Terça-feira, 30 de Agosto de 2011
A agressão ao povo Líbio
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou hoje:
"Acho que podemos esperar agora uma rápida conclusão para o conflito e um fim para o sofrimento do povo líbio".
Ora, será que isso significa o fim da agressão assassina da NATO na Líbia?
Já agora, vale a pena ler este artigo completo. Além de muitos outros claro, desde que sejam independentes e não dos cronistas de seviço ao império.
Só no domingo, o número de civis mortos pode ter chegado a 1.300 em Trípoli, com pelo menos 5.000 feridos. O Ministério da Saúde anunciou que os hospitais estão superlotados. Quem, àquela altura, ainda acreditasse que o furioso bombardeio pela OTAN tivesse algo a ver com “responsabilidade de proteger” e Resolução n. 1.973 da ONU merecia internamento em hospício...
Antes de iniciar a “Sirene”, a OTAN bombardeou furiosamente Zawiya – cidade chave, de grande refinaria de petróleo, 50km a oeste de Trípoli. Com isso, a população de Trípoli ficou sem combustível para os carros. Segundo a própria OTAN, pelo menos metade das forças armadas líbias foram “degradadas” – em língua do Pentágono, significa que a OTAN destruiu metade do exército líbio, entre soldados mortos ou muito gravemente feridos. Foram dezenas de milhares de mortos. Esse massacre explica também o misterioso desaparecimento dos 63 mil soldados encarregados de defender Trípoli. E também explica que o regime de Gaddafi, que se manteve no poder durante 42 anos, parece ter caído em menos de 24 horas... Executivos da indústria do petróleo estimam que demorará no mínimo um ano para que a produção de petróleo volte ao nível de antes da guerra civil, de 1,6 milhões de barris/dia, mas dizem que os ganhos anuais do petróleo renderão aos novos governantes cerca de US$50 bilhões de dólares/ano. Muitos estimam que as reservas líbias alcancem 46,4 bilhões de barris de petróleo, 3% do petróleo do mundo, equivalendo a cerca de $3,9 trilhões aos preços de hoje. As reservas conhecidas de gás líbio chegam a 5 trilhões de pés cúbicos.
No frigir dos ovos, “R2P” vence. O imperialismo humanitário vence. As monarquias árabes vencem. A OTAN como Robocop global vence. O Pentágono vence. Mas nem tudo isso satisfaz os suspeitos de sempre – que já pedem o envio de uma “força de estabilização”. E tudo isso enquanto os progressistas categoria “perderam-o-rumo-e-o-prumo” em várias latitudes, continuam a louvar a Sacra Aliança entre neocolonialismo ocidental, monarquias árabes ultra reacionárias e salafitas hardcore...
Ainda não terminou. Só terminará quando a onça árabe aparecer p’rá beber água . Seja como for, próxima parada: Damasco."