Tenho referenciado aqui várias vezes a existência dos papagais da comunicação social e dos homens de mão do PS colocados estratégicamente na informação.
Para que não hajam suspeições de ser Juiz em causa própria, vou utilizar excertos do artigo de alguém do lado político oposto ao meu, Pacheco Pereira no seu “Abrupto” no artigo "A condenação do conflito como instrumento do Poder"
«O espectáculo pôde ser seguido em directo em várias televisões, com mais ou menos clareza e evidência quanto ao que se estava a passar e é um retrato dos dias de hoje. No dia da greve, o Governo, na figura de dois secretários de Estado mais ou menos obscuros, e a CGTP na figura do seu secretário-geral, Carvalho da Silva, fizeram em directo conferências de imprensa com o balanço da greve.
A primeira no tempo foi a do Governo e foi conduzida à vontade pelos secretários de Estado que fizeram declarações sobre o fracasso da greve, apresentaram o número governamental dos 13 vírgula qualquer coisa de grevistas e passaram o grosso do tempo a tirar "lições políticas" do que se tinha passado. Três quartos das declarações governamentais foram não factuais, mas político-propagandísticas. Mesmo assim não se ouviu uma mosca na sala, que devia estar cheia de jornalistas, atentos, veneradores e obrigados...»
«Depois, a parafernália televisiva passou para a sede da CGTP, onde Carvalho da Silva começou a falar da greve, sector a sector, referindo sempre números e casos particulares, o hospital X não funcionou, tantas repartições estiveram fechadas, etc., etc...»
«Mas o que então se assistiu foi uma cena que não me lembro de ter acontecido nestas conferências de imprensa para os noticiários em directo das oito: os jornalistas a meio da declaração inicial desataram a fazer-lhe uma pergunta: que número a CGTP tinha que servisse de contraponto aos 13 por cento do Governo. Carvalho da Silva pediu que esperassem enquanto continuava com a declaração, mas, de novo, num modo inédito e sem precedente, mostrando aliás a mais pura da má-criação, só se ouviam as perguntas dos jornalistas por cima da sua voz, como se estivéssemos perante uma turba a gritar a um criminoso. Foi uma cena lastimável que nenhum jornalista pode deixar de saber o que significa comunicacionalmente. Uma cena, e isso é que é preocupante, muito significativa dos dias de hoje...»
O video já existe na internet (soube-o através do artigo no "Abrupto") e aqui fica como prova de como se pode desinformar em vez de informar, basta escolher os serventes certos para as conferências certas.
É com esta isenção informativa que os portugueses são presenteados diáriamente.
A talho de foice, deixo ainda uma opinião de PP que partilho inteiramente:
«Claro que os desdenhosos vão dizer que muitos dos que "fizeram" greve vão depois meter baixa ou apresentar qualquer justificação para não virem nas listas de grevistas e receberem o dia em que não trabalharam. Alguns o farão, uns porque precisam do dinheiro, outros porque estão habituados a este tipo de truques e querem ficar no melhor de dois mundos. Mas muitos fazem-no pela mesma razão que milhares de outros portugueses não fizeram greve: porque têm medo, medo de perderem o seu precário emprego, medo de serem colocados numa lista qualquer de excedentes, medo de serem mal classificados na função pública por um chefe que muito provavelmente é hoje da "cor" do Governo. Este medo explica por que razão a única sondagem realizada mostrava que a maioria dos portugueses apoiava a greve e tão poucos acabaram por a fazer.»
PS. - Se encontrar o video da conferência de imprensa do governo colocá-lo-ei também aqui.
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