Quem esteve ontem em Lisboa, viu e participou na maior manifestação realizada em Portugal nos últimos 20 anos.
Várias fontes confirmam que
entre 130.000 e 150.000 portugueses
vindos de todo o país protestaram nas ruas da capital contra as políticas de direita do governo PS, políticas estas que provocaram entre outras coisas:
612.300 desempregados (incluindo os inactivos disponíveis e sub-emprego visível);
o agravamento da precariedade do trabalho de 19,5% em 2005 para 20,6% em 2006,
a penalização dos trabalhadores, já a partir de 2008, através do factor de sustentabilidade, ligado à esperança de vida, que, no futuro, vai reduzir de forma progressiva, todas as pensões de velhice, com consequências mais gravosas para os trabalhadores mais novos;
o aumento do IVA de 19% para 21%;
a maior taxa de imigração do pós-25 de Abril devido à ausência de condições de vida digna no seu país;
um aumento generalizado e chorudo dos lucros dos grandes grupos económicos com os bancos à cabeça, em contraponto com o aumento das dificuldades das familias mais carenciadas ou do cada vez maior número de portugueses que não consegue cumprir os seus compromissos, como por exemplo o pagamento das prestações de habitação.
Entre 130.000 e 150.000 portugueses disseram NÃO !!!
à degradação do Serviço nacional de Saúde através do fecho de maternidades, centros de saúde e urgências ou das taxas moderadoras para os internamentos e do favorecimento da instalação de unidades de saúde privada que obtêm grandes lucros com os contratos protocolados com o estado;
ao ataque generalizado aos trabalhadores da Administração Pública e à destruição dos serviços prestados pelo estado aos cidadãos.
Entre 130.000 e 150.000 portugueses exigiram:
Uma nova política económica, que dinamize o crescimento, que impulsione o sector produtivo e promova o emprego com direitos;
Uma melhor retribuição do rendimento entre o trabalho e o capital, que proporcione o crescimento real dos salários e das pensões, a garantia do direito à contratação colectiva, e uma administração pública eficaz com emprego público dignificado;
a concretização de políticas sociais que reduzam as desigualdades sociais e previnam a pobreza e a exclusão social;
O direito a uma vida melhor e mais digna.
Estes milhares de portugueses foram apenas os porta-estandartes de muitos outros milhares de portugueses que por vários motivos, entre os quais a precariedade do trabalho e o medo de retaliações por parte do patronato apoiadas em leis do trabalho implementadas ao longo dos últimos anos e reforçadas por este governo, que subtilmente impedem os trabalhadores de exercerem livremente o seu direito à greve e ao protesto.
No entanto, com algumas excepções, a maior parte da comunicação social preferiu dar destaque às brincadeiras financeiras do “menino Azevedo”.
Pois! É muito mais importante (ou mais submisso?) noticiar as diabruras do "menino Azevedo" a quem o seu papá queria oferecer o monopólio das telecomunicações do que mostrar que o povo está descontente com as políticas e trapalhadas do outro menino, o Sócrates, e seus amigos no governo deste país.
Vamos ver se o governo, vai continuar a assobiar para o lado com a ajuda na (des)informação pelos seus pivôts na comunicação social e pelos “fazedores de opinião” que apenas nos mostram e dizem o conveniente a cada situação.
Cada vez estou mais convencido que é necessário uma GREVE GERAL que abane de uma vez por todas este país e que faça o governo, a comunicação social e os empoleirados nos tachos perceber que em Portugal existem portugueses desesperados porque não tem emprego, familias que vivem com graves dificuldades, reformados a viverem sem o mínimo de dignidade, milhares de pessoas a trabalharem sem segurança pois não sabem se o seu emprego ainda existe amanhã, diáriamente vemos empresas a fechar as portas, trabalhadores a separarem-se das familias pela necessidade de tentar no estrangeiro o emprego que não tem em portugal.
E pior que tudo, não vemos sequer luz ao fundo do túnel.
Eu estou-me borrifando para as brincadeiras financeiras do “menino azevedo” e dos outros “meninos Azevedos” que por ai se espavoneiam mais as suas poses aristocráticas e o seu protagonismo nos telejornais e jornais diários. Que desçam cá abaixo e experimentem viver com os salários e dificuldades do POVO para compreenderem o seu descontentamento. Para perceberem que enquanto falam de milhões como se de uma coisa banal se tratasse, o povo vive apenas com uns miseros tostões.
Mas a luta contra as mentiras e a política de beneficio ao grande capital do Eng.º Sócrates e companhia vai continuar! Entre outras batalhas, já no próximo dia 28 de MARÇO com a manifestação nacional da INTERJOVEM e nos dias 5 e 6 de JULHO, aqui em GUIMARÃES onde decorrerá o Conselho Europeu de Assuntos Sociais, sob a presidência portuguesa da União Europeia.
AVANTE POVO TRABALHADOR!!!
A LUTA CONTINUA!!!
a referência
...
informação
...
...
...
...
sindical
...
biblioteca
...
desportiva
...
cinéfila
...
outros sitios
...
o meu partido
...
vizinhos
...
da minha cidade
...
...
...
companheiros de luta
...
blogosfera
...
solidariedade