Claro que a crer na generalidade dos órgãos de informação, isto nunca aconteceu.
MAS POR MUITO QUE LHES CUSTE, POR MAIS QUE SILENCIEM, POR MAIS QUE CENSUREM,
ESTA MANIFESTAÇÃO ACONTECEU MESMO!
E A LUTA CONTINUA!
Hoje, encontrei à porta de um supermercado local, o triste e degradante peditório "caridoso e benemérito" de alimentos em favor dos coitadinhos dos "pobrezinhos".
Quando me ofereceram o saco, recusei. Tive ainda o cuidado de ficar uns minutos à conversa com os "beneméritos pedintes", explicando-lhe (ou tentando explicar) que considero a "caridadezinha" demasiado humilhante e como tal sou frontalmente contra ela. Além de que esta sua suposta boa acção, mais não era do que um grande contributo para a valorização de uma fórmula de que qualquer sociedade se devia envergonhar e combater por todos os meios: a caridade como solução para os mais desprotegidos.
Expliquei-lhe (ou tentei explicar) que a caridade não resolve problema nenhum se o problema da pobreza e das necessidades humanas não for combatido através de políticas do estado. É para isso que pagamos impostos. Os nossos impostos não podem servir para alimentar uma enorme panela de clientelas partidárias e afins que vivem agarrados aos sucessivos governos do PS, PSD e CDS. Para entregar aos bancos, aos vigaristas do BPN, do FMI, do BCE, dos mercados... Esse dinheiro deve estar ao serviço de um estado social que seja capaz de proteger aqueles para quem a vida é mais madrasta.
Expliquei-lhe ainda (ou tentei explicar) que a resolução do problema dos mais necessitados passa pelo combate intensivo deste modelo de sociedade desigual e injusto e destas políticas que todos os dias produzem mais desemprego, mais pobreza, mais fome. É isto que que eu faço diariamente, e convidei-os a juntarem-se a esta luta. Esta sim, uma acção consequente para a ajuda e defesa dos mais pobres. Pois a pobreza combate-se através de leis que efectivem o direito ao trabalho e a um salário digno, o direito de acesso à saúde e à educação, a uma justa distribuição da riqueza produzida.
O mais curioso, foi o ar espantado com que eles ficaram a olhar para mim, mais parecendo que eu falava numa língua estranha e completamente desconhecida para eles. Até que um deles lá disse: "Pois, mas sabe que isso é dificil e asim pelo menos sempre se ajudam algumas pessoas..."
Pronto, lá lhes disse que não. Que se as pessoas quiserem não é nada dificil. Que só precisamos de nos unir na luta e isto se calhar até pode mudar mesmo. Deixei-lhes o convite à reflexão sobre esta questão da caridade e da maneira como a pobreza pode e deve ser combatida e segui o meu caminho.
Triste e repugnante sociedade esta que enobrece a "caridadezinha" como meio para atenuar o sofrimento de milhares de portugueses vítimas dos conceitos e políticas capitalistas.
Entretanto, encontrei isto (e surripiei) no blogue do meu camarada Cid Simões, "As palavras são armas", que vem mesmo a propósito.
É PELA LUTA QUE PASSA O COMBATE EFECTIVO AO MODELO E ÁS POLÍTICAS QUE PRODUZEM CADA VEZ MAIS NECESSITADOS DESTA "CARIDADEZINHA":
Mais uma enorme onda vermelha encheu a rua dos Restauradores.
Depois dos 12.000 no Porto, 30.000 disseram PRESENTE! em Lisboa, na manifestação convocada pelo Partido Comunista Português.
Isto vai, camaradas. Isto vai.
Os lápis azuis da censura e da contra-informação silenciaram, mas quem lá esteve sabe que foi assim:
Ontem decorreu no Porto uma grandiosa manifestação organizada pelo Partido Comunista Português, contra o Pacto de Agressão que tem conduzido o país para o afundamento e o empobrecimento, em que os trabalhadores e o povo estão a ser as grandes vítimas.
Eu sei que essa manifestação aconteceu, sei que foi enorme, sei que a sua grandiosidade espantou até alguns dos "espectadores" que se encontravam pelos passeios, pois estive lá e vi com os meus próprios olhos e ouvi alguns comentários. Entre esses comentários, dizia um dos "espectadores" no passeio da Rua de Sta. Catarina, para o amigo que estava ao lado: "já viste a força destes gajos? ainda vêm lá em cima...".
Pois foi. Foi uma grande demonstração de disponibilidade de milhares de portugueses para enfrentar e combater esse pacto de agressão, mas foi também uma grande demonstração de força e afirmação do Partido Comunista Português.
É isto que o poder dominante não aceita e tenta de todas as formas silenciar, já que não consegue aniquilar. Esta capacidade de luta, de mobilização, de combate, de organização e unidade. Unidade, sim. Porque não eram só comunistas que se encontravam na manifestação. Unidade, sim. Na defesa da produção nacional, da soberania, no combate aos mónopólios. Unidade, sim. Na procura de um caminho de ruptura com este modelo de sociedade injusto e desigual ao serviço dos grandes capitalistas e do eixo franco-alemão.
É claro que o actual poder dominante (formado por capitalistas sem escrúpulos, políticos mentirosos, corruptos, vendidos e outros personagens que mais se parecem com répteis devido à perda completa da espinha dorsal), combate com todos os meios e armas quem lhes faz frente. Por essa razão, os maiores grupos económicos adquiriram e possuem em sua mão quase todos os principais meios de comunicação social do país. Mesmo que isso acarrete (como acontece com o jornal Público, pelo menos) anos e anos de prejuizo. Para a sonae, isso é perfeitamente suportável desde que possa manipular a informação que chega ao cidadão comum.
E com esta ligeira introdução, somos chegamos ao essencial.
Quem olhar e ler os jornais, chamados de referência, deste Domingo, ficará a saber que há um recorde de promessas em Fátima, que Pinto da Costa casa a filha este mês, que é americano o dador de medula para o Gustavo, que a cegueira do presidente Bashar está a matar o seu povo (na versão do poder dominante, como é evidente) ou até que em Espanha, os espanhois manifestaram-se na Porta del Sol.
Aquilo que continuará sem saber (através destes jornais), é que no Porto se realizou uma enorme manifestação organizada pelo Partido Comunista Português, contra o estado em que o país está, contra aqueles que nos conduziram para aqui, contra aqueles que insistem em manter as políticas que nos condizirão para um desastre ainda maior. Uma manifestação que exigiu uma ruptura clara e objectiva com as políticas seguidas até agora.
É que a puta da censura que os órgãos de comunicação social exercem sobre tudo o que tiver ligação com o PCP ou a CGTP-IN, (que o mesmo é dizer: com aqueles que objectiva e organizadamente, através da luta de massas, combatem este capitalismo selvagem) não é menos nojenta, nem menos condenável que a puta da censura bafienta do lápis azul.
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