Os figurantes desta espécie de governo da República, são mesmo bem escolhidos.
Senão vejamos quem é a Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças.
Em 2001, Maria Luis Albuquerque era assessora do Secretário de Estado do Tesouro e das Finanças.
Entre 2001 e 2007, foi Diretora do Departamento de Gestão Financeira da REFER.
Entre 2007 e 2011 foi coordenadora do Núcleo de Emissões e Mercados do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público.
Em Junho de 2011, Maria Luís Albuquerque toma posse como secretária de Estado do tesouro e das finanças, do governo Passos/Portas/Gaspar, passando assim a tutelar o IGCP.
Nunca esquecendo os amigos, em Novembro de 2011, produz e assina o Despacho n.º 15451/2011:
1 — Nos termos do disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 262/88, de 23 de Julho, nomeio o licenciado António Hilário Tinoco de Almeida e Costa Vaz, técnico especialista da Rede Ferroviária Nacional — REFER, E. P. E., colaborador para realizar estudos no âmbito da sua especialidade.
2 — O nomeado é equiparado para efeitos de vencimento ao cargo de adjunto com despesas de representação, acrescido de 45 % deste montante, com percepção dos subsídios de férias, de Natal e de refeição.
3 — A nomeação produz efeitos a 1 de Novembro de 2011 e manter-se-á em vigor até à cessação das minhas actuais funções, podendo ser revogado a todo o tempo.
2 de Novembro de 2011. — A Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, Maria Luís Casanova Morgado Dias de Albuquerque.
Atente-se neste facto:
"equiparado para efeitos de vencimento ao cargo de adjunto com despesas de representação, acrescido de 45 % deste montante." Crise? Qual Crise?
Na sua "bondade" com os amigos, Maria Luis Albuquerque pretendeu ainda ir mais longe. No início deste ano, propôs Alfredo Vicente Pereira, (um ex-administrador da REFER durante o seu reinado como diretora financeira daquela empresa), para a nova administração da Parque Escolar. Esta proposta mereceu parecer negativo da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP) e a proposta caiu.
Segundo o Jornal "Expresso", este "chumbo" poderá estar relacionado com a polémica em torno dos contratos SWAPs. Mas... não só. Destaca o relatório de avaliação da CRESAP que Alfredo Vicente: “tem um percurso profissional, sobretudo a partir de 2003, muito assente na exploração de oportunidades surgidas através da sua rede de contactos pessoais, ao invés de uma decisão pessoal subordinada a uma linha de desenvolvimento da carreira”. Pois... percebemos perfeitamente... quem tem amigos...
Maria Luis Albuquerque considerava que este "traste" podia ter "emprego" ou "tacho" ou o que queiram chamar, na Parque Escolar.
Adiante...
Em Junho de 2011, o ministério das finanças recebeu um relatório que levantava o problema dos contratos SWAP. O ministério das finanças determinou a necessidade de se proceder a uma auditoria aos ditos contratos.
Mesmo assim, e com o conhecimento da situação por parte de Vitor Gaspar, o assunto manteve-se “abafado” até agosto de 2012.
Em Agosto de 2012 o ministério das finanças atribui a gestão destes contratos ao IGCP.
O IGCP (sujeito às orientações de Maria Luís Albuquerque), define quais são os SWAPs tóxicos e os… outros. Sobre os SWAPs tóxicos é iniciada uma investigação com o objectivo de perceber o contexto em que foram celebrados e apurar responsabilidades
É neste quadro que o IGCP (tutelado por Maria Luís Albuquerque), determina que os SWAPs tóxicos contratados pela REFER enquanto Maria Luis Albuquerque era sua directora financeira… não são afinal, tóxicos, mas sim... exóticos.
Segundo Maria Luis Albuquerque (ex-diretora financeira da REFER e actual avaliadora da toxicidade dos contratos): “Os contratos da REFER foram inteiramente adequados e transparentes”.
Pois… Nem era de esperar outro entendimento. A avaliadora Maria Luis Albuquerque, considerou que não há nada a apontar às decisões da avaliada Maria Luis Albuquerque. Perfeito!
A realidade incontornável e inapagável é que a REFER começou a apostar nos contratos SWAPS em 2003, portanto, sob a direcção de Maria Luis Aluquerque. As perdas potenciais estão estimados em cerca de 40 milhões de euros!
Maria Luis Albuquerque continua como secretária de estado do tesouro e das finanças, recebendo a confiança e solidariedade de Vitor Gaspar que afirmou: "Assumo total responsabilidade pelos contratos da REFER."
Depois dizem que o país está situação que está, e a culpa é dos trabalhadores e pensionistas que para além de ganharem muito ainda vivem acima das suas possibilidades…
Nota de rodapé:
Em 29 de Setembro de 2012, o PCP apresentou requerimentos e perguntas ao Governo, na Assembleia da República, sobre este assunto. Não obtendo respostas, voltou a confrontar o governo a 2 de Novembro de 2012 e novamente a 14 de Janeiro de 2013.
Vá lá saber-se porquê, o Governo nunca respondeu. Nunca!
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