Perante a continuada estagnação da economia e o agravamento da situação dos trabalhadores portugueses e europeus, apenas um caminho se perfila como solução para o estado miserável em que nos encontramos: a ruptura com as políticas seguidas até aqui pelo governo PS/Sócrates. A ruptura com o neoliberalismo que tem conduzido o país à situação em que se encontra.
Depois de 30 anos de sucessivos governos de direita, este governo que se dizia socialista e de esquerda, tem defraudado milhares de portugueses que nele votaram e nele confiaram e tem levado à prática a politica mais à direita que qualquer governo anterior fora capaz.
Passados dois anos e meio de (des)governo de PS/Sócrates, os resultados são por demais evidentes para serem encobertos:
O desemprego tem atingido as mais elevadas taxas dos últimos anos, situando-se agora em 8,3% (pelas estatísticas oficiais, a realidade é bem mais grave) mais 0,85% que há um ano atrás.
Mais precariedade no emprego, existindo neste momento cerca de um milhão de precários, o que faz de Portugal o país com maior percentagem de precários da UE.
A crescente desigualdade na distribuição de riqueza e acrescente exclusão social.
Significativos os seguintes dados:
Segundo o estudo do Eurostat, Portugal é o país da UE a 15 onde as disparidades na distribuição da riqueza mais têm aumentado na última década e, sofrendo um agravamento nos dois últimos anos do governo PS/Sócrates. Dos 27 países que hoje integram a União Europeia, Portugal é aquele que mais injustamente distribui a riqueza que obtém.
O permanente aumento das taxas de juro leva ao endividamento sufocante de milhares de famílias que na incapacidade do cumprimento das prestações mensais se vêem a braços com a hipoteca da habitação. A aumentar estas dificuldades, os portugueses estão neste momento confrontados com os mais altos preços, do gás, da energia ou dos combustíveis, no contexto europeu.
Tudo isto é inaceitável e acontece enquanto os bancos, que estão directamente envolvidos nestes créditos e são os principais beneficiados, anunciam trimestralmente o aumento dos seus chorudos lucros em comparação com os anos anteriores. Por exemplo: Os lucros dos cinco maiores grupos bancários somados aos da GALP, da SONAE, da PT e da EDP situaram-se, em 2006, nos 5,3 mil milhões de euros.
Quem tem pago com grandes dificuldades estes fabulosos lucros? O povo e os trabalhadores!
Mas a política neoliberal de favorecimento dos grandes grupos económicos praticada pelo PS/Sócrates, também tem causado estragos avultados no Serviço Nacional de Saúde, mais uma vez, com prejuizos evidentes para as classes mais desfavorecidas e mais deslocadas regionalmente. Por exemplo: com o encerramento desmedido das maternidades, assistimos hoje aos partos nas ambulâncias, nas auto-estradas, nos quarteis de bombeiros ou em outro qualquer local menos adequado para uma mãe dar à luz um ser humano.
Curioso, ou talvez não, o facto de que, nos locais onde vão encerrando serviços de saúde pública, os serviços de saúde privada preparam o terreno para se implantar.
A educação tem sido outra grande vítima deste (des)governo e tem sofrido os mais rudes golpes de que há memória após o 25 de Abril.
Através de grandes operações de propaganda e marketing, o governo tem tentado esconder o estado lastimoso em que colocou a educação. Só no ano lectivo anterior, este governo PS/Sócrates encerrou cerca de 2000 escolas. No entanto, não vemos melhores condições nas escolas que recebem os alunos vindos das escolas encerradas, não vemos a construção dos necessários polidesportivos, dos balneários, das bibliotecas... Não vemos a indispensável redução do número de alunos por turma, não vemos a colocação de auxiliares e funcionários necessários ao bom funcionamento das escolas... temos até o incompreensível dado que aponta para o aumento dos alunos e a redução dos professores a leccionar. É indiscutível e reconhecida por todos a insuficiencia de professores para o apoio aos alunos do ensino especial... Enfim, enquanto se distribui computadores em frente às câmaras da tv e aos fotógrafos da imprensa escrita, faz-se tábua rasa das melhorias essenciais para um ensino melhor e mais acessível a todos.
Também aqui o ensino privado sai a ganhar com o recurso cada vez mais inevitável dos jovens a estas instituições.
A incapacidade (e o pouco interesse) de eliminar as deficiências dos serviços públicos de atendimento ao cidadão. O governo PS/Sócrates tem feito dos funcionários públicos o seu alvo preferido escondendo assim a verdadeira causa das deficiências deste serviço público. As causas encontram-se na incompetência dos “amigos” nomeados para os cargos de chefia e de gestão e nos “arranjinhos” de protecção a muitos outros amigos. Esta política de interesses partidários e económicos privados refletem-se obrigatoriamente na organização e coordenação destes serviços. Mas estes... São os amigos e, a sua incapacidade ou a razão porque foram colocados não é importante para o caso.
O governo PS/Sócrates, sob a capa das directrizes europeias, prepara-se ainda para implementar a FLEXIGURANÇA, que visa quase exclusivamente, a perda de direitos conquistados pelos trabalhadores com o 25 de Abril e através de muitas lutas e o livre despedimento dos trabalhadores por parte do patronato.
É neste quadro, que os trabalhadores são chamados a defender os seus direitos como trabalhadores e cidadãos no próximo dia 18 de Outubro na grande manifestação convocada pela central sindical CGTP-IN, por ocasião da cimeira de chefes de estado e de governo da UE em Lisboa.
A união de todos os trabalhadores e a disponibilidade para a defesa da sua classe, é indispensável para a obrigar este governo PS/Sócrates a inverter as políticas praticadas até aqui e impedir o avanço de novas medidas contra os trabalhadores e as classes mais desfavorecidas.
Nunca nada foi oferecido aos trabalhadores e ao povo. Só através da luta foi possível conquistar direitos e melhores condições de vida.
HOJE COMO ONTEM, SÓ ATRAVÉS DA LUTA PODEMOS DEFENDER OS NOSSOS DIREITOS!
NO DIA 18 DE OUTUBRO, TODOS À GRANDE MANIFESTAÇÃO DE LISBOA!!!
A LUTA CONTINUA!
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