Ao que parece a atribuição do Nobel da Paz a Obama caiu como uma BOMBA.
E no entanto talvez a coisa não seja tão inesperada como à primeira vista pode parecer.
Com efeito, lendo as justificações do presidente do Comité Nobel, percebe-se a «lógica» da decisão: segundo o tal presidente, o Nobel da Paz foi para Obama «porque queríamos apoiar aquilo que ele está a tentar fazer».
Aí está: o prémio não é pelo que Obama fez, mas pelo que «está a tentar fazer».
E o que é que Obama «está a tentar fazer»?
Muita coisa, designadamente: assegurar a ocupação do Iraque; enviar mais 40 mil soldados para que os EUA assegurem a ocupação do Afeganistão; dar a ajuda habitual ao governo fascista de Israel; assentar a pata imperialista na América Latina e, a partir da Colômbia ocupada, desencadear golpes militares e o mais que se verá contra os países que se libertaram do jugo imperialista; assegurar a continuação do criminoso embargo a Cuba e a continuação de Guantánamo; assegurar que os EUA - o único país que até hoje lançou bombas atómicas sobre populações - seja quem decide quem pode ou não pode ter... armas atómicas...
Enfim, o que Obama «está a tentar fazer» é - com um sorriso de outra cor - exactamente o mesmo que todos os seus antecessores na presidência dos EUA tentaram fazer: impor o imperialismo norte-americano como dono incontestado e senhor absoluto do Mundo.
E foi isso que o Comité Nobel premiou...
Aliás, Obama captou de imediato a intenção do Comité Nobel e fez questão de o sublinhar de forma incisiva. Disse ele que via este Nobel da Paz como «uma afirmação da liderança da América em nome das aspirações partilhadas pelos povos de todas as nações».
Não se pode ser mais claro.
Fernando Samuel, in CRAVO DE ABRIL
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