Neste fim de semana, realiza-se a Conferência Nacional do PCP sobre questões económicas e sociais.

"O PCP promove nos próximos dias 24 e 25 (sábado e domingo), no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha – Seixal, uma Conferência Nacional sobre Questões Económicas e Sociais, que configura uma das mais importantes iniciativas de reflexão e proposta sobre os problemas económicos e sociais de Portugal, realizada nas últimas décadas. Com esta iniciativa, o PCP assume-se como uma força de proposta e de projecto, portador de uma política alternativa indispensável à construção de um Portugal com futuro e dá expressão às expectativas, confiança e esperança que os trabalhadores e o povo nele depositam.
A Conferência Nacional, cujo Texto-Base poderá ser consultado na página do PCP na Internet, decorrerá no sábado das 10h30 às 19h30 (intervalo das 13h15 às 15h00) e no domingo das 9h30 às 13h00, iniciando-se com uma intervenção de Agostinho Lopes, da Comissão Política do PCP e encerrando com o Secretário-Geral do PCP, Jerónimo de Sousa.
No âmbito da realização desta iniciativa, decorreu desde Março um período de preparação com um vasto programa de iniciativas realizadas nos vários distritos e regiões que permitiram o exame e o debate das principais questões económicas e sociais, pondo em evidência constrangimentos e perspectivas de desenvolvimento regional, as profundas assimetrias regionais que marcam o país e as propostas do PCP em relevantes questões económicas sectoriais, como a indústria, a energia, a agricultura, as pescas e o mar, os transportes, as comunicações, as telecomunicações, o sector automóvel, a indústria naval, as tecnologias da informação e comunicação, o sector financeiro, a administração pública, a economia mundial, as micro e as pequenas e médias empresas, o movimento cooperativo, a ciência e a tecnologia, e outras de âmbito social como a pobreza, a habitação, a saúde e a educação, a juventude, o ambiente e as áreas protegidas, a realidade do mundo do trabalho e dos trabalhadores ou a avaliação sobre os diferentes fluxos migratórios."
In: site do PCP
Coerência
«PCP propõe ruptura com orientações da UE em nome da soberania nacional».
Quando propus que o reclamado referendo sobre a UE fosse mesmo sobre a permanência na UE, alguém argumentou que tal referendo seria redundante porque "hoje nem sequer o PCP põe em causa a UE". Como se vê, não é verdade. De facto, como poderia o PCP conformar-se com essa criatura e agente do "capitalismo neoliberal" que é a UE? Louve-se, pois, a coerência e a sinceridade do PCP!
[Publicado por Vital Moreira] [23.11.07] [Permanent Link]
Bem, é a opinião de Vital Moreira.
A existir um referendo para a possibilidade de Portugal sair da UE, gostaria de ver a posição do PCP e seria igual á do PEV?
De
Aristides a 24 de Novembro de 2007 às 22:07
Aconselho ao comentador anterior uma visita ao blogue "O tempo das cerejas" de Vitor Dias onde ele explica de forma claríssima que estar contra orientações da UE e pela soberania nacional não é sinónimo de estar contra a permanência de Portugal na UE. Vital Moreira distorce para criticar e usa de má-fé em não poucas críticas.
Caro Arestides eu leio o Tempo de Cerejas todos os dias, mas vitor Dias não é da Comissão política do CC.
Por isso a pergunta.
O problema da soberania já nem é principal. Se a burguesia se organiza em escala europeia também o proletariado precisa de ter um programa (ou pelo menos que também não é fácil) ideias e respostas europeias. O europeismo de esquerda tavez seja a melhor alternativa ao europeismo neoliberal.
Caro José Manuel:
O PCP efectivamente nunca foi um adepto do europeismo e sempre o denunciou como mais um instrumento de aprofundamento do neoliberalismo capitalista. A realidade mais uma vez veio confirmar a razão das preocupações comunistas e comprovar aquilo é perfeitamente visivel para quem não quiser tapar os olhos para não ver: A capacidade de análise e a seriedade das criticas do PCP, a capacidade de apontar caminhos alternativos credíveis e viáveis. Aliás, a Conferência Nacional deste fim de semana foi a pova provada disto mesmo.
Quanto à dúvida expressa, se nem a opinião do Vitor Dias é esclarecedora... Que poderia eu acrescentar? Talvez não seja esclarecedora porque não diz aquilo que o José Manuel queria que ele dissesse, por isso, adiante.
Não deixa de ser curiosa a forma como coloca a questão, ou, o facto de fazer deste atestado de menoridade mental que o “sábio” VT tenta passar aos portugueses, como digno de discussão.
Vital Moreira e a sua corte, encontraram nesta “divagação” o fait-divert perfeito para desculpar os seus “patrões” e desviar o debate do referendo ao tratado europeu. Quando passar esta fase, VT vai encontrar nos seus argumentos cada vez menos argumentados a explicação para dizer que afinal também não se justifica este referendo ou vai encontrar um artigo legal ou legislativo que afinal impede o mesmo.
Admira-me que à esquerda ainda se dê cobertura a este “sábio” armado em ideólogo da inevitabilidade ao serviço de interesses que nos levariam a outra discussão e que conseguiu superar largamente, aperfeiçoar e demonstrar pela prática a tese do nosso conhecido Pimenta Machado: “O que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira”. Aliás, PM em comparação com VT nem sabe o que essa frase quer dizer.
Não querendo considerar o comentário como uma provocação, tenho que dizer: cuidado caro José Manuel, nem tudo o que reluz é ouro!
"O PCP efectivamente nunca foi um adepto do europeismo e sempre o denunciou como mais um instrumento de aprofundamento do neoliberalismo capitalista."
Precisamente, Vermelho Vivo, é esta a posição da direcção do PCP.
Concordo com o Ideal Comunista. União Europeia, Sim, mas à esquerda.
De
gr-gr a 28 de Novembro de 2007 às 16:14
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