Uma delegação do PCP, composta por Jerónimo de Sousa e Agostinho Lopes, membro do Comité Central e deputado à Assembleia da República, recebeu uma delegação da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas, que transmitiu as preocupações de dezenas de milhares de pequenos empresários relativamente à aprovação da proposta de Orçamento do Estado.
Supermercado do centro comercial das Amoreiras, fim da tarde de terça-feira. Uma jovem mãe, acompanhada do filho com seis anos, está a pagar algumas compras que fez: leite, manteiga, fiambre, detergentes e mais alguns produtos.
Quando chega ao fim, a empregada da caixa revela: são 84 euros. A mãe tem um sobressalto, olha para o dinheiro que traz na mão e diz: vou ter de deixar algumas coisas. Só tenho 70 euros.
Começa a pôr de lado vários produtos e vai perguntando à empregada da caixa se já chega. Não, ainda não. Ainda falta. Mais uma coisa. Outra. Ainda é preciso mais? É. Então este pacote de bolachas também fica.
Aí o menino agarra na manga do casaco da mãe e fala: Mamã, as bolachas não, as bolachas não. São as que eu levo para a escola. A mãe, meio envergonhada até porque a fila por trás dela começava a engrossar, responde: tem de ser, meu filho. E o menino de lágrima no canto do olho a insistir: mamã, as bolachas não. As bolachas não.
O momento embaraçoso é quebrado pela senhora atrás da jovem mãe. Quanto são as bolachas, pergunta à empregada da caixa. Ponha na minha conta. O menino sorriu. Mas foi um sorriso muito envergonhado. A mãe agradeceu ainda mais envergonhada. A pobreza de quem nunca pensou que um dia ia ser pobre enche de vergonha e pudor os que a sofrem.
Tenho a certeza que o ministro Vítor Gaspar não conhece este menino, o que seria obviamente muito improvável. Mas desconfio que o ministro Vítor Gaspar não conhece nenhuns meninos que estejam a passar pela mesma situação. Ou se conhece considera que esse é o preço a pagar pela famoso ajustamento. É isso que é muito preocupante.
...A ausência que qualquer medida de resposta ao grave problema do desemprego no Distrito – situação que vai piorar com a redução do poder de compra pelos cortes, nos rendimentos dos trabalhadores e reformados e no investimento público – a par da dotação insuficiente para responder às devidas prestações aos desempregados – evidencia a total insensibilidade política deste Governo e da maioria que o suporta...
Álvaro Cunhal dedicou toda a sua vida ao ideal e projecto comunista, à causa da classe operária e dos trabalhadores, da solidariedade internacionalista, uma dedicação sem limites aos interesses do povo português, da soberania e independência de Portugal.
Intervindo com o seu Partido de sempre – o PCP – ao longo de mais de 74 anos de acção revolucionária, assumiu um papel ímpar na história portuguesa do Século XX, na resistência anti-fascista, pela liberdade e a democracia, nas transformações revolucionárias de Abril e em sua defesa, por uma sociedade livre da exploração e da opressão, a sociedade socialista.
Este trabalho que aqui se apresenta sobre Álvaro Cunhal, é tão só um breve contributo para conhecer o seu percurso e aprofundar o estudo sobre a sua obra teórica, ligando-a à prática, à realidade concreta e à luta que os comunistas portugueses continuam a travar.
"A alegria de viver e de lutar vem-nos da profunda convicção
de que é justa, empolgante e invencível a causa por que lutamos."
O PCP apresentou, no passado dia 10 de Novembro, os elementos centrais do programa das comemorações do centenário de Álvaro Cunhal, que decorrerá ao longo de todo o ano de 2013. Sessões, comícios, exposições, debates, congressos, edições, peças de teatro ou filmes são algumas das formas com que se assinalará a vida, pensamento e obra de Álvaro Cunhal.
Na sessão de apresentação do programa das comemorações, Jerónimo de Sousa garantiu que Álvaro Cunhal «permanecerá como um exemplo maior do combatente abnegado de um Partido cuja história se confunde com a história da luta do povo no último século» e que do «valioso e imenso legado que nos deixou está também o sonho que sabia ser possível transformar a vida: esse sonho milenário de uma sociedade liberta da exploração do homem por outro homem! Sonho que continua a alimentar as nossas vidas e a nossa luta!»
CLICAR NA IMAGEM PARA ACEDER AO PROGRAMA DAS COMEMORAÇÕES:
Porque estamos no final de uma semana em que os trabalhadores deram uma forte resposta às pretensões feudalistas e às políticas de austeridade do governo e da troika.
Deram resposta através de uma das maiores greves gerais já realizada em Portugal.
Deram resposta através das maiores manifestações já realizadas em Portugal em dia de greve.
Foram muitos milhares em Lisboa, Porto, Coimbra, Évora, Braga, Guimarães... a afirmar a exigência de derrota do orçamento de estado de 2013 e a expressar uma clara rejeição do pacto de agressão e urgência na ruptura com a política de direita.
Foi um grande dia de luta que demonstrou acima de tudo que a luta vai continuar no futuro imediato, cada vez mais participada e, obviamente cada vez mais forte.
Claro que uns idotas embarcaram na encenação estratégica e política do ministro Macedo e provocaram aquele final de dia que permitiu centrar todas as atenções mediáticas na violência, na postura da polícia, etc. etc. tentando assim ofuscar a força politica e a grandeza da greve geral e das manifestações ocorridas ao longo do dia. No entanto isso não anula o essencial: Uma enorme greve geral e grandes manifestações de protesto em todo o país e uma grande disponibilidade dos trabalhadores para travar este rumo desastroso traçado pelo governo PSD/CDS-PP e a troika.
Razõe para que hoje, porque é Domingo, se dance com os SKA-P a Valsa do trabalhador.
Sim senhor! Sim senhor! Nós somos a revolução!
P. S.: Até a "múmia da república", a quem não se conhece uma linha de pensamento, acção ou proposta sabre a situação do país ou sobre caminhos para a saída da situação caótica em que nos encontramos, aproveitou para finalmente balbuciar qualquer coisa como: “O direito à greve dos trabalhadores está consagrado na nossa Constituição e deve ser respeitado. Mas apesar da greve, da minha parte não deixei de trabalhar" ou “Não vi as imagens porque estava a participar em actos oficiais com o Presidente da Colômbia mas pela informação que tenho, quero condenar veementemente a violência, os desacatos que foram provocados por um grupo de cidadãos, que devem fazer pensar os portugueses. Quero elogiar, quero louvar o profissionalismo como a polícia portuguesa desempenhou a função de garantir a ordem pública e combater a violência na nossa democracia”.
Enfim... ao seu melhor nível. Basta recordarmos a carga policial sobre os estudantes ou nos acontecimentos da Ponte 25 de Abril, quando era primeiro-ministro para perceber a sua satisfação. Para este bronco, a democracia exerce-se à bastonada. Sobre o país... a inação o silêncio são as sua iniciativas mais conhecidas.