- O risco de pobreza em Portugal superava, em 2008, a média europeia e situava-se em 18 por cento (1,9 milhões), estando em igual risco 12 por cento das pessoas com emprego.
- 64% da população portuguesa não tem capacidade financeira para gozar uma semana de férias por ano fora de casa.
- 35% das famílias portuguesas não conseguem manter a sua casa devidamente aquecida.
- 22% da população idosa corre risco de pobreza.
- 23% das crianças portuguesas até aos 17 anos são pobres.
- 23% da população priva-se de bens ou serviços tidos como essenciais para uma vida digna.
Dados publicados em 2010 pelo Eurostat sobre Portugal, relativos a 2008
Ainda em 2008:
- 67,1 por cento dos trabalhadores tinham salários inferiores a 900 euros, o que equivale a 2,654 milhões de activos, sendo que destes 1,619 milhões auferiam salários de 600 euros ou menos.
Em 2009:
- A pensão média por velhice situava-se nos 384,72 euros por mês, enquanto que a de invalidez não ia além dos 321,25 euros.
Dados divulgados pela CGTP-IN
“Plantai batatas, ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazei caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, estas horas contadas de uma vida toda material, maçuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente do que a que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar a miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? - Que lho digam no Parlamento inglês, onde, depois de tantas comissões de inquérito, já devia andar orçado o número de almas que é preciso vender ao diabo, número de corpos que se tem de entregar antes do tempo ao cemitério para fazer um tecelão rico e fidalgo como Sir Roberto Peel, um mineiro, um banqueiro, um granjeeiro, seja o que for: cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis.”
Almeida Garrett, in 'Viagens na minha Terra’
Desculpem-me os muitos amigos bracarenses que tenho, mas reconheça-se que é impossível ficar indiferente perante aquela monumental despedida feita à equipa e adeptos do SC Braga no final do jogo de ontem, ao som do "apita o comboio". Esta é a música que ainda hoje continua a dar.
Por isso e porque hoje é Domingo... (não é Domingos!... para esse... haja paciência), o destaque vai para o grupo "ZIMBRO" com o seu sucesso "Apita o comboio"
Domingos Paciência é um agente do futebol nascido, criado e educado futebolisticamente no seio de um clube para quem a verdade do futebol se pode aferir pelo processo apito dourado. Para quem a transparência desportiva se consegue através do pagamento de viagens ao Brasil (caso de Carlos Calheiros, o mais visível) ou dos famosos "quinhentinhos" ou ainda da famosa fruta colocada nos hoteis...
Bem, criado e educado nesta cultura, não se poderia esperar outra coisa de Domingos Paciência que não fosse ser portador dessa mesma medíocre mentalidade. Assim, para este indivíduo, desde que não seja beneficiado, já está a ser prejudicado.
No ano passado, foi claramente levado ao colo pelas arbitragens, como tal, sempre considerou a arbitragem como bestial. Naquele que foi um dos maiores escândalos do futebol português dos últimos anos, a roubalheira protagonizada por Soares Dias no Vitória-Braga, Domingos Paciência pediu para que não crucificassem o árbitro pois, segundo a sua opinião, o árbitro cometeu alguns erros devido ao jogo se ter tornado dificil, mas não teve influência no resultado.
Ora é este mesmo ..., nem vou vou escrever o nome que realmente me apetece chamar, que vem afirmar que perdeu o jogo de ontem devido aos erros de arbitragem.
Houve realmente um erro enorme da arbitragem. E esse sim, alterou a evolução do decorrer do jogo e poderia ter sido decisivo para o resultado final. A validação do único golo do Braga, obtido escandalosamente em off-side, como pode ver-se na imagem abaixo. Mas esse, o Paciência não viu. Estava distraído.
Haja paciência!
Ó Domingos, passa por uma farmácia, compra pastilhas "Rennie", leva também para o teu presidente e vais ver que isso passa.
E já agora vê lá se percebes:
O ano passado, o Papa do nosso futebol, olhava-te como o futuro treinador do FCP. Logo foi fazendo tudo que estava ao seu alcance para te promover. Incluíndo as influências na arbitragem. Mas acabou por ser engolido com tanto excesso de zelo e também acabou por encontrar outro treinador. Assim, este ano estás só por tua conta. Tens que ganhar os jogos apenas dentro do campo e sem influências externas. É assim tão dificil de perceber?
Foto retirada de "o vimaranes"
PT E ACCIONISTAS NÃO PAGAM IMPOSTOS COM A CONIVÊNCIA DO GOVERNO
O CINISMO DE SÓCRATES FACE A ESTE ESCÂNDALO, E O DE CAVACO SILVA EM RELAÇÃO À CRISE
"O escândalo que constitui o facto da Portugal Telecom não pagar imposto de mais-valias pelas mais-valias que obteve com a venda da “Vivo” Tefónica por 5.515,5 milhões €, assim como a distribuição de um dividendo extraordinário de 1.000 milhões € aos accionistas em 2010 para estes não pagarem 160 milhões € de impostos, tudo isto feito com conivência do governo de Sócrates, veio tornar claro os “buracos” existentes nas leis fiscais aprovadas pelos sucessivos governos (PS, PSD,PSD/PP) com o objectivo de beneficiar os grupos económicos.
Contrariamente ao que se pode pensar, o caso da PT não é único. Todos os anos verificam-se muitos outros que passam despercebidos à opinião pública porque os media não falam deles.
Segundo o Relatório do OE-2011, no próximo ano o governo prevê perder uma receita fiscal no montante de 1.368 milhões € resultantes de benefícios fiscais concedidos às empresas, cuja maior parte não são certamente benefícios fiscais concedidos a PME´s e micro-empresas.
Os resultados da banca referentes aos primeiros 9 meses de 2010 confirma que os grupos económicos em Portugal e, nomeadamente, a banca continuam a gozar de elevados privilégios fiscais. Para concluir isso, basta comparar os Resultados antes dos Impostos com os impostos pagos pelos cinco maiores bancos a operar em Portugal (CGD, BCP, Santander-Totta, BES, BPI).
Os Resultados Antes de Impostos (RAI) destes cinco bancos atingiram, nos 9 primeiros meses de 2009, 1.620,6 milhões € e, em 2010, 1.423,3 milhões €; e os impostos pagos foram apenas 185,7 milhões € em 2009 e somente 114,3 milhões € em 2010. Isto significa que a taxa efectiva de
imposto foi de 16,1% nos primeiros 9 meses de 2009 e de apenas 9,2% em 2010.
Os Resultados Antes de Impostos em 2010 são inferiores aos de 2009 (1.620,6 em 2009 e 1423,3 milhões € em 2010), mas os Resultados depois de Impostos de 2010 já são superiores aos de 2009 (1.150,5 milhões € nos primeiros 9 meses de 2009, e 1.240,7 milhões € em 2010), o que foi conseguido à custa de uma redução significativa dos impostos em 2010. O BPI, apesar de ter apresentado um RAI de 139,8 milhões € não paga imposto, tendo a haver do Estado ainda 2,2 milhões €..."
Eugénio Rosa, economista.
Hoje há Vitória - Braga. Jogo com longo historial e grande rivalidade.
Ao invés das guerras e batalhas anunciadas por uns e desejadas por outros, prefiro olhar para o jogo revendo-me neste artigo de "O Jogo" de hoje:
Rivalidade, sim! Que o Vitória ganhe, sem dúvida! Por quantos mais melhor, indiscutivelmente! mas... há coisas muito acima e mais importantes que fazem a união entre muitos vimaranenses e bracarenses.
HÁ UM VERMELHO QUE OS UNE
Quando se trata de bracarenses e vimaranenses, nem tudo é rivalidade. Há, pelo menos, um relvado em que estão juntos, formam a mesma equipa - e, no final, "atiram-se" todos a Viana do Castelo. É um imenso relvado, entre a Amora e o Seixal, dominado pela bandeira vermelha do Partido Comunista Português, sob a qual se ergue, todos os anos, a Festa do Avante!, um acontecimento político e cultural que ganha corpo com o trabalho voluntário de militantes e amigos - não é preciso ser sócio para entrar na Quinta da Atalaia e ajudar à construção (no sentido literal) do festival que mistura música, teatro, desporto, debate ideológico, artesanato, literatura, gastronomia, tudo servido em doses inesquecíveis de convívio. Entre os diversos pavilhões regionais, Braga ergue-se, ganha corpo e cor com a ajuda indistinta de mãos de adeptos dos principais clubes do Minho - a referência que há-de uni-los, quando os sabores regionais encherem e fizerem lotar o espaço, nos três dias desta festa que, como as demais, tem na construção parte da sua essência. No fim, no domingo à noite, quando os visitantes partem, tudo está limpo e desmontado, e parece que a Atalaia dorme, exausta, Braga ajuda a orquestrar o verdadeiro final, a pretexto da rivalidade regional. Com quem, perguntar-se-á, se os vimaranenses estão na mesma equipa? Com Viana do Castelo. Ao som de tachos, panelas e instrumentos regionais, um cortejo visita os dois pavilhões, onde os minhotos trocam versos satíricos - o vinho Alvarinho, por exemplo, é um poderoso argumento vianense, de fazer inveja a qualquer distrito, designadamente, ao que é bandeira do vinho verde - antes de se juntarem, com os demais amigos, a comer e a beber, madrugada dentro, até que o cansaço interrompa o jogo. Até ao próximo ano.
Mónica Santos, In O JOGO, 13-11-2010
Pedro Passos Coelho, tem vindo a defender a ideia peregrina da responsabilização civil e criminal dos responsáveis pelos maus resultados da economia do país, para que não continuem, segundo ele, "a andar de espinha direita, como se não fosse nada com eles".
Bem... Em tão poucos meses à frente do PSD, Passos Coelho já disse tanta coisa num dia e fez outra no outro e já deu tantas cambalhotas e piruetas, que a credibilidade das suas palavras vale o que vale. Neste caso concreto, está fácil de concluír que só a pura demogogia o move.
Mas... Já que o homem se mostra decidido a avançar com a ideia , considero que nós, cidadãos, temos obrigação de contribuir para que a justiça seja feita com todo o rigor e imparcialidade. Logo, temos obrigação de ajudar a identificar esses “criminosos”. Trata-se assim, como é óbvio, de um acto de cidadania e patriótico, a denúncia de todos os “malfeitores” que possamos reconhecer, responsáveis por este pântano social e económico em que nos encontramos.
É por isso, não querendo ficar de parte nesse nobre exercício de cidadania e patriótico, que aqui deixo o meu contributo.
Ao passar pelo Blog “Aldeia Olímpica” do meu amigo e camarada Alex Campos, encontrei uma foto em que imediatamente detectei alguns desses “malfeitores”. Assim, reproduzo aqui essa foto e afirmo claramente e com todas as letras:
ESTÃO AQUI ALGUNS DESSES RESPONSÁVEIS!
POIS FAÇA-SE JUSTIÇA!
Foto sacada do Aldeia Olímpica
Se há vitórias com sabor especial, esta foi uma delas.
É verdade que o Vitória entrou mal no jogo, mas depois de um golo em posição duvidosa, veio o insólito 2-0 para o Sporting através de um golo que, pasme-se, não existiu. E a existir, estava ferido de ilegalidade por falta claríssima sobre o Nilson que foi empurrado literalmente para dentro da baliza. Quando no mesmo lance nem o árbitro vê uma falta claríssima, nem o fiscal de linha vê o golo, perdão, e o fiscal de linha assinala um golo que não viu, estamos conversados sobre estes trastes.
Assim, na casa de um dos chamados grandes, e com estas condicionantes, esta vitória soube mesmo muito, muito bem.
Confesso que já não me lembro da última vez em que dei um salto do sofá, com os braços levantados, a gritar: goloooooooooooooooooooo!!!! Como aconteceu hoje.
Mas para além do gozo vitória em si e da
s u b i d a a o 2 . º l u g a r, aquele terceiro golo do B runo Teles, foi uma espécie de grito de revolta contra aqueles dois trastes que mais não fizeram do que prejudicar o próprio futebol, ao tentar inclinar o campo para um dos lados.
Mas também é o dia 7 de Novembro.
E neste dia, há 93 anos, na Rússia, foi levado a cabo o assalto do operariado armado e dos soldados revolucionários ao Palácio de Inverno, eliminando assim o último foco de resistência militar e política à Revolução Bolchevique. Com a tomada do Palácio de Inverno, deu-se início à primeira experiência na construção de um estado socialista. Um estado sem exploradores e explorados. Um estado de todos e para todos, que teve influência decisiva no desenrolar do curso da história e marcou de forma importantíssima o desenvolvimento e o progresso das sociedades até aos dias de hoje.
“(...) no curso do século, a partir da revolução de Outubro de 1917, a luta libertadora dos trabalhadores e dos povos alcançou vitórias de significado e alcance mundial. Em numerosos países, pela primeira vez depois de milénios de sociedades baseadas no antagonismo de classes exploradoras e classes exploradas, os povos lançaram-se à construção de uma nova sociedade sem exploradores nem explorados - a sociedade socialista. Nos países capitalistas o movimento operário teve grande desenvolvimento e os trabalhadores alcançaram pela sua luta valiosas conquistas democráticas. Desmoronou-se o odioso sistema mundial do colonialismo com a conquista da independência por povos explorados e oprimidos por vezes secularmente. Nas transformações revolucionárias da sociedade humana no século XX, a luta dos povos, factor determinante, contou com o estímulo do exemplo, a ajuda internacionalista - política, diplomática, material, militar e humana - da URSS e de todo o campo socialista. O capitalismo foi obrigado a recuos e concessões na sua política interna e externa pela força das ideias, das realizações e da presença na vida internacional do mundo socialista. Pactos internacionais consagraram juridicamente como património histórico do século XX direitos sociais, económicos e melhorias conquistadas com o socialismo. Estes acontecimentos representam factos inquestionáveis e um salto qualitativo na história (...)“
Trecho da “Resolução Política do XIII Congresso do PCP“
Vários textos, escritos acerca do 90.º Aniversário da Revolução de Outubro, podem ser lidos aqui:
http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/54180.html
http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/54772.html
http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/54997.html
http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/55206.html
http://bandeira-vermelha.blogs.sapo.pt/55455.html
Assim, “Porque hoje é Domingo...“ e dia de comemoração revolucionária, sabe muito bem ouvir a “Internacional“.
José Sócrates afirmou no debate sobre o orçamento de estado, que os estados não são responsáveis pela situação de crise vivida actualmente. Que a culpa se deve atribuír à desregularização dos mercados financeiros e como tal, era pura demagogia atribuír culpas ao governo português ou a qualquer outro estado.
É justo que se pergunte:
A actual subserviência aos mercados financeiros não é a consequência das políticas de benefício ao capital praticadas pelos governos?
Quem patrocinou, encorajou e apoiou activa ou tacitamente essa desregularização dos mercados financeiros?
Quem legisla e faz cumprir as regras de um país soberano, são os governos ou os mercados financeiros?
Estes mesmos que hoje empurram a culpa para a especulação dos mercados financeiros, não são os mesmos que ontem defendiam a liberalização total dos mercados de capitais afirmando que os mercados se auto-regulam.
Pois é! Mas os governos dos países soberanos não têm culpa nenhuma. Coitados, foram ultrapassados pelas leis das redes de especulação...
Aqui fica através de um excelente truque mágico a explicação de como chegamos até aqui, qual a contribuição das sucessivos governos ao serviço do capital e como após a crise instalada é feita a distribuição de riqueza à maneira do modelo capitalista.
Este truque mágico também mostra por imagens e magia aquilo que tenho por aqui defendido. Isto é: nada disto é inocente e nada disto acontece por fatalidade.
Tal como nos diz no final o mágico: "Enfim, assim se cumpre o melhor ideal europeu: tudo para poucos, nada para o resto"
Ideal este, que é indiscutivelmente a verdadeira matriz do modelo capitalista, vigente em Portugal e no resto da europa!
Com um abraço para a Ana, que mo enviou por mail.
a referência
...
informação
...
...
...
...
sindical
...
biblioteca
...
desportiva
...
cinéfila
...
outros sitios
...
o meu partido
...
vizinhos
...
da minha cidade
...
...
...
companheiros de luta
...
blogosfera
...
solidariedade