"Quem luta, nem sempre ganha, mas quem não luta, perde sempre!"

 
Quarta-feira, 12 de Junho de 2013
semelhanças...

 

O ministro da propaganda de Saddam Hussein diria:

"Apesar da total desvastação e destruição material do país, dos milhares de mortos que incluem centenas de crianças e idosos, apesar de grande parte dos edificios na capital se encontrarem em chamas e a guerra pender para o nosso inimigo, posso-vos assegurar que está tudo bem e não há motivos para pânico." 

 

 

Apesar dos 1.500.000 desempregados, de milhares de portugueses serem obrigados a emigrar por falta de soluções no seu país;

de milhares de famílias viverem neste momento em clara agonia;

de centenas de pensionistas já não levantarem as suas receitas nas farmácias por falta de meios;

de a pobreza estar em clara expansão;

de milhares de alunos estarem a abdicar do seu direito ao saber abandonando os estudos superiores por falta de condições financeiras;

de outros milhares de crianças terem como única refeição decente aquela que fazem nas cantinas da escola, caso essa não existisse não fariam nenhuma.

Apesar de grande parte da classe média estar a ser dizimada e transformada em novos pobres;

de o número pessoas e familias que recorrem aos centros de apoio alimentar e social aumentarem todos os dias;

apesar de Portugal ser neste momento o país mais desigual da zona euro com um enorme fosso entre os mais ricos e os mais pobres:

Apesar de a contestação a esta política e este governo estar acentuadamente a subir de tom em todos os sectores da sociedade;

Cavaco Silva considera que "a coesão nacional se mantém e que não há desestruturação social no nosso país".

 

Mas então o que é a desestruturação social?

 

Talvez por isso, esta cavacal figura me traga à memória o ministro da propaganda de Saddam Hussein.

 

Cavaco tenta desta forma justificar o seu inequívoco apoio e concordância com as políticas seguidas por este governo, a sua incapacidade de colocar Portugal à frente dos seus interesses ideológicos e agir perante a situação mais grave que Portugal atravessa desde que existe democracia.



publicado por vermelho vivo às 08:52
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