Após a manifestação da população de Valença contra o encerramento das urgências desta localidade, o ministro da saúde "espalhou-se" novamente ao declarar primeiro que Valença ficaria sem o serviço de urgências porque a média de 4 atendimentos por dia não justificava a sua manutenção depois afirmou que ainda não estava definido se este serviço encerraria ou não. Não haverá quem ponha este mestre da imcompetência na rua?
Mas na troca de palavras entre o ministro e o autarca de Valença, este pôs o dedo na ferida, «A mim, não me conseguiu explicar nem convencer que Valença ficará a ganhar com o fecho das Urgências. Mas se acha que consegue explicar e convencer a população, então que saia do seu gabinete e que o faça».
Esta é que é a realidade! E não apenas relativa ao ministro da saúde, mas sim a todos os ministros deste governo, incluindo o primeiro-ministro, que decidem as medidas sentados nas cadeiras do gabinete e escondem-se atrás de estudos duvidosos, de campanhas de marketing enganosas e explicações em plenários internos de militantes socialistas. Se a razão está do seu lado, se as medidas são inevitáveis, pois façam o favor de as expor perante os cidadãos lesados.
Estes senhores que (des)governam Portugal trabalham afincadamente para o beneficio dos interesses privados do grande capital, desconhecem as realidades no terreno porque isso pouco lhe importa. Só que este (des)governo que aposta em mais impostos e menos serviços, tem cada vez mais dificuldade em justificar as suas opções governativas que até ao momento apenas conseguiu retirar beneficios e sacrificar os mesmos de sempre. Enquanto se prejudicam as populações mais necessitadas com o encerramento de urgências e maternidades, emprenham-nos os ouvidos com obras faraónicas como OTA’s, e TGV’s sem que existam estudos imparciais que demonstrem a prioridade de tais empreendimentos. Enquanto se recusa um aumento de salário justo aos trabalhadores, ficamos a saber dos “cambalachos” existentes nas empresas públicas como é o exemplo da CP. Enquanto se penaliza o trabalhador por se reformar antes dos 65 anos, ficamos a saber que o Estado gastou mais de cinco milhões de euros em indemnizações a gestores públicos, que foram substituídos por simples conveniência politica. Dos 150.000 novos postos de trabalho prometidos, dizem-nos as últimas estatísticas que existem em Portugal quase 460.000 desempregados e cerca de 70.000 trabalhadores imigrados.
O Eng.º Sócrates aproveitou inteligentemente o referendo à IVG para desviar as atenções das suas politicas penalizadoras para o cidadão comum e acalmar o descontentamento que se vive de norte a sul do país. Só que o referendo já passou e a contestação está aí de novo como o provam os protestos de Valença ou a CONCENTRAÇÃO NACIONALmarcada para Lisboa no dia 2 de Março pela Central Sindical CGTP-IN.
As populações e os trabalhadores terão que perceber que é nas suas mãos que está o poder de alterar esta política de interesses do capital, é com a sua luta e protesto que conseguirão obter mais direitos, mais justiça social e impedirão a consolidação das injustiças de que são vitimas pela politica de direita do PS.
Perante um governo de interesse capitalista como o PS tem demonstrado ser, aliás, à semelhança de todos os outros governos anteriores, nada nos será dado e tudo terá de ser conquistado, por isso, o caminho está na luta.
A LUTA CONTINUA!
texto publicado no blog intercom
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