A última sessão da Assembleia de Freguesia decorreu aos atropelos, obrigou à marcação de uma nova assembleia e acabou de forma quente.
Começou logo pelo pedido de adiamento do ponto n.º 4, apreciação e votação da conta de gerência e relatório de gestão de 2007, por parte da bancada do PS.
Os documentos entregues atempadamente pela Junta continham um erro atribuido à informática. A Junta entregou no ínicio da Assembleia novos documentos com a devida correcção.
Argumentaram os socialistas que não poderiam discutir este ponto com base em documentos que lhe haviam sido entregues no ínicio desta assembleia e que seria necessário rever novamente estes documentos para os poder discutir e votar.
A argumentação colheu opinião favorável e a proposta de uma nova Assembleia para discussão deste ponto foi aprovada por maioria.
Até aqui, mais palavra menos palavra, tudo foi pacífico.
No final, e na parte destinada ao público, as águas agitaram-se.
Assistiu-se a um confronto de posições entre cidadãos taipenses e o Sr. Presidente da Junta com algumas acusações gravosas pelo meio.
A CDU, num comunicado emitido poucos meses após a chegada do PSD/Constantino Veiga ao executivo da Junta, afirmava:
“A irresponsabilidade anda à solta.”
Fazendo uma depuração desta acalorada discussão, chega-se a uma conclusão óbvia:
A irresponsabilidade governativa continua à solta pelas Taipas.
Mais uma vez, no caso do cemitério, o Sr. Presidente riscou os projectos num papel molhado que inevitávelmente de defez com o tempo. Projectou, anunciou, começou a executar a obra e só depois percebeu que haviam obstáculos a contornar.
O esclarecimento do sr. Machado em plena assembleia, demonstraram isso mesmo. Desmentiram a tese do Sr. Presidente de que as possíveis alterações ao projecto se deviam a um recuo à palavra inicial do Sr. Machado e que tal se deve isso sim, às habituais precipitações do Sr. Presidente.
No caso dos passeios da Rua de Sta. Marta, o Sr. Presidente, pelos vistos sem dar cavaco a ninguém, avançou com a obra sem ter em conta as preocupações dos moradores locais. Às reclamações destes, já com a obra em curso, prometeu uma solução de estacionamento que depois não cumpriu (coisa que nem é nova na sua governação).
Como se isto fosse pouco, O Sr. Presidente foi alvo de acusações graves que não conseguiu desmentir, como ter tratamentos diferenciados em função do nome e talvez da amizade dos moradores. Assim, foi acusado de ter acedido fazer uma baía de estacionamento junto de uma das casas existentes neste local, em contraste com irredutibilidade dos passeios em frente às restantes casas.
Foi também acusado de ter usado dinheiros públicos da Junta para pagar a obra de rebaixamento do passeio e um portal em terreno de propriedade particular para remediar os erros cometidos na execução dos ditos passeios. Aqui confirmou o pagamento da obra pela Junta mas não esclareceu as razões nem se é propriedade privada.
Ou seja, o Sr. Presidente na sua intervenção não explicou nem desmentiu estas acusações.
Saliente-se um pormenor que para mim é um pormaior, quando um presidente de Junta faz um pedido ao vereador camarário para que se abra uma excepção à lei e se coloque uma placa para permitir o estacionamento em cima do passeio que mandou construir, ou, segundo diz um leitor do reflexodigital, terá afirmado aos moradores: "Estacionem em cima dos passeios à vontade. Se a GNR for lá passar multas, digam-lhes que fui eu que autorizei e para eles virem falar comigo." Bem... ficamos todos elucidados sobre a forma como Constantino Veiga encara o lugar que ocupa na Junta.
Mas este episódio é apenas mais um dos muitos episódios de irresponsabilidade que marcam a passagem deste executivo pela Junta.
Entre outras, já haviamos assistido:
à compra e devolução de uma carrinha pertença de um familiar do Sr. Presidente da Junta, com contornos recambolescos;
ao incentivo à Comissão Fabriqueira do Centro Paroquial para utilização e exploração do espaço do Mercadinho sem licenças, que deu no que deu;
à utilização de dois taipenses como intrumentos na sua guerra com António Magalhães, instruindo-os a mover com dinheiro do herário público, da Junta de Freguesia, uma providência cautelar no caso da concentração motard;
à exploração da Feira da Francesinha ao arrepio das regras de transparência, em que foi necessário encontrar uma solução de recurso para contabilizar a receita apurada nas contas da Junta, ficando mesmo assim demasiadas dúvidas a pairar no ar;
ao levantamento despropositado e sem fundamento da bandeira da criação do concelho das Taipas
Enfim... Assim vai a governação do PSD/Constantino Veiga cá pela Vila. Continuando a achincalhar o órgão autárquico Junta de Freguesia, a Vila das Taipas e os Taipenses.
Não me admira pois que, alguns dos seus pares, a quem reconheço integridade e seriedade nas funções que desempenham, se sintam muito mal com o que se vai passando na gestão autárquica unipessoal de Constantino Veiga, nem as versões que se vão falando por aí de que no final da Assembleia o ambiente entre alguns elementos desta governação foi ainda mais quente que a própria Assembleia.
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