A sessão cultural evocativa da dimensão humana, militante, artística e intelectual de Álvaro Cunhal, realizada na tarde do dia 23, encheu a transbordar a Aula Magna da Universidade de Lisboa. Promovida por uma comissão da qual faziam parte mais de duas dezenas de personalidades do mundo da cultura, das artes, da ciência, do desporto e do trabalho, a sessão contou com momentos de música erudita, fado, jazz, canção de intervenção, dança e poesia, trazidos por dezenas de talentosos artistas
E porque... O sonho é a nossa arma
Há quem julgue que nos venceu
só porque estamos para aqui, famintos e nus,
de novo sem terra nem céu.
a apanhar do chão, às escondidas do luar,
os frutos podres caídos dos ramos.
Mas não.
Temos ainda uma arma de luz
pura lutar;
SONHAMOS.
…enquanto os outros, os traidores,
sem lutas nem cicatrizes
entregam a terra ao rasto dos gamos
e douram os olhos dos velhos senhores
com voos de perdizes...
Sim. Sonhamos.
E o sonho quem o derrota?
- mesmo quando vamos
perdidos na rota
de um barco sem remos
na tempestade de um vulcão.
Sim, camaradas, sonhamos.
SONHEMOS!
O Sonho é também acção.
José Gomes Ferreira
E porque esta intervenção de JOANA MANUEL é de uma profundidade que torna a sua audição e divulgação obrigatórias.
"Devemos sublinhar que as características fundamentais do PCP que constituem a sua identidade e foram adquiridas ao longo da sua existência e da sua luta, não correspondem a princípios, conceitos e práticas intemporais e imodificáveis. Elas têm um conteúdo próprio e diferenciado pois foram caldeadas pelo trabalho colectivo, pelo envolvimento no movimento de massas, pela militância, pelo sentido participativo, a generosidade e a disponibilidade revolucionária dos seus membros. Tais características fundamentais correspondem assim a princípios, conceitos e práticas desenvolvidas e enriquecidas com criatividade pelo próprio Partido. Elas são condição indispensável para que o PCP continue a ter na vida nacional a intervenção de que o povo português necessita e que o PCP está em condições de concretizar porque é e continuará sendo um partido comunista."
Excerto da intervenção do Secretário-Geral do PCP, Álvaro Cunhal, na abertura do XIII Congresso (Extraordinário) de Maio de 1990.
Quando tantas discussões se fazem a nível nacional e internacional sobre o afastamento dos cidadãos da política e sobre a elevadíssima abstenção eleitoral ou sobre o descontentamento generalizado dos cidadãos relativamente ao estado em que se encontra a democracia, vale a pena atentar nestes dados sobre as eleições e o exercício de cidadania na Venezuela.
Nas eleições de1993 a participação eleitoral foi de 60%. Em 1998, quando foi eleito Hugo Chávez, situou-se nos 63,45%. Em 2006 aumentou para 74,7%. Em 2012 (último registo) a participação eleitoral foi de 80,9%.
Mas vale a pena atentar também nestes dados:
Em 1998 Chávez foi eleito com 3.673.685 votos. Em 2006 obteve 7.309.080 votos. Em 2012 alcançou o extraordinário resultado de 7.444.062 votos.
Mas, supostamente, a democracia é apenas aquela que se pratica na maioria dos países europeus e nos EUA, países que se arrogam como modelos democráticos exemplares e se sentem até no direito de classificar como ditaduras outros modelos como… este modelo Bolivariano da Venezuela.
Abram-se os olhinhos e tirem-se as devidas conclusões!
Mais ainda:
Quando em Portugal os governantes andam escondidos porque quando saiem à rua são enxovalhados pelos cidadãos.
Quando o presidente da república está enclausurado entre as paredes de Belém (por falar nisso, ainda temos presidente da república?).
Perante a realidade portuguesa, a fotografia abaixo dispensa qualquer tipo de legendas ou comentários.
Muito se dirá e contra-informará sobre a Venezuela e Hugo Chávez Frias nos próximos tempos. Tenho quase a certeza que todas as abordagens terão como referência o populismo, os conflitos, a amizade com o irão, a suposta ausência de democracia... enfim, a versão asquerosa da hipocrisia capitalista.
Seria fastidioso evocar aqui, todos os avanços sociais da sociedade venezuelana durante os últimos 15 anos, do combate ao analfabetismo, da espantosa redução da pobreza e da exclusão social, da redução da mortalidade infantil em 50%, do acesso aos cuidados de saúde, do direito ao ensino e à educação, da melhoria de condições de vida para milhões de venezuelanos residentes nas favelas, do salário mínimo mais elevado da américa latina... As 14 eleições e referendos a que Hugo Chávez Frias e a coligação política que o apoiava se submeteram, ao longo destes 15 anos, avalizadas sempre por missões de observadores enviadas pelas instituições internacionais mais exigentes (ONU, União Europeia, Centro Carter e outras).
Para mim, toda a substância do percurso revolucionária venezuelano está estampada aqui neste video.
Quando o povo é a principal e mais forte muralha de defesa de modelo instituido, a conclusão é óbvia.
Num processo singular e histórico, o povo foi capaz de derrotar o golpe de estado protagonizado pela oligarquia venezuelana, com o apoio de altas patentes das forças armadas, da igreja, dos EUA e da Colômbia, com uma fortissima campanha contra-informativa e conspiradora dos média venezuelanos e internacionais.
Este acontecimento histórico reflete o apoio do povo venezuelano ao seu presidente, à sua constituição e ao modelo socialista em vigor. Tudo o resto... são fait-divers.
Para quem esteja disposto a gastar um pouco do seu tempo a ver este filme, ficará a perceber a razão da existência de tanto ódio dos pseudo-democratas europeus e americanos, à revolução bolivariana.
Lá, na Venezuela, foi sempre o povo e os trabalhadores os destinatários das medidas e políticas desenvolvidas pelo governo socialista de Hugo Chávez Frias e da coligação MVR e aí se encontra a explicação para o enorme apoio popular à REVOLUÇÃO BOLIVARIANA.
Porque é um belo texto retirado do excelente romance "O Caminho das aves" de José Casanova.
E... porque os amigos estão sempre presentes.
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