Estamos fartos de saber que o presidente Obama é pessoa de extrema sensibilidade. Mostra-o todos os dias no Afeganistão, no Iraque, na Colômbia, nas Honduras, enfim em todo o lado onde é necessário defender e aplicar os direitos humanos, a liberdade e a democracia.
E só não o mostra do mesmo modo noutros países – como a Venezuela, a Bolívia, o Equador, a Nicarágua… – porque ainda não teve condições para o fazer, mas logo que possa…
Agora, chegou a vez da Líbia ser alvo da apurada sensibilidade do presidente dos EUA – sensibilidade partilhada, com a tradicional fidelidade canina, pelos seus lacaios europeus – na modalidade de ajuda humanitária ou de protecção a civis.
Obama fez saber ao mundo que estava profundamente preocupado com o facto de Kadhafi «estar a disparar contra o seu próprio povo» – coisa que feria brutalmente a sua sensibilidade humanista e lhe provocava noites e noites de insónia… Isto porque, como também estamos fartos de saber, Obama nunca disparou (nem dispara, nem disparará) contra o seu próprio povo. Seguindo o exemplo de todos os seus antecessores no cargo – que lançaram bombas atómicas sobre civis, que mataram milhões de civis na América Latina, na Europa, na África, no Médio Oriente, etc., etc., mas que nunca dispararam contra o seu próprio povo – ele dispara, sim, mas contra outros povos. E assim os vai libertando: à bomba. E assim lhes oferece a democracia Tomahawak.
Ou seja: a extrema sensibilidade que não lhe permite disparar (até ver...) contra o seu próprio povo, impõe-lhe, exige-lhe, ordena-lhe que dispare contra o povo líbio.
E é isso que está a fazer. Em nome da democracia, da liberdade e dos direitos humanos.
Como é da praxe, os bombardeamentos sobre a Líbia são louvados e incensados por todos os comentadores e analistas de serviço, entre os quais se encontra aquele que é, sem dúvida, o mais fervoroso apreciador da sensibilidade do Prémio Nobel da Paz: o inevitável Mário Soares.
Quase tão fervoroso admirador de Obama como o foi de Carlucci, Soares canta odes à operação «Amanhecer da Odisseia» – confiante, certamente, em que o «entardecer» da dita seja ainda mais brutal, mais sangrento. Mais democrático...
José Casanova, in Avante!
Realizou-se no passado Sábado a grande manifestação da "geração à rasca". Curiosamente, ou talvez não, teve uma cobertura mediática inédita em Portugal, com directos permanentes, grandes parangonas jornalísticas, atrevo-me até a dizer que grande parte da mobilização foi feita pela comunicação social. Curiosamente, ou talvez não, participaram até os representantes laranjinhas da JSD, juventude partidária apoiante de Pedro Passos Coelho, que defende uma ainda maior precariedade no trabalho e menos direitos ainda para quem trabalha. Participaram também partidários da extrema direita vestidos a rigor (de negro e botas da tropa) com bandeiras negras. Participaram também algumas facções que defendiam o derrube de toda a classe política, sem excepções (e lá dizia Bertold Brecht: "o pior analfabeto, é o analfabeto político... o analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política..." - a ler aqui no lado esquerdo do blog).
Também confesso que tenho dificuldade em assimilar o alcance objectivo e concreto desta acção. E talvez por essa aparente ausência de identidade reivindicativa concreta e aparente inconsequência, se consiga explicar porque é que os média ao serviço do poder dominante, isto é: o capital, lhe tenham dado tanto destaque. Aliás, nas reportagens que fui vendo, havia sempre a preocupação dos jornalistas destacados para o local, de vincarem permanentemente que esta era uma manifestação apartidária, que não havia por trás a organização de partidos nem sindicatos, etc. etc. Vá lá saber-se porquê a necessidade de tanta insistência nesta tecla.
No entanto, acredito que a imensa maioria dos manifestantes, tal como os seus organizadores, participaram de boa-fé e movidos por uma causa justa, e mesmo com alguns paradoxos e contradições, sinceramente, saúdo fortemente esta acção de indignação popular, pois ela tem toda a razão de ser.
Foi também com enorme agrado que vi milhares de jovens, e menos jovens, a exercerem pela primeira vez na rua o seu direito ao protesto. Espero é que estes novos manifestantes também entendam que as acções de luta popular só têm sentido se alicerçadas em bases e objectivos concretos. Se assim não for, as acções tornam-se inconsequentes, banalizadas e posteriormente, essa inconsequência levará à desmobilização. Nesse sentido, para mim e para muitos milhares que já cá andamos há uns anitos, é com satisfação e alegria que os saudamos e afirmamos: BEM VINDOS À LUTA, COMPANHEIROS!
Assim, teremos já no próximo Sábado, dia 19 de Março, em Lisboa, a manifestação convocada e organizada pela CGTP-IN.
Não será uma manifestação de participação "porque sim" "porque é giro" ou "porque toda a classe política devia ser banida"...
Será uma manifestação de INDIGNAÇÃO E PROTESTO: CONTRA O DESEMPREGO, CONTRA A PRECARIEDADE, CONTRA OS BAIXOS SALÁRIOS, CONTRA A DESIGUALDADE NA DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA, CONTRA O PERMANENTE AUMENTO DO CUSTO DE VIDA, CONTRA AS INJUSTIÇAS SOCIAIS.
Não será uma manifestação "contra tudo e contra todos" nem uma manifestação "contra ninguém". Será uma manifestação de censura às políticas de direita executadas pelo governo do PS/Sócrates com a colaboração do PSD (Aqui não veremos de certeza os jovenzinhos laranja da JSD). Será uma manifestação de exigência de mudança de políticas.
No Sábado lá estaremos em Lisboa. Espero que se juntem aqueles que já andam na luta à uns anitos e aqueles que só agora despertaram para a realidade de que NA LUTA ESTÁ O CAMINHO E A FORÇA PARA A MUDANÇA!
Os 90 anos do Partido Comunista Português ocuparam este espaço durante toda a semana.
Foram apenas uns poucos e breves momentos sobre uma longa e gloriosa história. E como uma imagem vale por mil palavras, a opção foi o recurso a algumas imagens existentes na net.
Mas lembrar a história do Partido Comunista Português implica inevitavelmente recordar Álvaro Cunhal. Assim, termino esta alusão em imagens aos 90 anos deste GRANDE COLECTIVO, com um video sobre Álvaro Cunhal.
A história dos 90 anos do Partido Comunista Português vai continuar a estar presente por aqui em vários "post's", mas mais em escrita e menos em imagens.
VIVA O PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS,
Partido dos trabalhadores portugueses!
Partido indispensável para a transformação progressista da sociedade!
OS CONGRESSOS DO PCP
No dia 23 de Maio de 2009, 85.000 portugueses participaram em Lisboa na Marcha Protesto, confiança e luta! convocada pelo PCP no âmbito da CDU. Uma gigantesca e impressionante manifestação, inédita em Portugal.
Com toda a propriedade se pode aplicar aqui o slogan: "Assim se vê, a força do PC".
Um dia histórico na vida do PCP e inesquecível para quem participou na marcha e para todos aqueles que lutam por um mundo melhor, mais justo e mais solidário.
Marcha Liberdade e Democracia
50.000 participantes na Marcha da Liberdade e Democracia convocada pelo PCP, inundaram as ruas de Lisboa no dia 1 de Março de 2008, numa impressionante manifestação em defesa das liberdades, da democracia e de Abril.
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