Sócrates bem pode agora dizer com toda a legitimidade:
São os Comunistas que estão na rua.
Foram mais de 50.000, os comunistas e outros democratas portugueses, que ontem desfilaram e estiveram no Rossio a participar no grande comício organizado PCP.
O slogan muito utilizado na Marcha, espelha a realidade evidente:
"Somos muitos, muitos mil, para lutar por Abril"
A iniciativa "Marcha Liberdade e Democracia" foi uma extraordinária demonstração de descontentamento do povo português com as políticas Socráticas e uma manifestação inequívoca da indignação contra os abusos do poder, contra as mutilações às liberdades dos partidos políticos, dos sindicatos e dos cidadãos. Mas também, a garantia de que os portugueses estão dispostos a lutar, não abdicando do Portugal a que Abril abriu as portas.
Foi provavelmente a maior acção organizada por um partido político nos últimos anos.
Isto traduz claramente a força e determinação do Partido Comunista Português, que mais uma vez - e tem sido sempre assim ao longo da sua história, deste a resistência ao fascismo até à defesa da democracia nos períodos conturbados após o 25 de Abril - além da sua luta permanente ao lado dos trabalhadores e do povo, assume a linha da frente da defesa da liberdade e da democracia plenas, neste Portugal cada vez menos de Abril.
Jerónimo de Sousa, na sua intervenção, diz com toda a razão:
«Citando Brecht: “Os poderosos fazem planos para 10 mil anos”. Este Governo e em particular o Primeiro-Ministro do alto da sua olímpica arrogância, embevecido pelo apoio e aplauso dos poderosos, dos seus seguidores e clientelas que lhe auguravam a perpetuação do cargo, julgou que seria tão fácil proceder à demolição dos direitos sociais como descer a Avenida da Liberdade até aqui ao Rossio; que a arrogância e a intimidação, aliada à doutrina dominante das inevitabilidades e coberta com a propaganda, venceria resistências e esconderia a realidade de um país mais injusto, mais desigual, menos democrático.
Enganou-se! Contra a ideologia dominante das inevitabilidades os trabalhadores e as populações fustigados nos seus interesses e direitos, a partir dos seus problemas concretos e aspirações concretas, mostraram o seu descontentamento, elevaram o seu protesto, travaram e travam a luta.
O PCP agora, como sempre, lá esteve e está estimulando, mobilizando e solidarizando-se com justas causas, razões e direitos dos trabalhadores e do povo português.
Agora, como sempre, considerando a luta como chão mais sólido para travar o caminho a uma política que impede o progresso, a justiça social e uma vida melhor para o povo e para o país.
Único partido que se mantém fiel ao compromisso com os trabalhadores, a juventude, os reformados, os pequenos e médios empresários e agricultores!
Único partido que não aceita ser metido no mesmo saco de outros comprometidos com o grande capital, que não se fica pela reflexão e declaração que sossegam consciências mas que não resolvem nada.
Único Partido que propõe ao povo e ao país uma ruptura com esta política de desastre encetando um novo rumo que assuma a democracia, a liberdade, a justiça social, o desenvolvimento, a soberania nacional como pilares fundamentais.
Partido de causas justas mas Partido de projecto por uma democracia avançada e de luta pelo socialismo.
Vós que aqui estivestes nesta grande acção, nesta grande afirmação de esperança e confiança na liberdade e na democracia, sejam portadores da mensagem, sejam obreiros de um Partido mais forte e força alternativa para alcançar um futuro diferente onde voltem a residir e irradiar os ideais e valores de Abril. Que este Rossio a transbordar não seja ponto de chegada, mas de partida. Que cada um se dirija aos democratas, aos cidadãos preocupados com o estado da democracia e com o estado do país para, juntos com o PCP, retomar as alamedas da esperança.»
Intervenção completa aqui
Os Comunistas vimaranenses também marcaram presença na "Marcha Liberdade e Democracia". Foram mais de uma centena que se deslocaram a Lisboa fazendo ponto de honra de participarem nesta acção e afirmarem a sua determinação na defesa da liberdade e de um Portugal democrático para os trabalhadores, para a juventude e para o povo.
Fizeram também ponto de honra de demonstrarem o orgulho da sua condição de Comunistas, exibindo o seu cartão de militante na passagem pelo edificio do Tribunal Constitucional.
O Partido Comunista Português demonstrou mais uma vez a sua capacidade, vitalidade e ligação profunda ao povo, aos trabalhadores e a todos os democratas, deixando embasbacados os inúmeros profetas da morte lenta do PCP - morte esta, há anos e anos anunciada. Pelo contrário, este Partido reafirma-se a cada dia que passa. Através das suas lutas justas, das suas propostas, dos seus ideais, da sua coerência e seriedade políticas.
A grande adesão de jovens ao PCP é a constatação mais evidente da vitalidade presente e futura deste Grande Colectivo, o Partido Comunista Português.
Ver todas as fotografias aqui
a referência
...
informação
...
...
...
...
sindical
...
biblioteca
...
desportiva
...
cinéfila
...
outros sitios
...
o meu partido
...
vizinhos
...
da minha cidade
...
...
...
companheiros de luta
...
blogosfera
...
solidariedade