As televisões portuguesas são indiscutivelmente um exemplo de informação isenta, imparcial e de tratamento igual no que concerne aos acontecimentos políticos que vão ocorrendo neste país.
É assente nestes critérios de igualdade e imparcialidade que os comentadores habituais nas Tv's são sempre escolhidos entre membros ou apoiantes do PS ou do PSD.
Ou seja, é uma questão de igualdade, assim nenhum dos partidos é discriminado.
E para provar a pluralidade das opções, às vezes também aparecem alguns convidados ligados ao BE.
Como se pode constatar, estão sempre, ou quase sempre, representados os vários sectores políticos existentes em Portugal: o centro-esquerda, o centro-direita e a esquerda.
Lembrando o famoso e extraordinário FMI de José Mário Branco, poderia perguntar-se sobre os descontentes: "que mais é que eles qerem? um mercedes no Natal?"
Bem, o XVIII Congresso do PCP trouxe a alguns duvidosos mais uma demonstração inequivoca dessa mesma isenção, imparcialidade e tratamento igual a todos os partidos políticos.
Quando se realizam os congressos do PS ou do PSD temos com uma semana de antecedência todos os canais de televisão a fazerem o anúncio gratuito desse acontecimento acompanhado da informação de que pode acompanhar tudo a partir desse canal.
Durante esses congressos os directos são permanentes. Ora porque vai abrir, ora porque vai encerrar, ora porque vai intervir o fulano tal, ora porque se sabe que o outro fulano tal vai dizer algo. Perdoem-me a expressão mas só falta intervir em directo para anunciar que a figura tal soltou ou vai soltar um "peido".
As horas destinadas a estes congressos são infindáveis. Fazem-se análises, comentários, reportagens... enfim, chega a ser fastidioso ver televisão nesses fins de semana.
Ora foi utilizando rigorosamente os mesmos critérios informativos que as estações televisivas portuguesas fizeram a cobertura do XVIII Congresso do PCP.
Se fosse trazer até aqui todas as razões para uma apreciação desta imparcialidade informativa, este post não terminava nunca mais, assim vou apenas dar um exemplo, que é significativo e demonstra o resto da cobertura televisiva.
Hoje, quando Jerónimo de Sousa fazia a intervenção de encerramento do Congresso, e que coincidiu com o decorrer dos noticiários diários, a RTP e a SIC (não tive oportunidade de ver a TVI, como tal também não faço juizos) faziam directos de largos minutos sobre... a neve que caíu e caía em Portugal.
Uma das estações (confesso que já não sei qual) foi ainda mais longe, após os directos a partir da neve prosseguiu o noticiário com as palavras proferidas ontem por Marcelo Rebelo de Sousa num programa televisivo, depois com Manuela Ferreira Leite que também disse mais umas coisas num local qualquer e finalmente passou para um directo a partir do Congresso do PCP.
Como se pode constatar, com uma tão saudável comunicação social ainda há quem tenha o desplante de afirmar que os portugueses estão mal informados.
Outros ainda, chegam a cometer a enorme injustiça de afirmarem que os portugueses estão mal informados porque são mal informados pela comunicação social que temos.
E imagine-se... há outros ainda que afirmam a pés juntos que a maior parte do comunicação social está ao serviço do poder dominante e do grande capital, que não passam de instrumentos do sistema, com a função de tentar moldar as cabeças dos cidadãos com os conteúdos e as opiniões necessários a que esse mesmo sistema pareça o melhor e inevitável.
Sem dúvida que tais acusações só podem adevir de gente muito injusta e capaz das mais infundadas acusações.
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