34 anos depois...
Era uma vez um país chamado Portugal que no dia 24 de Abril de 1974, vivia sob uma ditadura fascista e obscurantista, opressiva e repressiva. Não havia liberdade de expressão, a censura impunha o que a imprensa podia ou não publicar.
A PIDE exercia a sua lei sem dó nem piedade. As cadeias de Peniche, Caxias, Custóias, entre outras, estavam cheias de homens que cometiam o crime de se oporem ao regime fascista vigente e lutarem corajosamente pela sua liberdade e do seu povo. Estes presos eram submetidos a interrogatórios com métodos desumanos, espancamentos, torturas psicológicas, isolamentos...
Os caciques locais amigos do regime, eram os senhores poderosos, os "bufos" faziam carreira. Os cidadãos não podiam dizer o que queriam ou o que pensavam livremente sob pena de alguns destes "bufos" os ouvirem e denunciarem.
O regime apostava na ignorância do povo. Os niveis de analfabetismo e iliteracia eram enormes.
Recordo-me do que me dizia o meu pai: "Para o ditador de Santa Combadão, quanto mais burro fosse o povo, mais fácil era de dominar."
A sociedade estava dividida em dois patamares. Os senhores do regime e os seus amigos num lado, e o povo que era explorado e amordaçado no outro.
Este regime mantinha uma guerra ultramarina estúpida e sem sentido que, além de obrigar os seus jovens a combaterem, morrerem e adquirirem traumas para o resto das suas vidas, negava o direito de auto-determinação e soberania aos povos africanos, mantendo as colónias sob um domínio exercido pela força.
A Igreja colaborava com o regime, branqueava e abençoava todas as atrocidades e atropelos à dignidade humana que se abatiam sobre este povo e apoiava a guerra estúdida e sem sentido que se travava em África.
Ou seja, em 24 de Abril de 1974, Portugal através de uma santa aliança entre a igreja e o fascismo, vivia debaixo de uma ditadura fascista que se sustentava através da miséria, da ignorância, da opressão e da repressão. Tinha como intrumento de controle, segurança e manutenção deste status, a PIDE.
Mas na noite de 24 para 25 de Abril, tudo se alterou.
Na noite de 24 de Abril de 1974, pelas 22,55 horas, é transmitida a canção " E depois do Adeus ", pelos Emissores Associados de Lisboa.
Esta senha dava ínicio às operações militares contra o regime de ditadura fascista em vigor há 48 anos.
Pelas 00,20 horas do dia 25 de Abril, a canção "Grândola Vila Morena" de José Afonso, é transmitida no programa "Limite" da Rádio Renancença.
A transmissão desta canção é a senha indicadora de que as operações militares já estão em marcha e são irreversíveis.
Estava em curso a Revolução que derrubaria a ditadura fascista que acorrentou e reprimiu o povo português durante 48 longos e negros anos.
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