Lá voltaremos aos "trastes". Sim, que neste governo são às mãos cheias. Mas para já fico-me pelos "palermas", espécies da mesma família dos "trastes". São um pouco menos activos mas tão irresponsáveis e tão delirantes como os outros.
O nosso ilustre e iluminado secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Alexandre Miguel Mestre, encontrou o caminho para combater do desemprego nos jovens.
Então aconselha ele: «Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras». Ou seja: se estão desempregados, a solução é emigrarem.
Palavras para quê? Provavelmente, nem Salazar se lembraria de melhor.
Sem esquecer que estamos a falar de jovens e que este "palerma" é secretário de estado de um governo que decidiu recentemente aumentar o horário de trabalho em 2,5 horas semanais para que o país possa produzir mais.
Esta gente saberá o que saliva pela boca fora? Ou alguém será capaz de descodificar este chorrilho de asneiras e mentiras a que assistimos diáriamente?
Como dizemos aqui na "província": Mas que putas de "peças" nos calharam em sorte! Ou talvez: que os portugueses escolheram para os governar.
"Um dos mais conhecidos poemas de Ary e seguramente dos mais queridos dos militantes do PCP, A Bandeira foi escrito em condições que merecem ser recordadas.
Foi como se não bastasse
tudo quanto nos fizeram
como se não lhes chegasse
todo o sangue que beberam
como se o ódio fartasse
apenas os que sofreram
como se a luta de classe
não fosse dos que a moveram.
Foi como se as mãos partidas
ou as unhas arrancadas
fossem outras tantas vidas
outra vez incendiadas.
À voz de anticomunista
o patrão surgiu de novo
e com a miséria à vista
tentou dividir o povo.
E falou à multidão
tal como estava previsto
usando sem ter razão
a falsa ideia de Cristo.
Pois quando o povo é cristão
também luta a nosso lado
nós repartimos o pão
não temos o pão guardado.
Por isso quando os burgueses
nos quiserem destruir
encontram os portugueses
que souberam resistir.
E a cada novo assalto
cada escalada fascista
subirá sempre mais alto
a Bandeira Comunista.
José Carlos Ary dos Santos
É preciso ter um poder de encaixe muito grande para conseguir encaixar a frase que este "parvalhão", que não tem outro nome, produziu.
Miguel Macedo, aqui de há uns dias atrás, em Portalegre, foi protagonista de um episódio que por si só define o seu carácter, ou a falta dele. Resolveu dar uma grande seca aos militares da GNR que prestavam o seu “compromisso de honra” e se encontravam em formatura, debaixo de um sol abrasador. Ao longo de uma hora de seca à espera de sua excelência o sr. ministro, alguns desses militares tiveram que ser auxiliados por enfermeiros e outros chegaram mesmo a desmaiar. O que levou alguns familiares e amigos dos militares a vaiarem sua excelência quando este chegou. O mais extraordinário deste episódio é que enquanto os militares tombavam devido ao calor, Miguel Macedo, banqueteava-se no restaurante mais caro e luxuosa de Portalegre, o "Tomba-Lobos". Sim porque sua excelência o sr. ministro não almoça em qualquer restaurante nem almoça apressadamente. Claro que quem paga as mordomias do sr. ministro é aqui o Zé Fabiano, quem tomba para o lado são os súbditos de sua excelência o sr. ministro.
Mas qual não é o meu espanto quando leio hoje nas notícias esta declaração de Miguel Macedo. Esta frase lapidar, que deve passar a constar de todos os manuais da hipócrisia.
Disse então o "traste": "Por decisão pessoal minha, amanhã mesmo, vou formalizar a renúncia a este direito que a lei me dá".
Ora este... esqueceu-se de dizer que a "por decisão pessoal minha", foi tomada depois de todo o ruído que se fez à volta do subsídio de alojamento que recebe para cobrir os seus gastos durante a estadia na capital, onde... tem casa própria.
Este "traste" esqueceu-se de dizer que a "por decisão pessoal minha", foi tomada depois de ter ROUBADO mensalmente e ao longo de 4 meses os cofres públicos em 1.400 euros.
Então, porque não foi "por decisão pessoal sua" que renunciou ao subsídio logo que tomou posse?
E vem este "traste" dizer que renuncia "a um direito que a lei me dá"???
E o direito dos trabalhadores e do povo a terem uma vida digna??? Alguém lhes perguntou se querem renunciar a esse direito?
E o ROUBO de parte do meu subsídio de Natal??? Alguém me perguntou se eu renunciava a esse direito?
E o direito ao subsidio de férias e de natal dos funcionários públicos??? Alguém lhes perguntou se querem renunciar a esse direito?
..."a um direito que a lei me dá"??? 1.400 euros de súbsídio com casa em Lisboa??? e vêm falar de sacrifícios? de déficie? de dívida pública? de aumento de impostos? de cortes nos apoios sociais? cortes na educação? aumento das taxas moderadoras? cortes no pagamento de subsídios de férias e natal?...
Em que reino é que este "parvalhão" pensa que vive?
Este "traste" devia sim, se tivesse um pingo de vergonha na cara como é óbvio, pedir desculpa aos portugueses pelo ROUBO efectuado aos seus impostos durante 4 meses. E depois, demitir-se. Assumindo que o seu caráter, ou a falta dele, não lhe permite pensar tanto no país, mas mais nos seus interesses pessoais, na sua vaidade e nas suas mordomias.
PS: Sei que os adjectivos utilizados são um pouco violentos e pouco respeitosos, mas não esperem de mim qualquer respeito por gente desta. É gente rasca, sem carácter, e para mal dos meus pecados (e da maioria dos portugueses), são "trastes" como este que governam este país.
"Mais 7.000 milhões de euros de riqueza para os patrões, nada para os trabalhadores, corte de 1.682 milhões de euros no rendimento dos pensionistas e de 952 milhões de euros aos trabalhadores da função pública, mas os rendimentos do capital continuam a ser poupados aos sacrifícios: eis o que Passos Coelho anunciou."
O AUMENTO DE MEIA HORA NO HORÁRIO DE TRABALHO DIÁRIO DÁ POR ANO AOS PATRÕES MAIS 7.002 MILHÕES DE EUROS DE RIQUEZA
Se dividirmos o valor do PIB previsto pelo INE para 2011 (171.320,6 milhões de euros) pela população empregada (4.893.000 portugueses no 2º trimestre de 2011, segundo o INE) obtém-se 35.013 €/ano por empregado. Dividindo este valor pelo número médio anual de horas de trabalho, obtém-se 19 €/PIB/por hora. Se multiplicarmos este valor pelo número médio de dias de trabalho por ano, e depois por meia hora dia e, seguidamente, pelo número de trabalhadores por conta de outrém (3.200.000 sem incluir os trabalhadores da Função Pública) obtém-se 7.002.681.382 euros. É ainda mais que a redução prevista pelo governo na Taxa Social Única paga pelos patrões. É esta gigantesca riqueza que o governo PSD/CDS pretende dar de mão beijada aos patrões.
Tudo para os patrões, nada para os trabalhadores produtores de riqueza: este é o lema do governo PSD/CDS.
Eugénio Rosa, in: infoalternativa.org
Desfile de indignação e protesto, convocado pelo PCP
«Contra o Pacto de Agressão - Lutar por um Portugal com futuro»
A LUTA VAI SER DURA, MAS CONTEM COM O
PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS!
Algumas das reminiscências da minha escola primária têm a ver com vacas. Porque a D.ª Albertina, a professora, uma mulher escalavrada e seca, mais mirrada que uva-passa, tinha um inexplicável fascínio por vacas. Primavera e vacas. De forma que, ora mandava fazer redacções sobre a primavera, ora se fixava na temática da vaca. A vaca era, assim, um assunto predilecto e de desenvolvimento obrigatório, o que, pela sua recorrência, se tornava insuportavelmente repetitivo. Um dia, o Zeca da Maria “gorda”, farto de escrever que a vaca era um mamífero vertebrado, quadrúpede ruminante e muito amigo do homem a quem ajudava no trabalho e a quem fornecia leite e carne, blá, blá, blá, decidiu, num verdadeiro impulso de rebelião criativa, explicar a coisa de outra forma. E, se bem me lembro ainda, escreveu mais ou menos isto:
“A vaca, tal como alguns homens, tem quatro patas, duas à frente, duas atrás, duas à direita e duas à esquerda. A vaca é um animal cercado de pêlos por todos os lados, ao contrário da península que só não é cercada por um. O rabo da vaca não lhe serve para extrair o leite, mas para enxotar as moscas e espalhar a bosta. Na cabeça, a vaca tem dois cornos pequenos e lá dentro tem mioleira, que o meu pai diz que faz muito bem à inteligência e, por não comer mioleira, é que o padre é burro como um tamanco. Diz o meu pai e eu concordo, porque, na doutrina, me obriga a saber umas merdas de que não percebo nada como as bem-aventuranças. A vaca dá leite por fora e carne por dentro, embora agora as vacas já não façam tanta falta, porque foi descoberto o leite em pó. A vaca é um animal triste todo o ano, excepto no dia em que vai ao boi, disse-me o pai do Valdemar “pauzinho”, que é dono do boi onde vão todas as vacas da freguesia. Um dia perguntei ao meu pai o que era isso da vaca ir ao boi e levei logo um estalo no focinho. O meu pai também diz que a mulher do regedor é uma vaca e eu também não entendi. Mas, escarmentado, já nem lhe perguntei se ela também ia ao boi.”
Foi assim. Escusado será dizer que a D.ª Albertina, pouco dada a brincadeiras criativas, afinfou no pobre do Zeca um enxerto de porrada a sério. Mas acabou definitivamente com a vaca como tema de redacção.
Recordei-me desta história da D.ª Albertina e da vaca do Zeca da Maria “gorda”, ao ler que Cavaco Silva, presidente da República desta vacaria indígena, em visita oficial ao Açores, saiu-se a certa altura com esta pérola vacum: “Ontem eu reparava no sorriso das vacas, estavam satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante”! Este homem, que se deixou rodear, no governo, pelo que viria a ser a maior corja de gatunos que Portugal politicamente produziu; este homem, inculto e ignorante, cuja cabeça é comparada metaforicamente ao sexo dos anjos; este político manhoso que sentiu necessidade de afirmar publicamente que tem de nascer duas vezes quem seja mais honesto que ele; este “cagarola” que foi humilhado por João Jardim e ficou calado; este homem que, desgraçadamente, foi eleito presidente da República de Portugal, no momento em que a miséria e a fome grassam pelo país, em que o desemprego se torna incontrolável, em que os pobres são miseravelmente espoliados a cada dia que passa, este homem, dizia, não tem mais nada para nos mostrar senão o fascínio pelo “sorriso das vacas”, satisfeitíssimas olhando o pasto que começava a ficar verdejante”! Satisfeitíssimas, as vacas?! Logo agora, em tempos de inseminação artificial, em que as desgraçadas já nem sequer dispõem da felicidade de “ir ao boi”, ao menos uma vez cada ano!
Noticiava há dias o Expresso que, há mais ou menos um ano e aquando de uma visita a uma exploração agrícola no âmbito do Roteiro da Juventude, Cavaco se confessou “surpreendidíssimo por ver que as vacas, umas atrás das outras, se encostavam ao robô e se sentiam deliciadas enquanto ele, durante seis ou sete minutos, realizava a ordenha”! Como se fosse possível alguma vaca poder sentir-se deliciada ao passar seis ou sete minutos com um robô a espremer-lhe as tetas!!
Não sei se o fascínio de Cavaco por vacas terá ou não uma explicação freudiana. É possível. Porque este homem deve julgar-se o capataz de uma imensa vacaria, metáfora de um país chamado Portugal, onde há meia-dúzia de “vacas sagradas”, essas sim com direito a atendimento personalizado pelo “boi”, enquanto as outras são inexoravelmente “ordenhadas”! Sugadas sem piedade, até que das tetas não escorra mais nada e delas não reste senão peles penduradas, mirradas e sem proveito.
A este “Américo Tomás do século XXI” chamou um dia João Jardim, o “sr. Silva”. Depreciativamente, conforme entendimento generalizado. Creio que não. Porque este homem deveria ser simplesmente “o Silva”. O Silva das vacas. Presidente da República de Portugal. Desgraçadamente.
Luís Manuel Cunha, in: Jornal de Barcelos de 05 de Outubro de 2011.
Que no lamaçal há lama e mais lama, todos nós sabemos. Mas nem sempre é possível assistirmos ao espectáculo desavergonhado dos habituais residentes do lamaçal a agredirem-se uns aos outros com... a lama em que chafurdam.
É o que está a acontecer agora. O espectáculo fica aqui em diálogo, pois torna-se muito mais fácil de interpretar:
Paulo Portas: "Quando vos disse há uns meses atrás que considerava uma irresponsabilidade José Sócrates ter levado a dívida nacional a um tal ponto que cada português por conta do Estado já devia 17 mil euros, também vos disse que considerava uma irresponsabilidade o Governo regional da Madeira ter levado a dívida a um tal ponto que os madeirenses, por conta do Governo regional e do seu desperdício, cada um deles já devia quase 24 mil euros".
Ainda Paulo Portas: "E se eu critico aquilo que os socialistas fizeram ao nível da República, não esperem de mim outra coerência que não seja a de vos dizer que é igualmente criticável aquilo que aqui foi feito pelo Governo regional. O endividamento que os socialistas deixaram na República levou Portugal à situação muito difícil de ter de pedir ajuda externa. O endividamento que o governo regional da Madeira provocou nesta região levou as instituições a pedir ajuda ao Governo da República. Estamos a falar de comportamentos que não são responsáveis".
Alberto João, não se ficou e retorquiu: "Eu acho que ele (o ministro dos negócios estrangeiros de Passos Coelho) é um péssimo moço de recados. Eles (Sócrates e Portas) é que são muito parecidos, eu não tenho nada a ver, nem com um, nem com o outro".
E passou ao contra-ataque: "O dr. Paulo Portas comprou dois submarinos cujo custo é quase a dívida directa da Madeira (cerca de 3 mil milhões de euros) pelo que não lhe acho qualquer autoridade para falar de despesa pública".
Ora aí está! Estás a ver ó Portas? E agora como é que definimos as diferenças entre ele e tu? Ou se quisermos, entre tu e ele.
O espectáculo está neste momento em stand-by mas há a curiosidade em saber se vai continuar ou não. É que ainda existe muita lama à mão de ser utilizada por ambos.
Cavaco Silva, esse fenómeno humano que "nunca tem dúvidas e raramente se engana", esse mesmo que se afirma um exemplo de isenção e honestidade, ou como ele próprio definiu lá do fundo do seu lamaçal, quero dizer: do alto da sua certeza, "para alguém ser mais honesto que eu, tem que nascer duas vezes". Duas!!!
Muita gente achou esta frase exagerada. Mas não. Ele tem toda a razão! É que ele fez a comparação com a sua realidade e aquela que o rodeia.
Cavaco Silva, além de ser uma figura marcante da política e da governação deste país pelo seu grande contributo na destruição do aparelho produtivo, por começar no seu consulado cavaquista a aniquilar as Pescas, a Agricultura e alguns sectores da Indústria. Ou seja: começou exactamente a aniquilação dos nossos recursos e capacidades e a entregar o dinheiro vindo de Bruxelas aos amigos, políticas estas que por consequência nos conduziram inevitávelmente até à situação actual. Mas isso pode ser lido aqui.
Voltando ao lodo Cavaquista... Ops!... Perdão!... Aos atributos desse fenómeno humano lá de Boliqueime. Ele não deixou só essas marcas indeléveis na sociedade portuguesa. Nãããão. Deixou muito mais que isso. Deixou-nos um legado de vigaristas, corruptos e afins. Que podem muito bem ser apelidados de seus filhos, pois nasceram, cresceram e proliferaram á sua frente, encostados a si ou na sua sombra e foram sempre seus protegidos.
Ainda a propósito: este fenómeno humano que "nunca tem dúvidas e raramente se engana", dizia há meia dúzia de meses (quando o governo era do PS) com a aquela sua voz cheia de responsabilidade: "Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos".
Este mesmo fenómeno humano que "nunca tem dúvidas e raramente se engana", diz agora (que o governo é dos seus amigos do PSD), coisas como estas: "Portugal encontra-se numa situação de emergência económica, financeira e até social" como tal, todas as medidas tomadas pelo governo (por este, claro) tem o seu aval, pois são necessárias e inevitáveis. Pela minha parte... mais me apetece dizer: puta que pariu tal isenção.
Mas mais uma vez voltando ao lodo Cavaquista... Ops!... Deslizei outra vez. Perdão!... Voltando ao legado Cavaquista. Encontrei esta foto ali no blog do Salvo-Conduto. Sinceramente, a primeira coisa que me ocorreu a cabeça, foi: olha os gajos do bando do Cavaco!...
Tive vontade de trazer para aqui a foto. Ia colocá-la só com o título e o link da origem. Mas... a foto também me trouxe a memória estas coisas e pronto. Fica a foto e a memória.
Com a devida vénia à montagem do Adriano.
Digam lá se não são uns ricos filhos?...
E como diria o outro:
Com um pai assim, não poderiam ser de outra maneira.
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