Quando no dia 24 de Março de 1999 a NATO iniciou os bombardeamentos indiscriminados sobre a Jugoslávia, estava em macha a última etapa da operação mais suja, maquiavélica e sangrenta contra um país soberano europeu após a 2.ª Guerra mundial: A destruição da Jugoslávia.
No Domingo passado, deu-se como consumado o êxito da operação com o reconhecimento pelos EUA e alguns países europeus do Kosovo como país independente proclamado unilateralmente por um governo constituido por aqueles que há uns anos se constituiram em bandos de máfia e proliferaram através do tráfico de armas e da prática de terrorismo.
O reconhecimento de um país com uma população de 2 milhões de pessoas, na sua maioria albanesa, decidido unilateralmente, ao arrepio da ONU e contrariando inclusive a Resolução 1244 de Junho de 1999 do Conselho de Segurança, sem capacidade para se auto-sustentar sem o apoio permanente de países externos e que só se aguentará com uma forte presença militar da NATO, não é um acontecimento natural mas antes o corolário de uma longa ofensiva dos EUA com a conivência e participação submissa da Europa no reordenamento energético e geo-estratégico do mundo segundo os interesses americanos.
A emancipação do Kosovo não nasceu de dentro para fora mas sim de fora para dentro. O Kosovo é mais um estado fantoche criado pelos EUA e pelas potências europeias com forte contributo e grande trabalho de sapa da Alemanha, Austria, Croácia e Albânia. O seu reconhecimento derruba mais uma vez todos as convenções de direito internacional e ignora cabalmente a integridade territorial e a soberania dos Estados.
Ao contrário do Kosovo, não estão ao abrigo destas novas regras o País Basco, a Catalunha, a Córsega e muitas outras regiões em que a luta pela auto-determinação advém de um sentimento nacionalista profundo e maioritário das populações. Ao contrário do Kosovo, estas regiões tem todas as condições para se auto-sustentarem e serem donas do seu futuro. Se declararem a independência unilateralmente, serão reconhecidas pelos mesmos países que reconheceram o Kosovo???
A guerra da Jugoslávia é das conspirações mais vergonhosos e revoltantes da humanidade praticada em pleno centro da europa. Foram mortos milhares de civis, destruídas milhares de casas e infra-estruras, foi destruída a economia, foi deposto um presidente de um país soberano, foi-se ao limite de criar um tribunal fantoche para julgar apenas alguns dos envolvidos nesta guerra. Como cereja em cima do bolo, assassinaram por envenenamento o Presidente Milosevic durante o julgamento, sobre quem sabiam com absoluta certeza que jamais conseguiriam provar as falsas acusações que lhe tentavam colar, pois sabiam melhor que ninguém que tudo era uma montagem para atingir o objectivo que agora se concretiza na totalidade.
Os métodos e mentiras utilizadas para a invasão do Iraque na tentativa de impôr mais um estado fantoche, foram apenas a continuação dos métodos utilizados para o conveniente desmembramento da Jugoslávia.
Assim, e porque esta palhaçada não me deixa indiferente, antes pelo contrário, causa-me uma enorme preocupação e até alguma revolta este estado de injustiça e procedimentos anárquicos subjugado aos interesses de alguns em que está transformado o mundo, e para não ser demasiado longo neste "post", é sobre este plano maquiavélico e sujo e sobre os interesses que estiveram e estão na sua origem e argumentando o que acima escrevi, que continuarei a escrever nos próximos “post’s”.
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