outros “amigos do capital” que nos tem (des)governado ao longo destes 31 anos com políticas liberais de apertar o cinto aos mais fracos e de beneficio aos mais protegidos, com clientelismos e protecção aos "amigos" É a estes senhores e aos seus vassalos que devemos pedir responsabilidades pelo facto de sermos hoje, entre os 27 países da UE, o 25.º mais pobre e de termos 2 milhões de pobres em Portugal.
Muita gente ao ter conhecimento desta realidade, reage com lamento e pensa que se pode atenuar o mal através de apoio caritativo (com toda a boa-fé, como é óbvio). Não! Não é de caridade que precisamos.
Precisamos é de governos competentes!
Precisamos de quem governe este país com base no interesse nacional e de todos os portugueses.
Precisamos de um governo que assente a sua estratégia na construção de um país de oportunidades iguais, de justiça igual e de respeito por todos os cidadãos.
Não precisamos de governos marionetas dos grandes grupos económicos e dos interesses dos parceiros europeus. Porque essas marionetas... Já puseram o país no estado em que ele se encontra actualmente.
Neste país em que a culpa é uma coitada que morre sempre solteira, é importante que se esclareçam as causas que levaram às consequências para que não se continuem a cometer os mesmos erros do passado e do presente!
A hora não é de lamentações, mas sim de exigir medidas governamentais efectivas que invertam a situação pantanosa para que caminhamos!
O diabo dos números
Manuel António Pina
na sua crónica de hoje no JN
«Uma das lições de Teplotaxl, o Diabo dos Números de Hans Magnus Enzensberger, é a de que, mais do que para fazer contas, os números servem para pensar.
Que pensar então com os números agora anunciados pelo INE, segundo os quais há dois milhões de pobres em Portugal, o que nos coloca no pelotão da frente da vergonha da União Europeia? Mais, Portugal é o país da UE onde é maior o fosso entre ricos e pobres, isto é, onde os ricos são mais ricos e os pobres mais pobres. E os números referem-se a 2005, quando a taxa de desemprego andava na casa dos 7%. Hoje, como se sabe, já vai em 8,3%. Em contrapartida, nos primeiros seis meses deste ano, só o BES, o BCP, o Santander e o BPI lucraram 6,3 milhões de euros por dia, ou seja, cerca de 263,6 mil euros por hora. E, no último ano, as fortunas dos 100 portugueses mais ricos cresceram (os números, agora, são de Fernando Nobre, presidente da AMI) mais um terço.
Entretanto, Isabel Jonet, da Federação dos Bancos contra a Fome, fala dos "novos pobres" que todos os anos engrossam o número de portugueses (em 2006 foram 216 mil) que dependem de ajuda alimentar para sobreviver.
No meio disto, haverá decerto razões para se festejar outro número, o de 3% de défice. Mas não se justificará algum comedimento nos festejos?»
Mais uma excelente crónica de António Pina.
Eu diria: Os melhores festejos que podemos fazer, é utilizar a única arma de que dispomos, ou seja, indignar-mo-nos e protestar. Depois, votar conscientemente para não continuar a eleger os mesmos carrascos de sempre para nos governar.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não!
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