Por aqui vou deixar mais uma das minhas referências musicais.
Conheci a música de Lluis Llach com tenra idade. Ainda criança nos anos 75 / 76 / 77... Ouvia-se em minha casa imensa música de intervenção, portuguesa, chilena, brasileira, espanhola... De todos, Lluis Llach foi o primeiro a cativar-me a atenção, as suas músicas cantadas ao vivo no memorável concerto no Palácio municipal dos desportos de Barcelona em Janeiro de 76, conseguiram prender-me logo na primeira audição (tal como Inti-Illimani que colocarei também futuramente)
O sentimento, a intensidade, o público cantando em uníssono e a simplicidade da melodia, foram provavelmente factores que influenciaram esta adesão incondicional à música de Lluis Llach mesmo não percebendo patavina das palavras e do conteúdo do que cantava.
Lluis Llach, Nasceu em Girona na Catalunha. A sua intransigência na defesa da identidade Catalã, levaram-no em 1968 a recusar um contrato milionário com a editora CBS porque esta impunha que cantasse em castelhano.
A sua postura nacionalista catalã e as suas criticas ao fascismo motivaram a atitude opressora da ditadura Franquista. Llach viu proibidos em 1970 os seus concertos em Espanha por 4 anos, tendo-se exilado em Paris a partir deste mesmo ano. Regressa em 1974, tendo sido proibido novamente em 1975, altura em que voltou ao exílio estrangeiro. Regressou definitivamente a sua Catalunha em 1976 após a morte do ditador Franco. Este regresso foi comemorado com 3 concertos no Palácio dos desportos de Barcelona, em que pela primeira vez não existiu censura e os catalães puderam expressar livremente o seu sentimento nacionalista. Destes concertos saiu a gravação do disco “Barcelona. Gener de 1976” que é indiscutivelmente um documento histórico do sentimento de liberdade que se vivia na época e do sentimento nacionalista Catalão, com o público a cantar em uníssono algumas das canções e onde se ouvem Vivas à Catalunha saudadas por um enorme coro de "viva!"
Nos finais dos anos 80 encontrei finalmente (na Festa do Avante) o disco em vinil deste concerto, que embora já bastante deteriorado ainda mantenho guardado.
30 anos depois de conhecer a música de Lluis Llach e de um número infinito de audições, ainda não consigo ouvi-lo sem sentir uma ponta de emoção e um ligeiro arrepio na espinha.
Um grande músico e cantautor e um dos simbolos da identidade Catalã.
Aqui fica, num registo já mais recente mas não menos arrepiante do seu concerto de Camp Nou em Barcelona, cheio como um ovo, em 1985 com a canção L’ estaca. Canção mítica composta em 1968 e que acabaria por se converter num símbolo da luta pela liberdade.
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