"Quem luta, nem sempre ganha, mas quem não luta, perde sempre!"

 
Segunda-feira, 26 de Maio de 2008
Quanto perderias?

Quanto perderias se estas propostas passassem?

Como conseguirias compatibilizar o trabalho com a tua vida familiar?

Qual seria o comportamento do teu patrão, com o poder que passaria a ter?

Estas questões encontram-se no apelo que os sindicatos da Fiequimetal começaram a distribuir nas empresas.

A interpelação directa de cada trabalhador é feita depois de serem referidos os principais objectivos do Governo e do patronato, com a revisão do Código do Trabalho. A federação aponta, entre as mais graves alterações para pior:

 horários de trabalho à medida do patrão, pois seria possível impor horários de 12 horas diárias e 60 semanais, incluindo fins-de-semana, sem pagamento de horas extra;

•Â os horários concentrados abririam a possibilidade de juntar mais do que um horário num único dia de trabalho ou em determinados dias da semana, à vontade do patrão;

•Â com os bancos de horas, as horas trabalhadas fora do horário normal seriam trocadas por dias de descanso, eliminando o pagamento de trabalho suplementar;

•Â os horários flexíveis, aplicados a grupos de trabalhadores da mesma empresa, seriam obrigatórios mesmo para aqueles que não estivessem de acordo;

 a caducidade da contratação colectiva poria fim a condições hoje garantidas e iria nivelar os direitos (horas extra, assistência à família, horários, subsídios de turno e trabalho nocturno, etc.) pelos mínimos da lei geral, ou pior;

despedimentos facilitados, através da simplificação do processo disciplinar, cortando as possibilidades de defesa do trabalhador, aliviando a empresa do pagamento de salários durante o processo e permitindo ao patrão que recusasse a integração de um trabalhador após o despedimento ser anulado em tribunal;

 ao introduzir a inaptidão como causa de despedimento, a lei permitiria que fosse suficiente inventar incompetência ou desempenho insatisfatório, para uma empresa despedir um trabalhador.

A RESPOSTA A ESTA PROPOSTA INACEITÁVEL DE REVISÃO DO CÓDIGO DE TRABALHO, SÓ PODE SER UMA:   A LUTA!

 

DIA 5 DE JUNHO

GRANDE MANIFESTAÇÃO NACIONAL EM LISBOA

 

Só a luta de massas pode travar o avanço deste capitalismo selvagem!



publicado por vermelho vivo às 00:09
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Sexta-feira, 23 de Maio de 2008
A luta continua!!!

A resposta às ofensivas deste governo PS/Sócrates contra todos os trabalhadores, É A LUTA!

É na luta de massas que se encontra o caminho para travar os ataques inaceitáveis do grande capital, através do seu instrumento político: o governo PS/Sócrates, aos trabalhadores portugueses.

Os trabalhadores e o povo, têm sido duramente penalizados ao longo dos últimos anos, cabendo-lhes pagar a factura das incompetências e interesses privados dos sucessivos governos de direita que têm governado Portugal.

Este governo PS/Sócrates - o governo mais à direita de todos os governos de direita que Portugal já teve nos últimos 30 anos - com a introdução do novo código do trabalho, pretende ir ainda mais longe e transformar os trabalhadores em simples assalariados temporários à disposição do patronato.

Os trabalhadores e o povo estão fartos de tanto apertar o cinto, de continuarem a ser as vítimas previligiadas de um sistema capitalista onde o povo e os trabalhadores são meros números estatisticos e instrumentos de lucro do grande capital. Os resultados estão à vista de todos: uma escandalosa desigualdade social em que os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

Há que dizer BASTA!

Os trabalhadores são pessoas, têm família, trabalham e produzem riqueza para o país!

Têm direito ao respeito pelo seu trabalho e o direito a uma vida digna!

A LUTA CONTINUA!

 



publicado por vermelho vivo às 00:02
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Quinta-feira, 22 de Maio de 2008
João Proença - 2 em 1

A Comissão Política do PS que reuniu anteontem à noite teve como tema principal a discussão do novo Código Laboral.

Sócrates tenta a todo o custo convencer os dirigentes e militantes do PS dos beneficios(???) do novo código do trabalho. Fazê-los compreender o que eles não conseguem compreender porque não é compreensivel. Muitos dirigentes e militantes do PS vêem e compreendem apenas aquilo que qualquer cidadão com um cérebro normal vê e compreende:
1 - Que este novo código do trabalho lesa gravemente os trabalhadores em várias vertentes.
2 - Que este novo código do trabalho não resolve o problema da precariedade, apenas a legaliza, ou seja, a partir do novo código laboral, as ilegalidades dos recibos verdes, dos contratos temporários e outros, passam a ser legais mediante o pagamento de uma pequena taxa ao estado (que nós sabemos, sairá inevitávelmente do bolso do trabalhador a recibo verde).
3 - Que este novo código do trabalho coloca instrumentos legais ao serviço do patronato que deixará os trabalhadores numa situação ainda mais frágil e submissa.
4 - Que este novo código do trabalho é um retrocesso sem precedentes nos direitos e garantias de quem trabalha.
5 - Que este novo código do trabalho vai mais longe no seu carácter exploratório que o código laboral proposto pelo governo PSD/PP/Bagão Félix, que o PS enquanto partido da oposição tanto condenou.

Ou seja, este novo código do trabalho choca inevitávelmente com o discurso socialista e não só não vai resolver os problemas laborais, económicos e sociais actualmente existentes, como vai transformar os trabalhadores em simples instrumentos utilizados ao sabor das vontades e dos lucros do capital, com todos os prejuizos que isso vai acarretar nas relações familiares e sociais, na qualidade de vida, entre outros.
Isto é o que qualquer simples mortal, após conhecer o conteúdo do projecto, percebe sem grandes dificuldades.

Para o esforço de Sócrates e dos seus súbtidos em iludir os seus colegas de partido, eu ainda sou capaz de encontrar razões. Mas, o que mais me chamou a atenção da notícia foi a postura de João Proença, lider da suposta central sindical UGT.

João Proença, membro desta comissão política, entrou mudo e saiu calado.

Questionado por um jornalista sobre esta dúbia postura, João Proença respondeu que não confunde a sua condição de sindicalista com a de dirigente do PS.

E disse mais: que não usava as reuniões do partido para defender os pontos de vista como chefe da UGT.

Quando o jornalista lhe perguntou se “tinha dupla personalidade política”, sentiu-se ofendido e respondeu-lhe: “dupla personalidade política terá o senhor!”

Este João Proença é o máximo!

Quem quer implementar este código de trabalho é o governo PS, quem vai sair lesado e está contra ele são os trabalhadores que João Proença diz defender.

João Proença estava exactamente no sítio certo para expôr as razões da sua discordância e discutí-las.

O que impede este senhor de defender cara a cara e em discussão interna aquilo que supostamente defende nas ruas?

Ou será que aquilo que João Proença defende para fora de portas é apenas um embuste?

Claro que perante as intervenções públicas que tem feito, o seu silêncio na comissão política do PS é demasiado suspeito e ainda justificava algumas perguntas mais. Por exemplo:

Enquanto chefe da UGT, usa as reuniões desta para defender os pontos de vista do PS?

Qual é a sua verdadeira opinião relativamente ao código do Trabalho, a que manifesta na rua ou a que manifesta nas reuniões da Comissão política do PS?

Quem é que anda a enganar, os trabalhadores da UGT ou o PS?

A postura deste servente do capital, além de defraudar os trabalhadores da UGT que nele confiam para os defender, ainda consegue provocar outros danos.

Como todos sabemos, quando estas atitudes são abordadas públicamente, são incluídos convenientemente todos os sindicatos e todos os sindicalistas. Nestas coisas, não convém fazer separações, metem-se todos os sindicatos e sindicalistas em geral, tudo no mesmo saco e denigre-se tudo e culpam-se todos, tal como convém para a  divisão dos trabalhadores.

Não se faz a devida separação entre o verdadeiro e legitimo sindicato dos trabalhadores, a CGTP-IN, e os pseudos-sindicatos e pseudo-sindicalistas, a UGT, ao serviço do poder dominante.

João Proença prestou mais um péssimo serviço aos trabalhadores e à causa sindical - apenas mais um. Em contrapartida prestou mais um favor aos seus amigos do PS - apenas mais um - que concerteza será recompensado um dia mais tarde.

 

Ao contrário do Chefe dos Amarelos, saliente-se a postura oposta de Carlos Trindade, dirigente nacional da CGTP-IN, e membro da Comissão política do PS (e eu que pensava que na CGTP só haviam comunistas... pelo menos é o que nos dizem...).

Carlos Trindade, coerentemente, e tal como lhe competia, não perdeu a oportunidade para nesta reunião fazer ouvir os seus protestos contra o novo código do trabalho.

No final, ainda se queixou aos jornalistas dos “ministros que se dizem de esquerda” sublinhando que “as mexidas no código laboral vão mexer com a vida de milhões de trabalhadores”.

Justificando as suas divergências, esclareceu: “se não transmitisse as minhas opiniões não era, em termos intlectuais, sério”.

 

João Proença, devia ler muitas vezes este esclarecimento de Carlos Trindade para perceber que a mesma cabeça não pode pensar duas coisas opostas sobre o mesmo assunto em função do sitio onde está e de quem está presente.

Mas, COERÊNCIA  E CONSISTÊNCIA SÃO COISAS QUE NADA DIZEM A ESTE SENHOR!

Ele lá saberá porquê!...

 

Decididamente, João Proença discorda totalmente de Che Guevara que afirmava:

"A Revolução é algo que se tem na alma, não na boca para viver dela"



publicado por vermelho vivo às 14:53
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Segunda-feira, 12 de Maio de 2008
Conseguimos!!!

Conseguimos tornar o sonho realidade!

 

 

Algumas opiniões publicadas no Jornal do Vitória, explicam o sucesso e são uma lição que pode servir a alguns chorões do nosso futebol:

 

"Com esforço colectivo, lutamos para chegar a uma posição que nos dá acesso, pela primeira vez, à maior prova europeia de clubes."

Emilio Macedo, presidente

 

"Poderei ser o representante de pessoas que fazem tudo bem, pessoas que estão no anonimato e não aparecem. Sem o trabalho delas isto não seria viável (...) Não há nenhum treinador no mundo que faça um bom trabalho com uma má direcção,maus jogadores e maus funcionários."

Manuel cajuda, treinador

 

"Tudo se deve ao trabalho, devoção e profissionalismo dos jogadores, à humildade de todos, a uma massa associativa sem paralelo e a uma direcção que nunca faltou com nada."

Rui Nascimento, adjunto

 

"Pensava que conhecia o Vitória. Mas só quem está cá dentro é que percebe o que é isto. Fiquei surpreendido com a estrutura directiva e toda a organização. Os adeptos são dignos das melhores coisas: nunca vi coisa igual!"

Hélder Fontes, preparador fisico

 

"Quero deixar uma palavra ao melhor do clube: os adeptos. Nunca nos deixam caminhar sozinhose estão presentes em todo o lado."

Ghilas, jogador

 

"É de registar o facto de a cidade e o clube se fundirem num só. É tudo diferente..."

Felipe, jogador

 

"Já joguei em várias equipas, mas Guimarães tem superado tudo a nível de paixão e envolvimento em torno do Vitória."

Carlitos, jogador

 

"O Vitória é, de facto, um Clube à parte."

Roberto, jogador

 

"Tenho contrato e quero ficar aqui por muitos anos. O Vitória é excelente!"

Desmarets, jogador

 

"O Vitória sofreu muito num passado recente, mas conseguiu levantar-se e está mais forte que nunca."

Flávio Meireles, jogador

  

"Acho que fui bastante regular e isso deve-se ao facto de termos um colectivo muito forte."

Geromel, jogador

 

"Foi nesta hora dificil (a lesão grave que sofreu) que eu percebi que o Vitória não só é grande em campo, como o é em termos humanos."

Danilo, jogador

  

"O clube é bastante organizado e permite-nos desempenhar da melhor forma o nosso trabalho em campo."

Momha, jogador

 

"Confesso que não tinha noção desta grandeza."

Andrezinho, jogador

 

Ou seja, tudo assenta num colectivo que se estende desde o presidente até ao sócio mais recente.

Como em tudo, o trabalho colectivo devidamente organizado e a humildade são uma base para o sucesso.

 

É com orgulho que visto branco...



publicado por vermelho vivo às 12:44
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Sexta-feira, 9 de Maio de 2008
Viva a liberdade de expressão!

A noticia já é antiga - antiga isto é, um mês e meio - mas que culpa tenho eu de só agora ter conhecimento dela?

Mesmo com um mês e meio de atraso não resisto a trazê-la e denunciá-la aqui.

 

21.03.2008

Nadador sérvio suspenso dos campeonatos da europa

«O nadador sérvio Milorad Cavic foi hoje suspenso dos Campeonatos da Europa, em Eindhoven, Holanda, depois de quarta-feira ter subido ao pódio vestindo uma t-shirt com a inscrição "o Kosovo é sérvio".
A comissão de disciplina da Liga Europeia (LEN), reunida ontem à noite, considerou que a t-shirt de Cavic, campeão dos 50 metros mariposa, constituia "uma acção política evidente em violação do regulamento sobre segurança nos eventos organizados pela LEN".

Cavic perde o direito de participar nos Campeonatos da Europa, que decorrem até segunda-feira, e a Federação Sérvia foi multada em 7000 euros e terá ainda de pagar as custas da audição da comissão de disciplina.»

 

"uma acção política evidente em violação do regulamento sobre segurança nos eventos organizados pela LEN" ???

HA!HA!HA!HA!HA!  Grande piada!  Mas aonde é que nós estamos?

 

A mordaça já chegou ao desporto também!

Simplesmente condenável!!!

Ao que isto está a chegar!

 

E ainda têm o desplante de nos falar de liberdade, democracia, progresso, europa civilizada, europa avançada, e mais um punhado de chavões que não passam disso mesmo: chavões com que enchem a boca para nos tentar enganar e ludibriar todos os dias.

 

N.B. - Com a devida vénia a um dos comentadores desta notícia no público, transcrevo:

"pode dar-se uma queca legalmente num jardim da Holanda, pode fumar-se legalmente droga num restaurante da Holanda mas expressões políticas, nem pensar!"



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Olhos postos na Irlanda

"Se por infelicidade houvesse um não na Irlanda, o processo pararia. Não há um plano B. Voltaríamos ao Tratado de Nice. Seria um recuo para a Europa (...) "Não devemos iludir-nos, seria uma paragem para a Irlanda e para a construção europeia"

Quem o afirma é Jean-Pierre Jouyet, secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus.

A Irlanda é o único país europeu que vai permitir - por imperativo constitucional - que os seus cidadãos decidam se querem ou não o Tratado Lisboa.

As sondagens começam a preocupar os  pequenos ditadores europeus que querem a todo o custo impôr a sua ideologia neoliberal nas costas dos cidadãos da europa.

O NÃO (31%) começa a ganhar terreno e a aproximar-se perigosamente do SIM (35%). Apenas uma diferença de 4% separa neste momento o NÃO do SIM, com 34% de indecisos.

Está-se mesmo a ver que todas as pressões, manipulações, e outras malabarices vão ser utilizadas para que os Irlandeses não façam abortar a grande golpada idealizada pelos democráticos líderes europeus, de obrigarem os cidadãos terem uma constituição europeia à sua maneira (deles) e à medida do capital, mesmo que com ela não concordem.

Assim, já começou o jogo:

Tentando manipular o referendo, a União Europeia suspendeu todos os processos em curso que possam desagradar aos eleitores irlandeses.

Segundo o El Pais de 5 de Maio, a UE já adoptou medidas que respondem a reivindicações sectoriais: o adiamento da harmonização fiscal, o aumento dos entraves às importações de carne extra-comunitária, o adiamento da reforma orçamental comunitária e o protelamento do relatório sobre os símbolos da Europa.
A Comissão deu ainda ordens às autoridades sanitárias para não molestarem os criadores irlandeses e reforçaram as restrições à entrada de carne originária do Brasil, medida que favorece em especial os produtores irlandeses.

Mas haverá mais concerteza...

Em contraste com as preocupações dos ditadorzinhos europeus, para a maior parte dos cidadãos europeus, reside na Irlanda a esperança de que o povo seja quem mais ordene e que possam travar democráticamente a grande golpada. A Vitória do NÃO Irlandês, será a vitória de milhões e milhões de europeus  - entre os quais nós, portugueses - a quem foi negado direito de discutir e decidir sobre o Tratado Lisboa.



publicado por vermelho vivo às 00:11
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Efectivamente, não somos assim!

Nem nada que se pareça

O Expresso desvendou as curiosas ocorrências acontecidas no processo de eleição dos órgãos dirigentes do PS/Amadora, e a curiosa operação de recrutamento de militantes aptos a votar em quem os recrutou…

A operação – que obedecia a imperativos de tempo de concretização - foi executada nas zonas mais carenciadas do Concelho, com grande pragmatismo e eficácia e suportada num curioso conceito de funcionamento democrático interno…

Dizem os Estatutos do PS que um militante só tem direito a voto seis meses após ter entrado para o partido. Ora, estando as eleições para a Secção da Amadora, marcadas para 7 de Março de 2008, para nelas votar era preciso entrar para o partido até ao dia 7 de Setembro de 2007.

Foi assim que, no dia 3 de Setembro de 2007 – quatro longos dias antes do prazo fechar… - deram entrada 98 novos militantes, todos recrutados nesse dia, enquanto mais 12 foram inscritos na própria noite das eleições - neste caso, fechando os olhitos às exigências estatutárias…

No final, ganhou as eleições... quem recrutou. Obviamente. Como um desses novos recrutas disse ao Expresso: «Não paguei as quotas. Sei que é um esquema deles para ganhar a concelhia. Prometeram-me que iam melhorar as condições aqui no bairro…»

Coisas semelhantes ocorreram também, e algumas delas têm vindo à luz do dia, com organizações locais do PSD.

Sem pretendermos intrometer-nos na sua vida interna, não podemos deixar de sublinhar o facto de tais partidos terem a pretensão não só de dar lições aos outros em matéria de funcionamento democrático, mas, pior do que isso, de lhes impor regras de funcionamento feitas à imagem e semelhança daquelas pelas quais eles se regem.

É o caso das leis dos partidos e do seu financiamento, congeminadas e aprovadas por PS e PSD, e que têm como objectivo primeiro - pode dizer-se, único – obrigar o PCP a ser igual a eles… a pretexto de, segundo dizem, o PCP não ter um funcionamento democrático interno como o deles é…

Estão cheios de razão: de facto, o PCP nunca teve, não tem, nem terá, tal funcionamento. Nem nada que se pareça.

José Casanova, in: Avante!

Os negritos são opção minha.



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Quinta-feira, 8 de Maio de 2008
Censura à moção de censura

Como é sabido, uma grande parte dos órgãos de informação difundem as suas notícias com base nas informações da Agência de Notícias LUSA.

Sei que a transcrição dos conteúdos informativos prestados pela LUSA durante a tarde, vão transformar este "post" num longo texto e menos apetecível de ler, mas vale a pena ler estes conteúdos para que se perceba a facilidade com que se manipula a informação neste país.

 

Lisboa, 08 Mai (Lusa) - 16,02 horas:

«O primeiro-ministro sustentou hoje que se ficará a dever a um Governo PS o maior avanço de sempre na legislação laboral contra a precariedade e acusou o PCP de sacrificar à sua táctica política os interesses dos trabalhadores.

As posições de José Sócrates foram proferidas no seu discurso inicial no debate da moção de censura do PCP ao Governo na Assembleia da República.

Na fase de abertura do debate, o primeiro-ministro fez um ataque cerrado ao PCP e ao Bloco de Esquerda: os dois partidos que hoje deverão votar favoravelmente a censura ao executivo.

"Do meu ponto de vista, a conclusão política é apenas uma: ficar-se-á a dever a um Governo e à maioria do PS, e não à esquerda conservadora, o maior avanço da legislação laboral contra a precariedade", advogou o primeiro-ministro.

Tal como fizera no último debate quinzenal no Parlamento, Sócrates acusou o PCP de estar a apresentar uma moção de censura não contra o executivo mas "contra a concertação social".

"No debate há dois campos: o campo que defende a concertação social e o campo que a combate", afirmou Sócrates, para quem PCP e Bloco de Esquerda pretendem "condicionar, pressionar" o movimento sindical, "boicotando qualquer esforço de concertação social".

Mas o primeiro-ministro foi ainda mais longe nos seus ataques, especialmente em relação ao PCP.

"O PCP critica com grande azedume [as propostas de revisão do Código de Trabalho], mas ao fazê-lo está a desprezar os interesses dos trabalhadores. Essa é também a verdade deste debate: o PCP sacrifica à sua táctica política os interesses da larga maioria dos trabalhadores", criticou Sócrates.

No seu discurso, o primeiro-ministro pretendeu sobretudo destacar as propostas do seu Governo em relação "ao combate à precariedade" no trabalho, mas defendeu que a revisão em curso também favorecerá a negociação colectiva e a "adaptabilidade na vida das empresas com melhores condições de adaptação ao mercado".

Neste último ponto - o que maior contestação motiva à esquerda parlamentar -, o primeiro-ministro sustentou que, "com a possibilidade acordarem com os seus trabalhadores a gestão do tempo de trabalho, as empresas ficam mais competitivas".

Para José Sócrates, "as propostas do Governo obedecem à mesma preocupação: favorecer a modernização das empresas, porque isso é essencial para que cresçam a economia e emprego; proteger os trabalhadores, porque isso é essencial para o aumento do bem-estar de todos e o combate à precariedade e exclusão".

De acordo com a lógica apresentada pelo primeiro-ministro, com a revisão do Código de Trabalho, "está em causa o progresso".

"Aos arautos da desgraça, aos adversários da autonomia do movimento sindical, aos inimigos do diálogo social e da modernização económica o Governo do PS diz que esse não é o caminho", declarou em novo ataque à oposição de esquerda.

Sócrates defendeu então que, pelo contrário, as propostas do Governo são "progressistas, rigorosas no combate à precariedade, amigas da negociação colectiva e capazes de um equilíbrio positivo entre as necessidades de adaptação das empresas e os direitos dos trabalhadores".»

 

Lisboa, 08 Mai (Lusa) - 17,03 horas:

«O primeiro-ministro José Sócrates considerou hoje que podem existir muitos motivos para censurar o Governo, mas recusou que as propostas de alteração ao Código do Trabalho possam estar entre esses motivos.

"Pode haver muitos motivos para censurar o Governo, mas este é o motivo errado", afirmou José Sócrates durante o debate da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP, sublinhando que a proposta do executivo de revisão do Código do Trabalho é para "defender a economia e os trabalhadores".

Antes, o líder parlamentar do BE, Luís Fazenda, tinha enumerado alguns motivos para censurar o Governo, nomeadamente a existência de mais desempregados, mais trabalhadores precários e piores serviços públicos.

"Há motivos de sobra para censurar este Governo", salientou Luís Fazenda, acusando o executivo de não cumprir o seu programa.

"Há incumprimento do programa do Governo", disse, recordando que esse é um dos motivos para a apresentação de uma moção de censura na Assembleia da República.

Na resposta, José Sócrates aproveitou a intervenção de Luís Fazenda: "o senhor deputado disse que há motivos de sobra para censurar este Governo, mas estes são os motivos errados".

Além disso, acrescentou, o que o Governo propõe agora em sede de concertação social está de acordo com as orientações que o PS sempre defendeu.

"Se há um ponto de divergência é porque são mais ambiciosas", insistiu.

Ainda antes da intervenção da bancada do BE, o PSD, através do deputado Hugo Velosa, tinha também questionado o primeiro-ministro sobre a alteração de posição do PS relativamente aquilo que defendeu em 2003, durante a discussão do Código Laboral.

"O PS não recupera uma proposta dessa discussão. Porquê essa mudança de atitude?", questionou Hugo Velosa.

José Sócrates assegurou, contudo, que "no essencial" as propostas do PS são as mesmas que defendiam quando estava na oposição, apesar de poderem ser "diferentes em alguns aspectos".

"São muito mais ambiciosas", garantiu, reiterando que são propostas que vão no sentido de defender os trabalhadores.

Pelo PS, o líder parlamentar da bancada, Alberto Martins, reforçou as críticas de José Sócrates ao PCP, classificando a apresentação da moção de censura como "um tiro de pólvora seca".

"É ficção", sublinhou, reiterando que se trata de uma moção de censura à concertação social e não ao Governo de maioria socialista.

"Têm medo dos trabalhadores e da concertação social", declarou, dirigindo-se à bancada comunista.

Fugindo ao tema central da moção de censura, o líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, preferiu questionar o primeiro-ministro sobre o protocolo estabelecido entre a ADSE e o Hospital da Luz.

"Como avalia a situação?", interrogou Diogo Feio, recordando que, enquanto o ministro das Finanças já veio a público apoiar a decisão, a ministra da Saúde considerou tratar-se de uma "opção lamentável".

José Sócrates não respondeu, contudo, directamente à questão, considerando "lamentável" a "demagogia" do CDS-PP.

Ainda a propósito do protocolo, o primeiro-ministro lembrou que a ADSE fixa um quadro de convenções com instituições privadas e que o Hospital da Luz decidiu aderir a esse plano.

"O propósito da ADSE é dar a todos os funcionários públicos um maior leque de opções", acrescentou.»

 

Por aqui se retiram duas conclusões óbvias e bastante ilucidativas:

1.ª - O primeiro-ministro José sócrates, é o primeiro a reconhecer que existem muitos motivos para que o seu catastrófico governo seja censurado. Ele sabe, e sabe tão bem como nós, que além de: erros, asneiras, subserviência à europa, demagogia, mentiras, marketing, e defesa dos interesses dos grandes monopólios, pouco mais tem feito em 3 anos de governação. Ou seja, tem razão o PCP na luta que tem travado e concretamente nesta MOÇÃO DE CENSURA AO GOVERNO E À SUA POLÍTICA.

2.º - A LUSA silência completamente o principal protagonista desta MOÇÃO DE CENSURA, o PCP, que é posto à margem da discussão, escamoteia completamente as razões invocadas pelo PCP para a apresentação desta MOÇÃO DE CENSURA, escamoteia completamente a intervenção do PCP (discurso do seu secretário-geral, Jerónimo de Sousa) nesta sessão do parlamento.

Na segunda notícia consegue transmitir a posição de todos os partidos, transcrever parte da discussão entre o BE e Sócrates, e não contém uma única referência ao que disse o PCP.

 

Esta selecção de intervenções, será apenas uma distracção?

Não! É assim porque assim tem que ser. Arredar o PCP das notícias desta sessão e discussão parlamentares, é silenciar a sua voz incómoda, é não permitir que as razões invocadas sejam motivo de reflexão pela opinião pública. É dar destaque ao BE, tal como convém, como arma de combate e ofuscamento do PCP. Ou seja, é noticiar apenas o que deve ser noticiado em nome da ideologia e poder dominante.

Repare-se que nestes blocos noticiosos, a suposta "notícia", principalmente o primeiro bloco, limita-se a fazer passar a mensagem que José Sócrates pretende que chegue à opinião pública.

Será mero acaso?

Não! Não é de certeza! Estes serventuários não dormem em serviço.

 

Mas com grande desilusão para estes "noticiadores" de ocasião, o PCP também está onde sempre esteve: ao lado dos trabalhadores, ao lado do povo e das populações. Assim, mesmo silenciado na comunicação social, os trabalhadores e o povo sabem quem os defende e reconhecem ao PCP esse papel, que aliás é histórico.

 

Embora sabendo nós que isto faz parte da normalidade noticiosa porque a isenção informativa há muito tempo anda pelas ruas da amargura e se limita apenas a prestar serviço ao poder e à ideologia dominante,  fica aqui a denúncia para que não pareça que os comunistas se colocam gratuitamente no papel de vítimas. Os argumentos são inegáveis.



publicado por vermelho vivo às 18:17
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Quarta-feira, 7 de Maio de 2008
Olhando para o futuro

Surripiado em: À ESQUERDA



publicado por vermelho vivo às 23:42
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Segunda-feira, 5 de Maio de 2008
Moção de censura ao governo PS/Sócrates

Perante a gravidade da situação nacional e o carácter inaceitável das propostas sobre o código do trabalho, o PCP vai apresentar na Assembleia da República uma moção de censura ao governo e à sua política.

 

Esta moção de censura é uma firme denúncia e condenação da política de direita que desestabiliza o país, que agrava as desigualdades e injustiças sociais, que é factor de atraso e retrocesso social, que diminui a nossa soberania face aos interesses das grandes potências e do capital estrangeiro, que entra em confronto com a Constituição da República Portuguesa. Uma moção de censura que põe em evidência perante o país a gravidade das propostas para a legislação laboral. Um acto que dá expressão à vasta frente de luta, protesto e descontentamento que percorre o país.

 

 

O Governo PS, conduziu o país a uma situação insustentável.

Três anos depois da sua eleição o país está mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos democrático.

Os trabalhadores e o Povo português sentem diariamente o agravamento das suas condições de vida – desemprego, precariedade, baixos salários e pensões, aumento dos preços, endividamento, pobreza, encerramento de serviços públicos –  ao passo que os grandes grupos económicos e financeiros, viram nunca como agora, os seus lucros aumentar.

A política que o governo PS desenvolve é um desastre no plano económico. Acentua-se a destruição do aparelho produtivo nacional e agrava-se a dependência energética, alimentar e tecnológica. Milhares de pequenas e médias empresas não resistem ao garrote dos empréstimos à banca, ao aumento do IVA, aos custos da energia.

As promessas do PS nas últimas eleições legislativas deram lugar à arrogância da maioria absoluta, aos ataques ao regime democrático e às limitações das liberdades.

 

Esta moção de censura dará expressão a todos os que estão descontentes e que de muitas formas demonstraram ao longo dos últimos meses o seu protesto, a todos aqueles que participaram nas poderosas manifestações de massas que envolveram centenas de milhar de trabalhadores do sector público e privado, a todos os que foram para a rua lutar em defesa dos serviços públicos. Uma luta que tem sido determinante para quebrar com a arrogância do governo, alcançar vitórias e afirmar a necessidade de uma nova política.
 

Esta Moção de censura exige uma ruptura que ponha fim a mais trinta anos de políticas de direita praticadas ora pelo PSD, ora pelo PS, com ou sem CDS. A vida confirma que não basta mudar de siglas, que está gasta e estafada a alternância entre estes partidos. Uma ruptura que devolva aos trabalhadores e ao Povo português os caminhos abertos pela revolução de Abril, com mais emprego, mais justiça social, melhores serviços públicos, melhor distribuição da riqueza, mais produção nacional, mais soberania e melhor democracia.

In: Documento do PCP

 

A LUTA CONTINUA!



publicado por vermelho vivo às 13:32
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