Esta chegou-me via e-mail. Não resisti a colocá-la aqui no blog com a devida vénia ao seu autor, que desconheço.
Então é assim:
Para quem não entendeu ou não sabe bem o que é ou o que gerou a crise americana, que agora se alastra a toda a velocidade pela europa, segue um breve relato económico para todos entenderem:
O Ti Jaquim tem uma tasca, na Vila Carrapato, e decide que vai vender copos "fiados" aos seus leais fregueses, quase todos bêbados, quase todos desempregados.
Porque decide vender fiado, ele acha que pode aumentar um pouquinho o preço do quartilho e do bagaço, por conta do risco. Os clientes tesos não reclamam o novo preço.
O gerente do banco do Ti Jaquim, um ousado gestor formado em universidade famosa e de muitos pergaminhos, decide que o livrinho das dívidas da tasca do Ti Jaquim constitui, afinal, um activo recebível e rentável. Vai daí, adianta dinheiro ao Ti Jaquim, aceitando o fiado dos tesos e desempregados, entre outros créditos bons, como garantia
Descobrindo a galinha dos ovos de ouro, outros gestores igualmente muito executíveis e não menos ousados agarram nesses créditos e transformam-nos em "produtos financeiros" com nomes indecifráveis para o comum dos mortais, CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrónimo financeiro que ninguém sabe exactamente o que quer dizer.
A partir daqui, outros bancos servem-se desses produtos financeiros desconhecidos mas aceites como bons e de cobrança garantida para através deles apoiar o mercado de capitais e sustentar mais e mais operações financeiras, fundos e derivados.
A origem de todo este movimento financeiro, todo mundo desconhece (os tais livrinhos das dívidas do Ti Jaquim).
A páginas tantas, esses derivados financeiros já estão à venda nos balcões de bancos e instituições de crédito de 73 países.
Tudo corre na perfeição até que... alguém descobre que os bêbados e desempregados da Vila Carrapato estão tesos e como tal não têm dinheiro para pagar as contas.
É assim que a tasca do Ti Jaquim vai à falência. E com ele toda a cadeia se fu...
Viu... é muito simples...!!!
P.S. - Quanto aos gestores extraordinários que apresentaram resultados fabulosos em poucos meses e ganharam prémios pelo excelente desempenho, saem de mansinho com indeminizações e reformas douradas, ou mais tarde encontram novos cargos como ministros ou secretários de estado das finanças ou do tesouro.
Aproxima-se mais um Congresso do Partido Comunista Português, o XVIII. Com ele levanta-se mais uma vez - coisa habitual e que nós Comunistas, sabemos que acontece sempre nestas situações - a campanha de ataques, calúnias e mentiras, com o intuíto de denegrir e tentar criar divisões no nosso Partido.
Esta campanha começou devagarinho pela Blogosfera, cresce com o bom trabalho de parte da comunicação social ao serviço do capital (imparcial, como o atestam os factos) e vai concerteza aumentar o volume à medida que o Congresso vai ficando mais próximo.
Com a realização do Congresso, a campanha não termina. Virão então as várias vozes da comunicação social levantar as velhas questões: faltou democracia, a figura tal não esteve presente, a figura tal não se manteve na comissão política o que significa que... bem... todo aquele rol de análises e teorias baratas que servem apenas como instrumentos para tentar abater o Partido e escamotear a verdade.
Quanto ao essencial do Congresso: os temas, a sua discussão, a análise real do país, as alternativas apontadas, as conclusões, etc. provavelmente teremos... NADA na comunicação social. Tudo isto, será para a comunicação social ao serviço do poder dominante, o acessório do Congresso.
A verdade é que estes "escrevedores e oradores" não aceitam o facto de o PCP não ser o partido que eles querem que seja, mas sim, o Partido que os seus militantes decidem que é!
Que o PCP (ao contrário do que eles gostariam, para falar com a razão do seu lado) se renova permanente e efectivamente, demonstra uma profunda cultura e funcionamento democráticos, é o único Partido em Portugal que realiza o seu Congresso para análise e discussão dos verdadeiros problemas nacionais e internacionais, para análise e discussão real de teses e propostas que serão o fio condutor do Partido para o futuro, e não para fazer um imenso circo (com todo o respeito pela actividade circense exercida seriamente), onde nada se discute e nada se decide, onde se destila uma grande verborreia aparentando uma discussão real dos problemas do país, e onde para além das guerrinhas pessoais e da batalha rídicula da ocupação de poleiros que permitam o mais fácil acesso ao poder na melhor oportunidade, rigorosamente mais nada se passa. Este circo é acompanhado com uma monumental operação de marketing e colaboração da comunicação social, que tal como convém nestas coisas, trata de fazer parecer aquele circo uma coisa séria e importante.
Efectivamente, os Congressos do Partido Comunista Português não têm nada a ver com isto. Envolvem uma análise e discussão concretas e com tal profundidade democrática e abrangente, que ao longo de vários meses antes do Congresso acontecer, envolve TODOS os seus militantes - e que são umas largas dezenas de milhar - através de reuniões para divulgação, discussão e propostas de alteração das teses, eleição dos delegados, etc. Ou seja, o Congresso do PCP envolve TODOS os seus militantes desde o mais novo ao mais velho, desde o mais alto dirigente nacional até ao militante de base, todos em pé de igualdade e com os mesmos direitos de opinião e de eleição.
Tal como está escrito no documento das teses ao XVIII Congresso: “As Teses não são, nem pretendem ser, um documento acabado. A sua discussão colectiva nas organizações e a contribuição individual de cada um dos membros do Partido constituem um elemento essencial para o seu enriquecimento e aperfeiçoamento."
Mas... esta discussão é feita apenas entre os seus militantes e no seio dos seus vários órgãos e organizações, como é óbvio. Infelizmente para muitos destes críticos, o PCP não permite aos militantes de outros partidos que decidam sobre o seu futuro, nem está aberto às suas propostas de transformar o PCP em "apenas mais um" partido subjugado e resignado à democracia subserviente ao capitalismo.
Estes detractores do PCP, muitos deles assalariados ao serviço do poder dominante, outros por anti-comunismo primário, outros ainda, porque pensam que é no combate sistemático ao PCP que angariam votos à esquerda para a construção da sua esquerda mais moderna (segundo afirmam) e europeista, pretendiam que o Congresso do PCP fosse também um grande circo.
Assim, e voltando à vaca fria, temos já os primeiros acordes da tal música habitual.
Depois de ter lido já alguns artigos na blogosfera que me fizeram rir devido à incapacidade e, ou distorção premeditada da análise de um documento que pretende servir de base a uma discussão profunda e objectiva como é o caso "Projecto de Teses do XVIII Congresso do PCP", para além de muitos outros escritos que não li porque não vi ou nem justificavam o tempo da leitura, eis que o jornal oficial de sanae, ou se quisermos, a voz dos "escolhidos" e pagos por Belmiro de Azevedo, mais conhecido na comunicação social como "Público", também já abriu a sua secção oficial de "contra o PCP marchar, marchar!" Perdão... escrever, escrever!
Primeiro foi a falsidade da notícia do abandono de Agostinho Lopes da Comissão Política. Esta MENTIRA foi imediatamente desmentida através desta nota do PCP repondo assim a verdade real e não a verdade que o órgão da sonae queria que fosse real.
Como não esta não pegou, volta hoje à carga com mais do mesmo: O abandono de Henrique de Sousa.
Acontece que Henrique de Sousa é um "insatisfeito" antigo e que, seguindo as suas opções, o PCP seria hoje uma uma espécie de social-democracia com ideias (atenção que eu não escrevi ideais!), plenamente convergentes com a ideologia dominante. Provavelmente já nem se chamaria PCP mas talvez... Renovação Comunista, ou... Esquerda Portuguesa... ou coisa do género. A sua sigla, provavelmente já não seria a foice e o martelo, tal como a sua cor já não seria o vermelho mas sim uma cor mais... rosada talvez.
Ao contrário do que pretende fazer passar Henrique de Sousa, o seu desencanto não são as teses ao Congresso, mas sim a constatação de que o Partido continua a ser o Partido Comunista Português, firme na sua identidade e na matriz de Partido da Classe Trabalhadora, fiel aos ideais de construção de uma sociedade socialista, firme na sua ideologia de base Marxista-Leninista.
Assim é há 88 anos, e assim continuará a ser o Partido Comunista Português.
Claro que isto é o contrário do que pretendia Henrique de Sousa. Assim sendo, e não estando disponível para respeitar democraticamente a vontade maioritária dos seus companheiros e também militantes, sobre as orientações do Partido, faz bem em abandonar.
Já vimos demasiados filmes do género para que ainda possamos dar importância a este. Henrique de Sousa, pode poupar o seu tempo e as suas palavras porque as Zitas Seabras, os Vitais Moreiras, os Josés Luís Judas, os Josés Magalhães e muitos outros já disseram e explicaram através das opções que seguiram tudo o que havia para dizer, escrever ou explicar.
Aliás, a desonestidade política de Henrique de Sousa, demonstra-se no facto de o jornal ter tido acesso à carta enviada à direcção do Partido (enviada por ele, como é óbvio). Por este acto se verifica o que pretende este senhor.
Para o jornal da sonae, esta notícia é digna de uma página quase inteira. Veremos se a realização do Congresso ou a divulgação das tais teses que causam tanto incómodo a alguns, terão direito a tanto espaço neste jornal.
Mas isto é a habitual destilação de ódio ao PCP. Como tal, vamo-nos habituando porque a procissão ainda só saíu do adro.
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