"Cavaco Silva é a criatura política mais nefasta que Portugal produziu nos útimos 39 anos."
Ouvido num programa de rádio.
O cidadão português Carlos Costa, no dia 9 de Junho, durante as cerimónias de comemoração do Dia de Portugal (ou o dia da raça, na natureza ideológica de Cavaco), mandou Cavaco Silva trabalhar. Parece-me uma aspiração legitima. O pouco que tem para fazer como Presidente da República é cumprir e fazer cumprir a Constituição. Ora como sabemos, nada disto tem sido feito.
O cidadão Carlos Costa foi imediatamente preso e acusado de insultar Sua Excelência, o Sr. Presidente da República Portuguesa.
Foi levado a julgamento e condenado a pagar 1300 euros de multa.
O cidadão Carlos Costa nega as acusações. Admite sim ter mandado Cavaco Silva trabalhar quando o Presidente da República passou por ele, mas nega ter-lhe chamado “chulo”, “malandro” e “ladrão”.
Ora, as testemunhas que confirmam a acusação de insulto são duas pessoas de idoneidade inquestionável. Dois polícias à paisana!!! supostamente presentes nas ditas cerimónias.
Já é um avanço! Na ditadura anterior bastava a palavra de um só PIDE ou a de um "bufo" qualquer.
Mas... não ficamos por aqui.
Os criminosos da alta finança, da corrupção económica, do tráfico de influências... esses, são dificeis de apanhar, julgar, e depois... é muito dificil de conseguir provar os crimes. Talvez porque nunca têm nenhum polícia à paisana por perto, julgo eu...
Quanto ao cidadão Carlos Costa, foi apresentado ao Juiz e condenado sumáriamente.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República requereu a declaração de nulidade insanável do julgamento sumário porque não é admissível no caso do crime de ofensa à honra do Presidente, o recurso a julgamentos sumários.
Tal como o governo não compreende para que serve a lei fundamental do país: a Constituição da República, e a considera um obstáculo aos seus intuitos, também há juizes que não comprendem que a democracia tem instrumentos e regras que não existem no modelo político em que se revêm.
Entretanto, o primeiro-ministro assumiu no parlamento que vai rever e tentar alterar a lei da greve...
Cuidado! Eles andam aí...
Sem tirar nem pôr...
Crónica de Baptista Bastos hoje no "Diário de Notícias"
B lábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblábláblábláblá A magistratura presidencial destina-se a manter a coesão nacional blá blábláblblábláblábláblábláblblá-blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblá Não governo nem sou corresponsável pela política do Governobláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblá A agricultura nunca esteve tão bem como nos últimos anos blábláblábláblábláblábláblá- blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblá Chego sempre à mesma conclusão: se tivermos uma crise política, os portugueses ficariam muito pior blábláblábláblá.
Bláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblá Estou acima das lutas político-partidárias bláblá- blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblábláblábláblá No meu horizonte não está a demissão do actual Governo, pelo menos durante a vigência do programa de assistência financeira blábláblábláblábláblábláblábláblábláblá-bláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblábláblá O relançamento da economia será possível com a expansão do investimento privado e o financiamento às empresas bláblábláblábláblábláblá- blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblábláblá-bláblá A demissão do Governo não deve ser feita de ânimo leve. Só em ocasiões muito especiais. Nem mesmo numa situação em que o Presidente perde a confiança no Governo bláblá lábláblábláblá blábláblábláblá- blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblá Não comento as declarações do senhor Presidente da República; isso compete aos comentadores blabláblábláblábláblábláblblá- blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblábláblá-bláblábláblá Não percebo muito bem o discurso do senhor Presidente. Nem uma só vez se referiu ao desemprego em Portugal bláblábláblá blábláblábláblábláblábláblábláblábláblá- bláblábláblábláblábláblábláblálábláblá-bláblá Aquilo que preocupa os portugueses. Que é a crise, os problemas que os afectam, desemprego, recessão, não tiveram eco, de facto, neste discurso blábláblábláblábláblábláblá- blábláblábláblábláblábláblábláblá-bláblábláblábláblábláblábláblá O senhor Presidente da República teve um discurso muito responsável, muito galvanizador. Foi um Presidente da República da esperança bláblábláblá blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblá O Presidente da República saberá, com certeza, os temas que escolhe. Aquilo que nos parece é que faz sentido falar da agricultura, que é um tema muito importante blábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblábláblábláblá-blábláblábláblábláblá Gatunos! Gatunos! Gatunos! Demissão! Demissão! Gosto muito de paradas militares. Por isso cá estou. Mas que estão a fazer aqui estes gajos do Governo, que só têm dado cabo do país? (...) Nobre povo, nação valente (...) Às armas! Às armas!
O ministro da propaganda de Saddam Hussein diria:
"Apesar da total desvastação e destruição material do país, dos milhares de mortos que incluem centenas de crianças e idosos, apesar de grande parte dos edificios na capital se encontrarem em chamas e a guerra pender para o nosso inimigo, posso-vos assegurar que está tudo bem e não há motivos para pânico."
Apesar dos 1.500.000 desempregados, de milhares de portugueses serem obrigados a emigrar por falta de soluções no seu país;
de milhares de famílias viverem neste momento em clara agonia;
de centenas de pensionistas já não levantarem as suas receitas nas farmácias por falta de meios;
de a pobreza estar em clara expansão;
de milhares de alunos estarem a abdicar do seu direito ao saber abandonando os estudos superiores por falta de condições financeiras;
de outros milhares de crianças terem como única refeição decente aquela que fazem nas cantinas da escola, caso essa não existisse não fariam nenhuma.
Apesar de grande parte da classe média estar a ser dizimada e transformada em novos pobres;
de o número pessoas e familias que recorrem aos centros de apoio alimentar e social aumentarem todos os dias;
apesar de Portugal ser neste momento o país mais desigual da zona euro com um enorme fosso entre os mais ricos e os mais pobres:
Apesar de a contestação a esta política e este governo estar acentuadamente a subir de tom em todos os sectores da sociedade;
Cavaco Silva considera que "a coesão nacional se mantém e que não há desestruturação social no nosso país".
Mas então o que é a desestruturação social?
Talvez por isso, esta cavacal figura me traga à memória o ministro da propaganda de Saddam Hussein.
Cavaco tenta desta forma justificar o seu inequívoco apoio e concordância com as políticas seguidas por este governo, a sua incapacidade de colocar Portugal à frente dos seus interesses ideológicos e agir perante a situação mais grave que Portugal atravessa desde que existe democracia.
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